Em jogo de gols ilegais,Corinthians afunda ainda mais o São Paulo
Nem com o 'amuleto' Vagner Mancini, o São Paulo se recupera. Perde para o Corinthians no clássico marcado por gols que o VAR anularia
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Com a benevolência da Federação Paulista de Futebol, dois gols irregulares no clássico entre Corinthians e São Paulo.
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Por economia, a FPF só pagará o sistema de VAR, o sistema de árbitros de vídeo, a partir das quartas de final do Campeonato Paulista.
Por isso, um clássico da importância de Corinthians e São Paulo, no Itaquerão, teve dois gols que nasceram de jogadas irregulares. Que seriam facilmente anulados se Lucas Canetto Bellote tivesse acesso às imagens.
Veria que Clayson quando cruzou a bola que terminou no escanteio e no gol de Manoel, do Corinthians, saiu. Inteiramente. Sem dúvida alguma.
E também enxergaria que Antony fez falta em Danilo Avelar, na origem do escanteio, que acabou no gol do São Paulo, de Pablo.
Lances que o dinheiro poupado pela FPF evitaria.
Mas haveria tempo para confirmar a péssima fase do São Paulo.
De nada adiantou conselheiros espalharem que o interino Vagner Mancini era 'algoz' do Corinthians, no Itaquerão. Tudo por conta de um jogo que comandou o Vitória e venceu.
Muito pouco para reverter o caminho de fracassos do São Paulo.
Seu time lutou muito, mas não conseguiu escapar de nova derrota.
Com a participação fundamental do questionado goleiro Tiago Volpi.
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Fagner cruzou aos 27 minutos do segundo tempo. O arqueiro foi disputar a bola com as mãos com o baixo Vagner Love. Volpi errou a bola. E Gustavo confirma a fase excelente que vive. Ele completou para o fundo do gol são paulino.
2 a 1, Corinthians.
"Eu peguei ela meio no susto, mas o que importa é que a bola entrou. Quero parabenizar a equipe pelo excelente jogo que fizemos. Na semana, nós conversamos que (o desempenho) tinha que ser do último jogo para mais. Conseguimos ter concentração e fazer um grande jogo para ter a vitória", comemorava, Gustavo. São sete gols em nove partidas com a camisa do Corinthians, em 2019.
O desespero de Tiago Volpi, que falhou de maneira inacreditável, errando o tempo da bola era evidente após a partida. Ele tentava negar o inegável.
"O cara me tira com o braço, ele me desloca, como eu vou acertar a bola? Uma coisa é dividir com o corpo, outra com meu braço. É uma pressão do caramba, você tenta se firmar, para o cara estragar assim. O Love tira do meu braço, como vou tirar a bola assim? Ele foi mal intencionado e é impossível o juiz não ver o lance assim." Nem o juiz e ninguém viu porque não houve toque algum, o goleiro errou a bola.
"Não encostei nele. Se tiver replay vocês vão ver. Eu subi para cabecear a bola, infelicidade dele que ele furou e felicidade nossa que o Gustavo conseguiu fazer o gol", dizia, sincero, Vagner Love.
Em dez clássicos da história do Itaquerão, os corintianos venceram sete vezes. E houve três empates. O time são paulino é o único grande paulista que jamais venceu o rival na nova arena.
A fase do São Paulo é tão ruim que, se o Oeste vencer o fraquíssimo São Bento, amanhã, o clube comandado pelo inseguro Leco, estará fora da fase de classificação do Campeonato Paulista. Ficará atrás do Ituano e do próprio time de Itápolis que joga em Barueri.
No clássico de hoje, Vagner Mancini tratou de montar uma equipe firme na marcação, sem dar espaço para o Corinthians.
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A postura são paulina era assumidamente de apenas tentar os contragolpes e bolas paradas. Como o coordenador, técnico interino enquanto Cuca não se restabelece de cirurgia cardíaca, fez quando dirigia o Vitória.
Fábio Carille ainda busca a equipe ideal.
Mas sabe muito bem que não poderia dar chance ao rival se recuperar. Justo no Itaquerão.
E tratou de montar um time também compacto, vibrante. Mas sem se arriscar, por exemplo, pressionando o São Paulo no seu campo de defesa.
O que se viu foi grande duelo nas intermediárias.
A partida foi equilibrada.
Mancini, que já até ganhou a Copa do Brasil, em 2005, sabe como comandar profissionais, ao contrário do imaturo André Jardine, que trabalhou na história eliminação do clube na Pré-Libertadores.
O São Paulo dificultou muito as coisas para o Corinthians. Sem dúvida melhorou. Ficou uma equipe mais consciente.
Os lances irregulares foram salomônicos, mas colocaram à prova os nervos dos jogadores dos dois times.
E Tiago Volpi precisa ser observado de mais perto.
Sua falha no gol decisivo do Corinthians custou muito caro.
A vitória foi boa, animadora para a equipe de Carille.
Já nova derrota do São Paulo é pesada.
Agora, o clube começa a ser pressionado no Paulista.
Há chance de ficar fora das quartas-de-final.
Seria outro vexame histórico.
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