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Cosme Rímoli - Blogs

Foi a vitória da rebeldia. Contra o Fortaleza e contra a CBF

O líder do Brasileiro não cedeu Reinier à Seleção sub-17. E o Flamengo foi recompensado. O garoto marcou o gol da virada, na guerra contra o Fortaleza

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


São Paulo, Brasil

Arrascaeta, Filipe Luís, Rafinha, Bruno Henrique e Everton Ribeiro. 

Sem esses cinco jogadores, o Flamengo não teve como impor sua técnica, seu toque de bola refinado, o talento de seu elenco.

Mas apelou para a raça, vibração, vontade de ser campeão. 


E o time de Jorge Jesus conseguiu uma virada emocionante contra o Fortaleza, de virada, por 2 a 1.


O gol da vitória foi o da rebeldia, da atitude, da personalidade da cúpula do Flamengo que enfrentou a CBF. E não cedeu o menino Reinier à Seleção Sub-17 para disputar a Copa do Mundo.


A cessão não era obrigatória.

O clube mais popular do Brasil se impôs.


E foi justamente Reinier quem marcou, de cabeça, aos 43 minutos do segundo tempo.

Gol importantíssimo.


"Minha cabeça estava muito boa, a seleção agora é passado. Os maiores decidiram que eu não tinha que ir. Fiquei no Flamengo, estou feliz, motivado. Jogar esse jogo foi muito importante, com essa nação maravilhosa.

"Fazer o gol foi muito importante para mim e para o grupo. Vitória importante para todos", dizia, feliz, Reinier, sem tristeza alguma por não disputar a Copa do Mundo sub-17.

O time de Jorge Jesus chega a 61 pontos, com 78%, rendimento impressionante. Faltam apenas 12 rodadas para o Brasileiro acabar.

Com o time completamente destroçado, o treinador português pediu que seus atletas que entrassem em campo se superassem. Compensassem a falta de entrosamento com aplicação tática, vibração, vontade de vencer.

A iniciativa da partida foi do Fortaleza. Rogério Ceni tentou aproveitar os desfalques flamenguistas. Mas seu elenco é fraco, ele sabe disso. 

Além da pressão por atuar em casa, buscou o ponto fraco do Flamengo: bolas longas atrás das linhas do time que atuam adiantadas. Os lançamentos foram insistentes e improdutivos por conta da qualidade técnica do ataque cearense.

O improvisado Flamengo se ressentia da precisão dos passes. Não tinha o domínio da partida. Pelo contrário, errava demais. Acelerava o jogo, a afobação era nítida.

O primeiro tempo acabou com muito suor, mas sem emoção.

No intervalo, Jorge Jesus tirou Gerson colocou o atacante Vitor Gabriel. Substituição para poupar o desgastado meio-campista e também para reequilibrar o time, que havia trocado Lucas Silva por Pires da Mota.

O Fortaleza começou melhor o segundo tempo, acreditando na improvável vitória.

E em um cruzamento de Tinga, a bola bateu no braço de Pablo Marí. 

Pênalti que Bruno Melo não desperdiçou, cobrando alto, sem defesa para Diego Alves. Fortaleza 1 a 0, aos 15 minutos.


Com a vantagem no placar veio o erro de Rogério Ceni. Ele recuou seu time, esperando se aproveitar dos contragolpes.

O Flamengo aceitou o convite para atacar.

E foi assim que conseguiu a virada.

Em lances esporádicos.

Rodrigo Caio cabeceou e a bola bateu na mão de Quintero, que pulou com os braços esticados.

Pênalti que Gabigol cobrou com raiva.

A bola passou debaixo do goleiro Felipe Alves, 1 a 1, aos 37 minutos.

O resultado já era ótimo para o Flamengo.

Se tornou excelente aos 42 minutos, quando, em jogada ensaiada, Renê cobrou lateral para a área, Vitor Gabriel, cabeceou de costas e a bola chegou para a testada firme de Reinier.

Flamengo 2 a 1. 

61 pontos, oito a mais que o Palmeiras, que venceu a Chapecoense aos 54 minutos do segundo tempo.

Mas o clube carioca não se importa.


Sabe que só depende dele o título brasileiro.

A distância de pontos é muito grande.

Mas o Flamengo não se acomoda.

E se supera.

Mesmo com meio time reserva.

Impressionante.

"Tivemos muito jogadores fora. Não tivemos um jogo a nível do que estamos habituados a fazer no primeiro tempo. Fizemos alterações para ver se melhorava a equipe, fiz mudanças táticas.

"No intervalo modifiquei e as coisas melhoraram. Fizemos por onde ganhar. Depois do empate, tivemos a melhor parte.

"Foi uma vitória com estrelinha de campeão", comemorava, sorridente, Jorge Jesus.

Quem se atreve a contrariá-lo?

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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