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Fernando Diniz bipolar. 24 horas depois do vexame com a Seleção, comemoração com o Fluminense, no mesmo Maracanã. Surreal

O fato de ser comandante da Seleção e do Fluminense trouxe cenas surreais. 24 horas depois da derrota contra a Argentina, o técnico celebra a vitória diante do São Paulo. Para alívio da cúpula da CBF

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


Fernando Diniz, confiante, no Fluminense. Muito diferente do Fernando Diniz, inseguro, da Seleção Brasileira
Fernando Diniz, confiante, no Fluminense. Muito diferente do Fernando Diniz, inseguro, da Seleção Brasileira

São Paulo, Brasil

24 arremates a gol contra quatro.

Oito no gol contra um.

Com a vitória de ontem, são 17 jogos como mandante. 12 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota.

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29 gols contra 14 sofridos.

38 grandes chances de gol.

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61,7% de posse de bola.

O Fluminense de Fernando Diniz é muito diferente da Seleção Brasileira de Fernando Diniz.

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Porque o treinador campeão da Libertadores da América tem tempo para trabalhar diariamente com seus jogadores. E mesmo assim levou quase dois anos para montar a equipe competitiva, capaz de entender sua forma autoral de montar o Fluminense.

Vinte e quatro horas depois de sair deprimido do Maracanã, pela derrota do Brasil contra a Argentina, a primeira na história das Eliminatórias Sul-Americanas, com o time nacional atuando em casa, Diniz deixou sorridente o mesmo estádio, só que desta vez desfrutando a vitória do Fluminense diante do São Paulo, por 1 a 0, gol de Cano, evidenciando a surreal interinidade que vive na Seleção.

Diniz, psicólogo por formação, vivia a experiência bipolar.

A de receber aplausos, carinho, da torcida do Fluminense, onde ouviu palavrões e vaias como treinador da Seleção, repetindo, 24 horas atrás.

Na terça-feira, Diniz era o retrato do sofrimento. Sem tempo para treinar, Seleção não jogou como desejava
Na terça-feira, Diniz era o retrato do sofrimento. Sem tempo para treinar, Seleção não jogou como desejava

Lógico que ele estava mais calmo para falar sobre o Brasil sob seu comando. Time que empatou em Cuiabá com a Venezuela, e perdeu para Uruguai, Colômbia e Argentina, em seguida.

"O que está acontecendo na Seleção é que existe um pouco de oscilação. É normal. Por eles estarem me conhecendo agora, por termos que mudar muito as convocações. Os jogadores estão se ambientando.

"Tem a própria perda da Copa do Mundo, que tem um luto, estamos lutando para recuperar a confiança de todo mundo. O resultado não confirmou o que foi o jogo. Vi muitos jogos da Argentina, vi muitos jogos passados de Brasil x Argentina. Esse último foi o que teve mais domínio. O torcedor merece (ver a Seleção ganhar)."

Cano marcou o gol da vitória do Fluminense diante do São Paulo. 24 arremates. Contra apenas quatro
Cano marcou o gol da vitória do Fluminense diante do São Paulo. 24 arremates. Contra apenas quatro

O desempenho superior do Fluminense, campeão da Libertadores, contra o São Paulo, vencedor da Copa do Brasil, vem em um ótimo momento.

Quando o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, teve de avisar seus principais apoiadores que Fernando Diniz seguirá como técnico da Seleção, nos dois amistosos que o Brasil fará, em março de 2024: contra a Espanha e Inglaterra, na Europa.

Para Ednaldo, Diniz segue sendo o interino perfeito até que Carlo Ancelotti assuma o Brasil na Copa América e comande o time até a Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 2026.

Faz parte dos planos do dirigente da CBF que Diniz assuma definitivamente a Seleção a partir da saída de Ancelotti. E leve o Brasil até o Mundial de 2030.

Ednaldo acredita que Fernando Diniz é o treinador brasileiro de maior potencial e ainda é 'jovem' para o cargo, com 'apenas' 49 anos.

Para a cúpula da CBF, além de ter sido um 'alívio' a conquista da Libertadores pelo time que Diniz comanda, há a expectativa de bom desempenho no Mundial de Clubes.

A avaliação de Diniz, até que Ancelotti assuma, sempre terá o lado de treinador da Seleção Brasileira, mesmo à frente do Fluminense.

Se a CBF não desistiu de Diniz, muito menos Diniz desistiu da CBF.

Mesmo muito cobrado, exposto, depois da péssima campanha comandando a Seleção, o treinador não quer deixar o cargo de jeito algum.

Ele ouviu de Ednaldo que tem todo o seu apoio para seguir.

Se, por algum motivo, Ancelotti recuar e não assumir a Seleção, o cargo tem dono.

Caso seja efetivado, aí sim, deixa o Fluminense.

De qualquer maneira, foi difícil disfarçar.

O prazer de Fernando Diniz em ser aplaudido, ter seu nome gritado por torcedores do Fluminense
O prazer de Fernando Diniz em ser aplaudido, ter seu nome gritado por torcedores do Fluminense

A pessoa mais feliz com a vitória de ontem do clube carioca sobre o paulista foi Fernando Diniz.

Se 'não percebeu' as vaias e palavrões contra a Argentina, ele ouviu muito bem as palmas e os gritos de incentivo da torcida do Fluminense.

A vitória contra o São Paulo foi uma resposta sua.

Para quem viu o Brasil contra a Venezuela...

Uruguai, Colômbia e Argentina.

Seu time deu 24 arremates a gol.

E permitiu quatro do São Paulo.

Esse é o desempenho que se espera da Seleção Brasileira...

Diniz volta ao Maracanã menos de 24h após derrota: como fica o psicológico do técnico?

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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