Megalomaníaco Flamengo fracassa de novo. Depois do Mundial, da Supercopa, Recopa, Carioca, agora eliminado da Libertadores
Em pane, o time de Jorge Sampaoli toma virada do fraco Olimpia. Depois de estar vencendo por 1 a 0, leva três gols de cabeça. O técnico foi expulso. E, rancoroso, não pôs Pedro, que poderia salvar o time. Vergonha
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Um vexame inesquecível.
Que condiz com os fracassos da Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana, Mundial, Campeonato Carioca.
2023 continua sendo um ano vergonhoso para o melhor e mais caro elenco da América do Sul.
O megalomaníaco Flamengo fracassou mais uma vez.
Caiu eliminado da Libertadores no Paraguai, diante do fraco Olimpia, nas oitavas de final.
Apático, descontrolado emocionalmente, com seu midiático treinador sendo expulso infantilmente, deixando a equipe muito mal treinada exposta.
E que teve a fragilidade defensiva exposta de maneira vergonhosa, sofrendo três gols pelo alto, de cabeça.
Os paraguaios viraram uma desvantagem enorme.
O Flamengo havia vencido no Rio de Janeiro por 1 a 0. Saiu na frente no Defensores del Chaco, gol de Bruno Henrique.
Ou seja, tinha dois gols na frente.
Mas, para manter o resultado, precisaria ter espírito competitivo, garra e principalmente organização. Foi tudo o que o Flamengo não teve.
Para piorar, o péssimo posicionamento do time nas bolas aéreas do Olimpia.
Matheus Cunha, Wesley, Fabrício Bruno, David Luiz e Filipe Luís não tinham nada de companheiros. Além de não acompanharem os jogadores rivais, não se falavam, não se organizavam, não se cobravam. Não tentavam compensar o que não houve de treinamentos específicos dados por Jorge Sampaoli.
Porque os jogadores de times campeões, que marcam época, se posicionam, mudam o que está dando errado. Foi vergonhoso acompanhar um elenco tão caro, com tanto potencial, encolhido, como equipe pequena, sem iniciativa, submisso.
Ivan Torres empatou ainda no primeiro tempo.
No segundo, em dois escanteios, ou seja, com a bola parada, com a chance de os atletas se posicionarem, escolher os adversários a marcar, o Flamengo teve a coragem de tomar dois gols em um jogo eliminatório da Libertadores.
O baixinho Ortiz, de 1,74 m, nem precisou saltar para marcar 2 a 1. E, depois, o grandalhão Bruera, de 1,94 m, o atleta que deveria ser mais perseguido, saltou para enfiar a testa na bola e decretar o fim da Libertadores para o inofensivo Flamengo nesta noite de 10 de agosto de 2023.
O ex-lateral do Palmeiras e Grêmio, Arce, é o treinador do Olimpia. E especialista em cruzamentos. Sabia quanto a defesa flamenguista é falha pelo alto.
Para piorar ainda mais a dor da eliminação rubro-negra, há o rancor de Sampaoli.
Mesmo perdendo a vaga nas quartas de final e fazendo o Fla-Flu mais esperado do século, Jorge Sampaoli, já expulso, se deixou dominar pelo rancor a Pedro, que prestou queixa na polícia, depois de ter tomado um soco no rosto do preparador físico e amigo do treinador, Pablo Fernández.
Como o atacante "causou" a demissão de Fernández, Sampaoli se recusou a colocá-lo em campo, mesmo com o Flamengo caminhando para a eliminação.
O ano está perdido para o Flamengo.
O Flamengo se mostra difícil demais para a conquista do título.
Vencer a Copa do Brasil é pouco demais, não leva a nada.
Depois de fracassar no Mundial, o torneio que salvaria a temporada do Flamengo seria a Libertadores.
Mas ela foi perdida da maneira mais amadora possível.
A folha salarial do Flamengo é a maior da América do Sul.
Os atletas e a Comissão Técnica consomem mais de R$ 30 milhões por mês.
Por tudo isso, a eliminação do Flamengo nesta Libertadores é um vexame inaceitável.
A postura omissa, apática, desnorteada dos jogadores só chega a ser pior do que a falta de firmeza, a instabilidade psicológica de Jorge Sampaoli.
Os dirigentes megalomaníacos que desafiavam o Real Madrid no início do ano passaram vergonha diante do Al-Hilal, da Arábia Saudita. Mas não aprenderam, e outra vez levaram o clube de maior torcida a novo vexame, desta vez no Paraguai.
O Flamengo é o clube mais rico do país.
Mas é um dos piores na administração do seu time.
Não renovar com Dorival Jr., campeão da Libertadores e da Copa do Brasil, em busca de um treinador mais midiático, mais respeitado internacionalmente, de nome Vítor Pereira, foi mera megalomania.
E depois contratar Sampaoli, com filosofia completamente diferente da do português, resultou neste fracasso na temporada.
Há culpados.
Eles se chamam Rodolfo Landim e Marcos Braz.
Os "donos" do futebol do gigante Clube de Regatas do Flamengo...
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