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Cosme Rímoli - Blogs

Fala machista vai atrapalhar sonho de Abel trabalhar na Europa. E Leila diz que não vai criticá-lo. ‘Assunto encerrado’

Marca, jornal esportivo espanhol, publicou fala do técnico português como a ‘mais machista’ de um treinador a uma jornalista. E a presidente do Palmeiras diz que o assunto está ‘encerrado’

Cosme Rímoli|Do R7

Abel Ferreira rotulado na Europa como o dono da fala mais 'machista' Cesar Greco/Palmeiras

O sonho de Abel Ferreira é trabalhar em um grande clube europeu.

Assim que terminar seu contrato com o Palmeiras.

E sua imagem no Velho Continente está arranhada.

Não só pelos 56 cartões.


Oito expulsões.

Mostrar a genitália para protestar contra um árbitro.


Dizer que seu time não é um ‘bando de índios’.

O treinador português enfrenta as consequências por ter sido machista.


Por ter constrangido a repórter Alinne Fanelli, da Band News FM.

Ele foi criticado por veículos importantes de comunicação.

Jornalistas europeus ficaram tão revoltados quanto os brasileiros pela atitude absurda.

“Tenho de dar satisfação só a três mulheres: minha mãe, minha mulher e à Leila (presidente do Palmeiras)”, falou à repórter, que apenas perguntou a situação física de Mayke.

“Foi a resposta mais machista de um treinador a uma jornalista”, cravou o jornal espanhol Marca.

Seu concorrente, o AS, de Madri, classificou a fala de Abel como ‘inadmissível’ a um treinador.

Em rádios e tevês portuguesas o técnico do Palmeiras foi criticado.

Qualquer direção de um clube importante na Europa faz um levantamento a fundo do treinador que contrata.

Não leva em conta apenas seus resultados.

Precisa saber a personalidade de quem está entregando o comando do seu elenco.

E quem vai representar o clube nas coletivas de imprensa.

Empresários garantiram ao blog que a fala de Abel Ferreira não será esquecida quando surgir a chance de uma transferência.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo também repudiou a fala.

A postura do treinador foi questionada por inúmeras apresentadoras e repórteres de tevê.

A marca ficará para sempre.

'A frase mais machista.' Crítica do jornal espanhol Marca Reprodução/Marca

Não só para ele.

Mas para o Palmeiras, clube que paga R$ 3,5 milhões para mantê-lo à frente do time de futebol masculino do clube.

O detalhe é que a presidente Leila Pereira, dirigente que ataca constantemente o machismo, desde que surgiu como conselheira, e depois como comandante principal do clube, se recusa a criticar Abel.

Por um simples motivo.

Quer seguir com o treinador, que mostrou ser o melhor da América do Sul.

E por isso não o questiona sobre cartões, expulsões e, agora, a absurda postura machista.

No aniversário de 110 anos, ontem no Palmeiras, havia jornalistas.

Ela se recusou a tocar no assunto.

Disse que o ‘caso está encerrado’ porque o clube emitiu uma nota.

Postura decepcionante.

Ela aposta no esquecimento da imprensa sobre o caso.

Mas a dirigente, que está em campanha para ser reeleita, está enganada.

O ataque não será esquecido.

Abel Ferreira deveria pedir desculpas publicamente, já que o descabido ataque foi público, em uma coletiva.

O treinador disse que ligou para a repórter.

Mas Alinne confessou estar triste pela exposição inaceitável.

Se Leila perdoou mais uma vez Abel, o treinador português é inteligente.

E sabe como funcionam os clubes europeus.

Assim como o mundo moderno.

Nenhuma equipe importante no mundo quer um técnico tripudiando repórteres mulheres.

É a imagem do clube que está exposta.

Ou em todas as matérias do Brasil e da Europa não têm como manchete ‘técnico do Palmeiras’?

Desta vez, Abel foi longe demais...


Veja também: Bastidores da festa de 110 anos do Palmeiras

Veja a festa que aconteceu nesta segunda-feira (26), com discurso de Leila Pereira e show de Ivete Sangalo.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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