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Cosme Rímoli - Blogs

Em um clássico de tirar o fôlego, o copeiro Cruzeiro está na semifinal

O hexacampeão da Copa do Brasil eliminou o maior rival. A vitória por 3 a 0 na semana passada se impôs. O Atlético Mineiro venceu só por 2 a 0

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

O Cruzeiro perdeu. Mas eliminou seu grande rival. No terreno 'inimigo'
O Cruzeiro perdeu. Mas eliminou seu grande rival. No terreno 'inimigo'

São Paulo, Brasil

As duas torcidas aplaudindo de pé.

E de forma merecida.

Cruzeiro e Atlético Mineiro colocaram à flor da pele uma das maiores rivalidades do país.


No caldeirão chamado Independência, os dois disputaram uma vaga para a semifinal da Copa do Brasil.

Na primeira partida, o time de Mano Menezes deu aula tática e goleou os atleticanos por 3 a 0.


Mas hoje, no jogo decisivo, Rodrigo Santana deu o troco. 

Conseguiu fazer seus atletas acreditarem no impossível.


E ele quase veio.

Em uma batalha que o coração superou a tática, o Atlético Mineiro venceu por 2 a 0. Acertou o travessão, perdeu gols, Fábio outra vez mostrou a injustiça de nunca ter tido uma chance verdadeira na Seleção. 

No final, o Cruzeiro mostrou porque é o atual bicampeão da Copa do Brasil. O clube que mais vezes ganhou a competição, seis vezes, 1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018.

E está na semifinal, esperando o adversário para lutar pela final: Palmeiras ou Internacional.

Duas expulsões, anulação de gol do Cruzeiro pelo VAR e muita emoção.

Santana fez seu time pressionar, encurralar o rival. 

Com Jair e Otero nos lugares de Zé Welison e Luan, a ordem seguida à risca, era sufocar a saída de bola cruzeirense. 

Os contragolpes sonhados por Mano Menezes não encaixavam.

Suas linhas estavam recuadas demais.

A torcida atleticana apelava para um velho coro, que fez tanto sucesso em 2013.

"Eu acredito", ecoava nas arquibancadas.

Patric marcou o segundo gol. Mas foi tarde para o sonho da classificação
Patric marcou o segundo gol. Mas foi tarde para o sonho da classificação

Marcando por pressão e atacando em bloco, o Atlético apostava também nas jogadas pelos lados do campo. Abria o jogo com Chará e Otero se revezando pelas pontas. Para tentar desestabilizar a defesa cruzeirense. 

E foi dessa maneira que saiu o desejado primeiro gol atleticano. Patric cruzou, Fábio Santos desviou de cabeça e Cazares bateu no alto. 1 a 0, aos 34 minutos.

Aos 37 minutos, um lance fundamental.

Fábio conseguiu defesa sensacional, quando Alerrandro, entrou entre Léo e Egídio, dominou e cara a cara chutou forte. O goleiro espalmou com a mão esquerda, com reflexo impressionante.

O Cruzeiro saiu no lucro.

O Atlético Mineiro voltou para o segundo tempo com a mesma estratégia.

Dedé foi o grande destaque do jogo, conseguiu se desdobrar na zaga. Firme demais pelo alto e por baixo. 

O nervosismo começou a dominar os atleticanos.

Daí o excesso de chutes de fora da área.

Alguns deles, precipitados, afobados.

O Cruzeiro não encaixava seus contragolpes.

Até os 18 minutos, Marquinhos Gabriel puxou o contra-ataque em velocidade, Jadson, serviu Orejuela que tocou para Pedro Rocha aproveitar erro de Geuvânio. Chute forte, que Victor não defendeu.

Mas o VAR pegou falta de Marquinhos Gabriel em Fábio Santos, no início da jogada.

Só que Alerrandro e David se estranharam e foram expulsos.

Com dez para cada lado, mais espaço e mais emoção.

O Atlético forçava e o Cruzeiro se defendia.

Geuvânio, livre, acertou o travessão de Fábio, aos 25 minutos.

A classificação da equipe de Mano parecia garantida pelo relógio.

Festa de Mano Menezes. O Cruzeiro outra vez vence mata-mata
Festa de Mano Menezes. O Cruzeiro outra vez vence mata-mata

Aos 47 minutos, Patric acertou um chute sensacional, sem chance de defesa para Fábio.

2 a 0.

Faltava um gol apenas para os pênaltis.

Mas era tarde demais.

O Cruzeiro conseguiu a importante classificação.

No campo do 'inimigo'.

Com justiça pelo que fez no primeiro jogo.

Está na semifinal do torneio que tanto aprecia.

A Copa do Brasil.

E os torcedores desta vez tinham razão.

Os dois times mereceram ser aplaudidos de pé...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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