Dudu preocupado. Clube do Qatar não formalizou proposta
Os graves problemas pessoais do atacante podem ter travado o interesse do Al Duhail. A equipe é do Qatar, um país extremamente conservador
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
O Qatar é um país islâmico.
E muito rígido com o comportamento social.
As mulheres são tratadas com enorme respeito.
Usam burka.
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Não é aceito nem o aperto de mão entre homems e mulheres em público.
O código penal considera beijos e carícias atos indecorosos.
Crimes sexuais são punidos com chibatadas.
Os clubes de futebol exigem comportamento exemplar dos seus jogadores.
Principalmente os estrangeiros, que devem servir de exemplo.
O comportamento dos jogadores fora de campo tem enorme importância na contratação dos atletas.
Dudu sempre teve uma vida social agitada.
E enfrenta agora problemas pessoais escandalosos.
Enviados do Al Duhail se mostraram muito interessados no atacante brasileiro.
O líder do Campeonato Qatariano quis saber da possibilidade de o jogador ir atuar no Oriente Médio.
Eles sabiam que a negociação seria difícil, já que ele se negou duas vezes a ir jogar na China. E se mostrava disposto a encerrar a carreira no Palmeiras.
Mas o interesse do clube qatariano aconteceu exatamente em um momento difícil da vida pessoal do atacante.
E o colocando como matéria principal de todo tipo de portal.
De fofoca, policial, até os mais sérios.
Essa exposição fez com que Dudu sinalizasse o 'sim'.
Para ficar longe desse problema decidiu ir para o Qatar.
O jogador procurou o presidente Mauricio Galiotte e confirmou sua vontade de sair.
Galiotte tinha feito a promessa que, depois das negativas para ir atuar na China, se aparecesse uma equipe do exterior e ele quisesse sair, ele o liberaria.
O dirigente quer pelo menos 13 milhões de euros, cerca de R$ 79 milhões.
A multa rescisória do jogador é de 60 milhões de euros, R$ 367 milhões.
Os primeiros contatos foram melhores que os enviados do Al Duhail imaginavam.
E informaram à diretoria do clube qatariano que seria possível, viável, contratar um dos melhores atacantes do futebol brasileiro.
Só que as informações estão globalizadas.
O clube pertence à família de Hamad bin Khalifa Al-Thani, que foi emir (príncipe em tradução livre) do Qatar.
Embora tenha aproximado mais o país do Ocidente, Al-Thani segue muito conservador em relação aos costumes islâmicos.
Tanto que fez questão não só da tradução das matérias sobre o problema escandaloso de Dudu.
Como uma explicação da situação.
Com direito até a vídeos.
Depois que o 'material' chegou ao Qatar, a negociação esfriou.
Palmeiras e Dudu acreditavam que negociação seria fechada no final de semana.
Só que até ao meio-dia desta terça-feira, não houve progresso na transação.
O medo no clube é que o problema de Dudu tenha desestimulado os donos do Al Duhail.
O atacante pediu para treinar toda essa semana à parte, longe dos demais jogadores.
Sozinho, de manhã.
E usaria suas tardes para arrumar sua mudança para o Qatar.
Só que a situação, por enquanto, está suspensa.
A proposta oficial, a negociação final, ainda não chegou.
O medo real é de um recuo qatariano.
Se não der certo essa transação, Dudu não mudou de ideia.
Diz que "tem" de sair.
E para o exterior.
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