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Está virando rotina. Brasil vence com gol irregular

O time de Tite fez outra partida sem convencer. Graças à arbitragem, como foi diante da Argentina, venceu o Uruguai. Alan e Richarlison se salvaram

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Neymar foi acionado demais. A dependência não só continua. Aumenta
Neymar foi acionado demais. A dependência não só continua. Aumenta Neymar foi acionado demais. A dependência não só continua. Aumenta

São Paulo, Brasil

Tite deve muito do sucesso que teve até a Copa do Mundo às seleções sul-americanas. Ele assumiu o lugar de Dunga, quando a CBF se desesperava ao ver o Brasil na sexta colocação nas Eliminatórias.

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Em março de 2017, a Seleção enfrentou os uruguaios, em pleno estádio Centenário. O time brasileiro foi implacável e não só ganhou, goleou, 4 a 1.

A equipe de Tite: Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho, Philippe Coutinho (Willian), Renato Augusto (Fernandinho) e Neymar; Roberto Firmino (Diego Souza).

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E, hoje, depois do fracasso do Mundial, o reencontro em Londres.

As duas das mais tradicionais seleções do mundo buscando reformular suas equipe para a Copa de 2022. Oscar Tabarez com muito mais dificuldade. Tanto que nos últimos amistosos, as derrotas para o Japão e a Coréia do Sul.

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O Brasil também tentando se reencontrar. Colecionando vitórias em amistosos. Ganhou dos Estados Unidos, El Salvador, Arábia Saudita.

Vieram os jogos contra a Argentina e hoje contra o Uruguai.

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E duas coincidências.

O Brasil jogou de forma previsível, absolutamente dependente de Neymar.

A segunda: os gols da vitória do time de Tite, irregulares.

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Diante dos argentinos, Miranda agarrou, empurrou Otamendi, e marcou de cabeça.

Em Londres, hoje, a mesma coisa.

Danilo tentava invadir a área, Laxalt deu um chute para aliviar o perigo. A bola foi no braço do lateral que estava com o braço esquerdo aberto. Toque, portanto, mas o acovardado árbitro Craig Pawson nada marca. 

A bola vai para a frente e o zagueiro uruguaio derruba o brasileiro.

Pawson pede o auxílio do bandeira que assinala a falta.

Pênalti.

Gol de Neymar.

1 a 0 diante do Uruguai.

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Mais uma vitória com origem ilegal.

Com futebol sem convencer.

Bem diferente do que aconteceu em março de 2017...

Resultado ótimo para a estatística. 

Mas que Tite não se iluda.

Ele está longe de descobrir uma nova fórmula da Seleção jogar.

A dependência de Neymar segue irritante.

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Os jogadores são subservientes demais à estrela do PSG.

Oscar Tabarez está tentando buscar uma nova equipe depois da geração que fez tanto sucesso, conquistando a Copa América, e levando o pequeno país até o quarto lugar na Copa de 2010.

Não está fácil.

Não adiantaram os gritos de Tite. O Brasil segue previsível. É preciso se reinventar
Não adiantaram os gritos de Tite. O Brasil segue previsível. É preciso se reinventar Não adiantaram os gritos de Tite. O Brasil segue previsível. É preciso se reinventar

Com exceção de Suárez e Cavani, está faltando talento.

Já Tite busca recuperar o prestígio da Seleção com 80% do time que fracassou na Rússia. Seu desespero é encontrar uma maneira mais ofensiva, mais insinuante, menos previsível de o Brasil jogar.

Porque recompor, marcar, o time sabe.

O problema segue ao roubar a bola.

Todos os atletas da Seleção procuram agradar Neymar. E o procuram assim que recuperam a bola. Essa postura acaba ajudando o sistema defensivo de qualquer time que enfrenta o Brasil.

O Uruguai, com Tabarez, não apela apenas para sua famosa garra, raiva com que entra nas divididas e vive à base de chutão. Não. O time marca muito forte, com duas linhas de quatro atletas e Cavani e Suárez mais à frente. 

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Quando retoma a bola, a troca de passes tem qualidade, movimentação coordenada. O vivido treinador sabe como montar equipes competitivas. Mas hoje está apenas no início da retomada. 

Ele sabia que teria pela frente uma equipe com jogadores mais talentosos.

Principalmente Neymar.

E o Uruguai tratou de marcar forte, esperar pelo Brasil.

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Só que o time de Tite voltou a mostrar instabilidade.

Além da dependência do seu camisa 10, jogadores voltaram a decepcionar.

O primeiro deles, Roberto Firmino.

O treinador da Seleção o colocou como atua no Liverpool, mais atrás, partindo do meio com a bola dominada. Foi um desastre. Neymar ocupou seu espaço. E o Brasil ficou sem homem de referência no ataque.

Renato Augusto segue sendo sabotado pelo fraquíssimo ritmo do futebol chinês. Ele foi escalado para atuar no lugar ocupado por Philippe Coutinho, na meia esquerda do time brasileiro. O jogador do Barcelona estava contundido. E o volante do Beijing Guoan não conseguiu acompanhar o ritmo veloz que Tite desejava.

Assim como Douglas Costa foi tímido, inseguro. Faltou a explosão, a personalidade que demonstra na Juventus. Como a bola ia preferencialmente para Neymar, ele foi esquecido. E não se queixou.

Até porque seu parceiro na direita era o instável Danilo.

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Muitas vezes ele travava Douglas Costa, ficando mais à frente que o próprio atacante.

Wallace também não conseguia sair com a bola com velocidade, da defesa para o meio de campo. Segue firme na destruição, mas na construção das jogadas, só as tentativas de chute de fora da área.

Neymar parecia o dono da bola em um bate bola com crianças.

A alegria de Neymar. Outra vez o Brasil jogou para o seu camisa dez. Previsível
A alegria de Neymar. Outra vez o Brasil jogou para o seu camisa dez. Previsível A alegria de Neymar. Outra vez o Brasil jogou para o seu camisa dez. Previsível

Foi inaceitável a insistência do Brasil com o jogador do PSG.

Lógico que os uruguaios sabiam disso e o marcaram com vigor.

Quem jogou muito bem foi Arthur, distribuindo passes, roubando a bola, empurrando o time para o ataque. 

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Ele deveria ter ido para a Copa.

E Tite tem esse arrependimento.

O Brasil melhorou com a entrada de Allan no lugar de Renato Augusto e de Richarlison na vaga de Douglas Costa.

Mas não a ponto de assustar os uruguaios.

Até que veio o pênalti nascido na jogada irregular.

Neymar cobrou, marcou.

A Seleção venceu mais um amistoso.

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Só que o Brasil ainda está sem rumo.

Ou melhor, segue previsível, como na Copa do Mundo.

Tite precisa se reinventar.

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Depender de Neymar foi o fracasso de Mano Menezes, de Dunga, de Felipão.

Vencer amistosos, com a ajuda do juiz, de pouco adianta.

A Copa da Rússia é o melhor exemplo...

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