Expulsão infantil de Raniele sabota o Corinthians. 0 a 0 com o Grêmio, em plena Itaquera, veio com alívio, para Ramón Díaz
Volante deu uma entrada violentíssima no paraguaio Villasanti. E foi corretamente expulso, aos seis minutos do segundo tempo. O Corinthians ficou 45 minutos com um a menos. Diante desse cenário, o 0 a 0 foi aceitável
Cosme Rímoli|Do R7
Ramón Díaz não tinha do que reclamar.
Embora o Corinthians jogasse em Itaquera, o 0 a 0 contra o Grêmio foi aceito com alívio.
Porque o time atuou por 45 minutos com um jogador a menos.
Aos 51 minutos do segundo tempo, Gustavo Nunes também tomou cartão vermelho.
E a culpa não foi do pressionado árbitro Marcelo de Lima Henrique, que chegou a trocar presentes com Renato Gaúcho.
Não.
Ele até havia errado feio, dado apenas cartão amarelo, em uma entrada absurda de Raniele no paraguaio Villasanti.
Aos seis minutos do segundo tempo, o volante acertou violentamente a perna do gremista perto do joelho, longe da bola.
O árbitro havia dado apenas cartão amarelo, quando o VAR o chamou e salvou sua atuação, mostrando a necessidade do cartão vermelho.
O Corinthians que já tinha dificuldade em atacar, ficou ainda mais travado.
A expulsão sabotou os planos de atacar, pressionar o rival, no segundo tempo.
O treinador argentino Ramón Díaz tratou de manter seu meio-campo fechado, evitando a superioridade gremista.
De repente, empatar já não era tão ruim.
Renato Gaúcho havia montado seu time para se defender, lutar pelo empate, para definir a classificação para as quartas da Copa do Brasil, em Curitiba, no Couto Pereira, por conta ainda dos reflexos da trágica enchente que atingiu o Rio Grande do Sul.
E também não escancarou o Grêmio, nem com a vantagem numérica.
Ramón Díaz foi direto, após o jogo.
“Eu acho que no primeiro tempo nós não jogávamos bem. O que se viu foi um Corinthians pouco intenso, com muitas dificuldades também no meio. Depois, quando a expulsão aconteceu, tínhamos que mudar taticamente.
“No primeiro tempo não gostei, não gostei, não fomos bem, não fomos finos, fomos complicados.
“E o resultado ficou aberto para os dois. Estamos vindo a jogar no domingo e na quarta, no domingo e na quarta, agora jogamos no domingo, depois jogaremos no domingo que vem, e assim sucessivamente.”
Coube ao seu filho Emiliano explicar porque o time entrou em campo sem Fagner e Ryan.
Com Matheuzinho e Charles.
Ambos não foram bem.
“Fagner vinha de seis semanas sem jogar. Não sei, você sabe isso. E você acha que pode jogar... Agora eu te pergunto a você. Você colocaria ele para jogar em quase 72 horas depois de seis semanas sem jogar? O risco é muito alto, mas só que é jogador importante. É um jogador vindo lesão. Quem jogou sabe que quando vem de seis semanas sem jogar é muito difícil voltar a jogar.
“Havia um risco muito alto se Fagner jogasse.
“O Ryan vinha com uma contratura muito forte no adutor. No adutor esquerdo. E por isso não entrou e optamos por Charles, que são mais ou menos as características similares.”
Raniele fez questão de pedir desculpas públicas a Villasanti.
“Essa não foi uma noite feliz pra mim. Em uma jogada que não é da minha característica, por pouco não lesionei o Villasanti, a quem peço desculpas novamente. Infelizmente e corretamente fui expulso, comprometi todo o planejamento da equipe e não pude ajudar mais em campo.
“Tenho mais de 250 partidas como profissional e nunca havia recebido um cartão vermelho sequer. Nunca fui violento. Sempre tive respeito com meus companheiros de clube e adversários. Meu histórico prova isso! Peço desculpas ao grupo, à comissão técnica e a vocês, torcedores, que sempre me apoiaram.
“Fica o aprendizado! Seguimos!”
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