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Cosme Rímoli - Blogs

‘Fomos bem superiores ao Porto.’ Abel teve muito orgulho do Palmeiras no injusto 0 a 0. Mostrou o valor do seu trabalho aos portugueses e à Europa

O treinador não se continha, feliz pelo desempenho do Palmeiras, que foi mesmo melhor que o Porto. O 0 a 0 foi injusto para os brasileiros

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Estêvão marcado por três jogadores do Porto. O Palmeiras encurralou os portugueses no segundo tempo Cesar Greco/Palmeiras

Foram 17 finalizações do Palmeiras.

Contra 10 do time português.

O Porto foi encurralado na defesa, a partir dos 20 minutos do segundo tempo.

Faltaram capricho, precisão, e sobrou nervosismo no arremate final.


Claudio Ramos, que substituiu Diogo Costa, contundido, teve excelente atuação, principalmente no lance mais empolgante da partida.

Aos 46 minutos do primeiro tempo, Estêvão recebeu de Vitor Roque. Cara a cara, o jogador da Seleção Brasileira chutou, o goleiro rebateu, no rebote, Maurício chutou e Claudio Ramos, em impressionante reflexo, tirou com o peito. Richard Ríos, que ficou com a sobra, driblou a zaga e a bola iria entrar, Francisco Moura tirou em cima da linha.


No primeiro confronto entre uma equipe sul-americana e outra europeia, a brasileira foi mesmo muito melhor.

Foi o cartão de visitas do Palmeiras no Mundial de Clubes.


O injusto empate fez Abel Ferreira sorrir satisfeito.

Seu time não venceu, mas conseguiu se impor diante do adversário mais difícil do grupo A. Ele tem a certeza que a classificação para a fase mata-mata está encaminhada.'

“O futebol é tão mágico que um dos melhores deles se lesionou, que foi o goleiro e o melhor jogador do Porto hoje foi o goleiro substituto. Ele fez quatro, cinco defesas absurdas, mas o futebol é assim”, filosofava o técnico após o confronto.

“Posso dizer que fomos bem superiores ao Porto, pressionamos a saída deles, conseguimos criar chance de gol. Estevão chutou para fora, outra de transição com o Estêvão, outra que o goleiro tirou quase na linha. Fomos superiores e futebol é assim, ganha quem faz gol”, enfatizava Abel.

A partida tinha peso especial. O treinador queria mostrar em jogo diante de um gigante do seu país o excelente trabalho que faz no Brasil, no mínimo equivalente ao que se faz em Portugal, na Europa.

E conseguiu.

Tirou do time Raphael Veiga, Martínez e Marcos Rocha.

Apostou em Maurício, Aníbal Moreno e Giay. Queria mais força física. Ele sabia das deficiências do Porto, de Martín Anselmi. As linhas espaçadas sem a bola. Além do cansaço de final de temporada europeia, enquanto o Palmeiras está no meio de 2025.

Richard Ríos teve mais espaço para ser um meia do que um volante.

O plano tático de Anselmi era apelar para os contragolpes. Defendia com linha fixa de cinco jogadores. Buscava fechar os espaços das intermediárias com quatro atletas e só deixava Samu na frente.

O Palmeiras deixou algum espaço para contragolpes no primeiro tempo. Weverton teve de mostrar seu talento, aos 13 minutos, com Rodrigo Mora e com Samu. Fez excelentes defesas. Mas o time brasileiro, marcando pressão, com personalidade e fôlego, deveria ter vencido o jogo, se houvesse menos afobação nas finalizações.

Mas a superioridade palmeirense foi indiscutível.

O time saiu do gramado do MetLife Stadium aplaudido por sua torcida, que invadiu os Estados Unidos. E era imensa maioria entre as 46 mil pessoas que estavam no estádio.

Abel seguia mais do que entusiasmado.

‘Meu sentimento de orgulho, pois sabia que a equipe vai jogar com a forma que sabemos, que pressiona o tiro de meta do adversário, que propõe o jogo. Quando não são tão bons nas bolas paradas, nós aproveitamos esse momento, então seja contra quem for, nós vamos jogar à nossa maneira.

“Agora o sentimento é de frustração pelo resultado, mas temos que aceitar. Imagina se esse é o goleiro suplente, imagina o quanto pega o titular. Mas de resto é orgulho, pois sabia que iríamos jogar assim desde o início, o gramado estava seco no começo, mas ainda bem que choveu para melhorar e conseguimos impôr ritmo ao jogo.

“Orgulho por um lado, frustrado pelo resultado, eu sou transparente, não consigo esconder o que sinto, mas seguimos.”

Abel teve motivo para ficar orgulhoso. Tomou amarelo por reclamar da demora da autorização para substituir. Queria ganhar o jogo Cesar Greco/Palmeiras

O Palmeiras enfrentará o egípcio Al Ahly, na quinta-feira, às 13 horas. Uma vitória deixará o time mais que perto da classificação.

Depois, na segunda-feira, dia 23, o Inter Miami, de Messi e Suárez, para garantir a vaga.

O adversário mais difícil desta primeira fase foi o Porto.

Os portugueses tiveram contato mais direto com o ótimo trabalho de Abel Ferreira.

A Europa terá de respeitar mais o que ele faz no Brasil.

Até porque ele quer trabalhar lá em 2026.

O bicampeão do planeta implorou terminou o confronto fazendo cera e implorando para a partida acabar em 0 a 0.

O Palmeiras deu seu cartão de visita ao Mundial de Clubes...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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