Sochi, Rússia
É guerra!
Quem ousar atacar Neymar, criticar seu individualismo, seu egoísmo, que muitas vezes atrapalha a Seleção, não terá perdão. Não nas redes sociais. As ofensas são cada vez mais fortes, desrespeitosas, agressivas.
A revolta pelas queixas atinge família, parças, seguidores e até Bruna Marquezine.
Sim, a namorada do principal jogador da Seleção chegou à Rússia. E já mostrou seu desagrado pela maneira com que seu amado vem sendo tratado. Ela decidiu fugir dos jornalistas. Nada de entrevistas simpáticas, sorrisos. Nada disso. Ela chegou ontem com o semblante fechado no luxuoso hotel que serve de concentração do Brasil.
Aliás, apenas a família de Neymar e a atriz da Globo têm esse privilégio. Os parentes dos outros atletas acabarm ficando espalhados em vários hotéis. Ninguém reclama, evidente. Neymar é o grande líder sem contestação dessa Seleção.
E por isso, as críticas na transmissão dos jogos da Seleção no Brasil ecoaram nas redes sociais, como também por aqui. Se em 2014, ele tinha contrato de exclusividade com a Globo, e tinha dar entrevistas após os jogos, o mesmo não acontece na Rússia.
Já foi assim ontem em São Petersburgo, quando ele desprezou os pedidos de entrevistas de todos os veículos, após a vitória contra Costa Rica. E também da Globo.
A briga com Galvão Bueno e Casagrande não terminou com a Olimpíada. A mágoa continuou. Intermediários tentaram aproximar o narrador e o comentarista com o jogador, mas não houve conversa. Mesmo Marquezine sendo funcionária da Globo. Neymar não aceitou misturar as coisas.
A relação com a emissora carioca até melhorou, mas não com as figuras mais emblemáticas do futebol da Globo. E como o camisa 10 brasileiro começou a Copa muito individualista contra a Suíça, foi criticado pela maioria dos jornalistas esportivos do país. Mas o troco foi dado e forte para o narrador e o comentarista.
Tiveram de lidar com o ódio dos seguidores de Neymar.
Inclusive seus 'parças'.
As ofensas foram pesadíssimas dos amigos íntimos do jogador.
Ou seja, não haverá lua de mel depois da vitória contra a Costa Rica.
Ainda mais porque o camisa 10 foi criticado no primeiro tempo.
E no segundo tempo acabou fundamental na vitória.
Chorou muito de tensão após o jogo.
Afetado pelo que considerava ofensa.
Responsabilidade pelo fraco futebol da Seleção.
Se houver a mínima coerência, Neymar seguirá calado durante a Copa.
Ele escolheu a imprensa como inimiga.
Uma estratégia velha nos Mundiais.
Se o Brasil não vencer, o jogador se cala, como Ronaldo em 2006.
Mas se vence, vai à forra, como Ronaldinho Gaúcho, em 2002.
Ele saiu com um pandeiro nas mãos e não quis falar com os jornalistas, após a conquista do pentacampeonato. Vingança pelas críticas que o time de Felipão recebeu nas Eliminatórias.
Neymar e Bruna ficaram juntos no hotel da Seleção.
Tite deu folga para os atletas dormirem com suas famílias.
Mas nem assim, o jogador deverá se sensibilizará.
Seguirá com sua guerra particular com quem ousar ofendê-lo.
E tem como escudo suas centenas de milhões de seguidores.
Não há a menor vontade de pacificação.
Muito pelo contrário...
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