‘Estão mais calmos?’, debocha presidente do Palmeiras da própria torcida. Abel, fica furioso: ‘Contra tudo e todos!’ Vitor Roque? Quase contratado

A postagem de Leila Pereira resume o momento do Palmeiras.

O clube, que teve uma receita de R$ 1,1 bilhão em 2024, esteve, até os 40 minutos do segundo tempo da partida de ontem, eliminado do Paulista.

Perdia a vaga para duas equipes da Terceira Divisão do Brasil, no grupo D, do Campeonato Paulista.

Para o São Bernardo, que terminou líder.

E para a Ponte Preta.

Mas o time campineiro perdeu sua partida em casa, para o Red Bull Bragantino, por 2 a 0.

Allan colocou a cabeça forte, fulminante, no cruzamento de Vanderlan.

O veterano Alan Empereur estava caído, fora da grande área, simulando contusão, para ganhar tempo.

Tudo o que conseguiu foi expor sua zaga.

Eram 41 minutos do segundo tempo, e o garoto de 20 anos marcou 3 a 2, Palmeiras, contra o Mirassol.

E o Palmeiras tratou de segurar a vitória angustiante, que o classificou para as quartas.

A partida decisiva, valendo vaga às semifinais, será sábado, no estádio Primeiro de Maio, já que o São Bernardo acabou como primeiro no grupo.

Em vez de empolgação por ter dado “tudo certo”, neste domingo, já que, se a Ponte vencesse, o clube estaria eliminado do Paulista e teria cinco semanas sem entrar em campo, a direção do Palmeiras escolheu o deboche.

A presidente Leila Pereira, muito cobrada por sua incompetência em contratar jogadores importantes, apesar das receitas bilionárias, decidiu publicar uma foto, com a singela frase, dedicada aos palmeirenses que imploram por reforços, para este ano de Libertadores e Super Mundial de Clubes.

“Estão mais calmos?”, perguntava, na sua rede social.

Foi tão massacrada pelos comentários que decidiu retirar a postagem.

Ela tem na negociação de Vitor Roque, com o Barcelona, praticamente fechada, um trunfo.

Abel Pereira decidiu atacar a imprensa pela cobrança ao tricampeão paulista.

O treinador decidiu fazer testes em vários jogos e desperdiçou pontos fundamentais, que quase eliminam o clube da fase decisiva do Paulista.

“Já estou aqui há cinco anos. No Brasil, todos entendem de futebol. O treinador que é o burro. O resto são todos inteligentes”, iniciou.

“Olha, eu sei que o torcedor palmeirense é sofrido. Mas eu queria relembrar ao torcedor palmeirense, e eu não sou palmeirense desde que nasci, que estamos a viver o período mais vitorioso da história do Palmeiras. Vou repetir: estamos vivendo o período em que o Palmeiras mais ganhou em sua história”, disse.

“Volto a dizer: num plantel extremamente curto, nós temos que dar respostas, porque somos o Palmeiras. Aos torcedores, o único que tenho a dizer é: não se deixem influenciar” porque o Palmeiras nunca teve muita força na mídia e nunca vai ter", disparou.

“Não se deixem influenciar pelo que ouvem. Aqui em São Paulo há outros clubes que têm mais força, mais mídia do que o Palmeiras. [...] Então, temos que nos unir mais do que nunca. Todos juntos somos fortes. Unidos, somos temidos. Se andarmos uns para um lado, outros para o outro, vai ser uma temporada mais sofrida, e não gostaria que fosse. Estou aqui junto com meus jogadores, junto com a diretoria, e, juntamente com a torcida, vamos lutar contra tudo e contra todos”, completou.

Mas o técnico mostrou sua incoerência.

A mídia até o ajuda, cobrando Leila Pereira e Anderson Barros, o executivo de futebol, por não conseguirem contratar, mesmo com tanto dinheiro, jogadores que reforçariam, e muito, o Palmeiras. Fracassaram na busca de Andreas Pereira, Claudinho, Matheus Pereira, Canobbio, Villasanti.

E os jornalistas pressionaram para que a presidente e o executivo corressem atrás de André Curi, empresário do atacante Vitor Roque. Ele está há dez dias negociando sua volta ao Brasil. O Bétis já aceitou devolvê-lo para o Barcelona fechar com o Palmeiras.

Em Mirassol, Abel teve de assumir a falta de jogadores no elenco.

Jogadores prontos, não só promessas como Vanderlan, Allan, Benedetti, Luighi, Thalys. Estevão, seu principal atacante, tem 17 anos.

A falta de reforços é séria.

Tanto que ele expôs Leila e Anderson Barros para os jornalistas, que diz estão contra o Palmeiras.

Se fosse assim, seus pedidos de reforços não seriam divulgados.

“Sabem quantos jogadores eu trouxe hoje? Quantos de linha tinham no banco? Oito! Isso é uma amostra do que será a temporada, porque se eu tiver quatro jogadores lesionados, e nós vamos ter, é isso que vamos apanhar. E é com esse elenco que vamos ter que ir ao Mundial e lutar pela Libertadores. É com esse elenco, não é com outro. E eu vou colocá-los quando? Quando tiver as provas a sério? Não, é agora. Pedir que a direção faça um esforço para nos ajudar também, para seguirmos completando nosso elenco, que é tão competitivo, e que espero que continue a ser”, alertou Abel.

A partida foi muito disputada, equilibrada, contra o Mirassol.

O time do interior, mesmo sem treinador principal — Eduardo Barroca foi demitido — se impôs no primeiro tempo.

Dominou as ações, finalizou mais.

Mas aos 33 minutos, Estêvão tabelou com Raphael Veiga e chutou cruzado.

Muralha rebateu nos pés de Flaco López.

O argentino não teve coragem de perder.

Palmeiras 1 a 0.

Dez minutos depois, a justiça.

Iury Castilho tocou para Lucas Ramon, que deu um toque magistral, de volta, de calcanhar.

Iury fuzilou Weverton, que não teve reação.

1 a 1.

O Palmeiras voltou mais focado, mais determinado.

Os jogadores souberam no vestiário que a Ponte estava perdendo por 2 a 0.

E precisavam só de uma vitória para a classificação.

Os atletas de Abel Ferreira têm muito mais qualidade do que os do interino Ivan Baitello.

Foi pressionando, com marcação alta, que veio o segundo gol do time da capital.

Estêvão cobrou escanteio, Daniel Borges errou e ajeitou para Raphael Veiga marcar, logo no primeiro minuto.

Palmeiras 2 a 1.

O Mirassol voltou a pressionar, buscar ao menos o empate.

O time de Abel Ferreira voltava em bloco, mas dava espaços.

A dupla reserva de zagueiros, Benedetti e Naves, falhou.

Permitiu a cabeçada fortíssima de Léo Gamalho, 2 a 2, aos 34 minutos.

O desespero bateu no lado palmeirense.

Abel mandou sua equipe forçar, principalmente pela esquerda.

Explorar o setor direito do time interiorano.

E foi por lá que Vanderlan acertou excelente cruzamento, para a cabeçada de Alan, aos 41 minutos.

3 a 2.

O Palmeiras se retraiu, a mando de Abel, e conseguiu segurar a vitória.

E o direito de sonhar com o tetracampeonato paulista.

Leila resolveu debochar dos palmeirenses que enxergam a necessidade de pelo menos mais quatro reforços de alto nível, para os objetivos que o clube tem.

Antes de Abel atacar a imprensa, houve, infelizmente, uma situação inaceitável.

O vice-prefeito de São José do Rio Preto, Fábio Marcondes, foi acusado de racismo.

De acordo com seguranças, ele teria chamado um dos funcionários do Palmeiras de ‘macaco velho’.

O clube da capital divulgou uma nota oficial, antecipando que faria um Boletim de Ocorrência sobre o fato.

O time de Abel e Leila venceu o Mirassol, se classificou.

Mas toda a dificuldade para chegar às quartas-de-final foi criada pelo próprio Palmeiras.

Por sua incompetência em se reforçar para o difícil ano de 2025.

Maurício, o jogador que mais rendia, só voltará a atuar em dois meses, no mínimo.

Gustavo Gómez, Piquerez e Felipe Anderson são dúvidas contra o São Bernardo.

Paulinho e Bruno Rodrigues se recuperam de cirurgia.

De quem é a culpa se não há reposição à altura?

Da imprensa?

Ou de quem não consegue contratar, mesmo tendo R$ 1,1 milhão em receitas?

Vitor Roque, segundo a imprensa espanhola, deverá ser anunciado pelo Palmeiras ainda nesta semana.

A pressão da mídia que é, segundo Abel, contra seu time foi determinante para essa contratação estar perto de ser efetivada.

O treinador português precisa repensar a postura como comandante de um gigante brasileiro...

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