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Cosme Rímoli - Blogs

Euforia de Messi e malandragem de Martínez: Argentina e Brasil na final

A Argentina sofreu, mas conseguiu eliminar a Colômbia nos pênaltis. Martínez provocou e defendeu três. Messi vibrou. Tem a quinta chance de ser campeão com a Argentina. Contra o Brasil, no Maracanã

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

A felicidade de Messi, abraçado a Martínez. Quinta chance de ser campeão com a Argentina
A felicidade de Messi, abraçado a Martínez. Quinta chance de ser campeão com a Argentina

São Paulo, Brasil

Não foi Messi.

A Argentina deve a chegada à final da Libertadores a Emiliano Martínez, goleiro do Aston Villa.

Depois de uma partida equilibrada e com vários erros defensivos dos dois lados, Colômbia e Argentina empataram em 1 a 1, gols de Lautaro Martínez e Luiz Díaz. E a semifinal da Copa América, que definiria o adversário do Brasil, foi para os pênaltis.


E Martínez apelou para a velha catimba argentina. 

"Sinto muito, mas vou te engolir, irmão!", disse, olhando nos olhos de Sánchez.


Para Mina, que havia comemorado o erro de Di Paul, o goleiro foi firme.

"Você não tem que comemorar, não, eu te vejo nervoso. Olha que a bola está um pouco pra frente. Sim, se faça de bobo, eu já te conheço, você gosta. Você ri de seus nervos. Olha como vou te engolir irmão, olha que vou te engolir irmão."


Ele não conseguiu tirar a concentração de Borja. Mas foi quem mais provocou. 

"Você é uma m***, você é uma m***. F***-se, você estava falando no intervalo hein. Você gosta de esperar, seu m***, você falou no intervalo. Você gosta de olhar, né? Olha pra mim. Olha pra mim." Mas Borja conseguiu marcar.

O tornozelo esquerdo de Messi, sangrando. Depois de entrada violenta do colombiano Fabra
O tornozelo esquerdo de Messi, sangrando. Depois de entrada violenta do colombiano Fabra

Martínez só respeitou Cardona, que já chegou para a cobrança nervoso. E o goleiro fez a defesa decisiva.

Foi assim, falando, provocando, que conseguiu defender as penalidades do lateral Sánchez, do zagueiro, ex-Palmeiras, Mina, e do meia Cardona. Todos cobraram no canto esquerdo do goleiro de 1m95.

Messi, Paredes e Lautaro Martínez marcaram para a Argentina e Quadrado e Borja para a Colômbia. 3 a 2 para o time de Lionel Scaloni.

Os argentinos têm a chance de ganhar um título, algo que não acontece desde 1993.

Há 28 anos.

A vitória traz luz para a opaca Copa América.

Não pelo futebol exuberante de Brasil e Argentina. Pelo contrário, até. O nível técnico dos dois principais selecionados da América do Sul está abaixo dos principais países que disputam a Eurocopa.

Mas individualmente Messi e Neymar conseguem brilhar, desequilibrar as partidas que participam no torneio.

Embora nenhum dos dois tenha vencido a Copa América, o peso maior é para o argentino.

Ele disputou cinco finais com a camisa da Seleção Argentina.

Jamais ganhou. Foi assim na Copa América de 2007, a Copa do Mundo de 2014, a Copa América de 2015 e a Copa América de 2016.

Aliás, em 2016, ele chegou a ameaçar não mais jogar pelo selecionado de seu país.

Emiliano Martínez provocou, ironizou, xingou colombianos. Defendeu três pênaltis
Emiliano Martínez provocou, ironizou, xingou colombianos. Defendeu três pênaltis

Aos 34 anos, Messi está, finalmente, mergulhado de cabeça, corpo e alma no time de Scaloni, onde tem todos os privilégios. Atua sem a menor responsabilidade de marcação, flutua da intermediária adversária à frente.

E é o melhor jogador da Copa América, até aqui. Marcou quatro gols e deu cinco assistências. Conseguiu 33 dribles, deu 11 chutes a gol. 

Ao final da decisão por pênaltis, estava empolgadíssimo.

Pulava, abraçava os companheiros, cantava.

Tudo isso com o tornozelo esquerdo sangrando, graças a uma violentíssima entrada do lateral esquerdo reserva Fabra.

Mas ele não se importava.

Messi tem uma chance única, que o seu talento conseguiu.

Vencer, pela primeira vez com a Seleção Argentina.

E no maior templo do futebol.

No coração do país do maior rival.

No Maracanã, sábado à noite.

Contra o Brasil, de Neymar.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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