Flu tranquiliza Ganso. Empurrão e peitada em árbitro não são agressão
Departamento jurídico do Fluminense pronto. Quer descaracterizar o empurrão e a peitada de Ganso no quarto árbitro no Fla-Flu. "Atitude hostil"
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Técnicos e companheiros revelam.
Se existe um jogador frio no Brasil, ele tem nome.
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Paulo Henrique Ganso.
Foi provocado, xingado desde quem começou sua carreira profissional, há onze anos.
Mas ontem ele se deixou contaminar pelo clima tenso do Fla-Flu.
O clima era hostil de parte a parte.
O árbitro Marcelo de Lima Henrique contribuiu para a tensão, com suas decisões com o apoio do VAR. Anulou gol legal e marcou pênalti inexistente para o Fluminense.
Mas a penalidade corretamente marcada de Léo Santos em Luca Silva, aos 48 minutos do segundo tempo, acabou com os nervos de todos. Até de Ganso.
Quando Everton Ribeiro marcou e os jogadores flamenguistas foram comemorar, o meia estava na linha lateral direita do campo. Perto do quarto árbitro Daniel Macedo.
Muito nervoso ele começou a reclamar, cobrar aos gritos a 'cera' que os flamenguistas estariam fazendo na comemoração. As reclamações logo viraram um inaceitável empurrão. Daniel avisou Marcelo de Lima Henrique. O árbitro já correu com o cartão vermelho em punho.
Ao perceber que estava expulso, Ganso ficou revoltado.
Xingou Daniel de babaca, deu uma peitada ao sair de perto. O técnico Fernando Diniz ficou revoltado. Ao perceber a confusão, Ganso ainda tentou acertar um tapa em Daniel.
O empurrão e a peitada já poderiam ser considerados agressão.
O artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva que cita "praticar agressão física durante a partida, prova ou equivalente" é o que mais complica o atleta. Em agressões aos árbitros, a menor pena possível é a suspensão de 180 dias.
Veja mais: Com emoção até o fim, Flamengo se classifica em clássico 'muito pegado'
Só que o departamento jurídico do Fluminense sabe que caminho tomar.
Vai tentar descaracterizar o que ocorreu ontem.
E transformar a agressão em ato hostil.
O artigo 250 prevê pena entre uma a três partidas.
O que ocorreu com Dudu, do Palmeiras, e o árbitro Guilherme Ceretta de Lima é excelente precedente.
O atacante também empurrou o juiz.
Ele pegou 180 dias de suspensão.
Mas a pena foi reduzida a apenas seis partidas.
Mas a esperança do Fluminense é que seu meia tenha apenas uma partida de suspensão.
O jogador já está avisado.
COSME RÍMOLI: Abel, Muricy, Renato Gaúcho, Cuca, Ricardo Gomes. Até quando?
A diretoria pediu que tenha calmo.
Se houver acusação de agressão ela será transformada em ato hostil.
Não importa o vídeo que está nas redes sociais.
E mostra o claro empurrão e a peitada no quarto árbitro.
Simples assim...
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