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Cosme Rímoli - Blogs

Doping e nocaute dos brasileiros. O fracasso do UFC na Globo

A emissora em 2011 'tomou' o UFC da Rede TV! Mas o MMA foi uma grande desilusão. Por isso, adeus aos 'Gladiadores do Terceiro Milênio'

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

O nocaute de Anderson diante de Weidmann. E o doping. Fatais para a Globo
O nocaute de Anderson diante de Weidmann. E o doping. Fatais para a Globo

São Paulo, Brasil

R$ 1,8 bilhão com o futebol.

R$ 593 milhões com a Fórmula 1.

R$ 700 milhões com as Olimpíadas.


Leia também

O dinheiro vale para a tevê aberta e tevê fechada.

Em 2020, o Grupo Globo continuará tendo retorno bilionário dos patrocinadores. Mas menor do que nos anos anteriores.


E mais concessões, como narradores anunciando o nome das empresas.

Nas Olimpíadas de 2016, por exemplo, a Globo faturou R$ 1,5 bilhão.


Ou seja, ganhará menos da metade com Tóquio.

No futebol e no automobilismo, os valores acompanharam apenas a inflação.

Mas o que vale ser destacado é o total desinteresse sobre o UFC.

A emissora carioca, que tomou o evento de MMA da Rede TV!, em 2011, não se interessa mais pelas lutas.

Mas deixa para o nicho específico o canal a cabo Combate.

O motivo do desinteresse foi os próprios lutadores.

Os ídolos nos quais a emissora apostou todas as suas fichas fracassaram, entraram em decadência muito rápido.

Anderson Silva, além de perder o cinturão dos médios por brincar com um lutador muito inferior, Chris Weidmann, em 2013, foi pego duas vezes por doping.

Anderson era o garoto-propaganda do UFC na emissora carioca. Lutador predileto, sempre citado como fenômeno por Galvão Bueno.

Bastaram 13 segundos e o mito Zé Aldo desabou diante de Connor. Desilusão
Bastaram 13 segundos e o mito Zé Aldo desabou diante de Connor. Desilusão

O principal narrador da emissora tentou até criar um bordão "os gladiadores do terceiro milênio", ridicularizado pelos fãs de lutas.

A badalação global em cima de Anderson foi cancelada.

Depois veio o fracasso de José Aldo. Ao ser facilmente nocauteado por Conor McGregor, em 13 segundos do primeiro round, ele trouxe prejuízo à Globo duas vezes.

A primeira com a derrota que virou até rótulo de cerveja na Irlanda, '13 seconds' e perda do cinturão.

O segundo nocaute veio no filme "Mais Forte que o Mundo" feito pela Globo Filmes. Pronto pouco antes do brasileiro ser esmurrado pelo irlandês. Foi um golpe fortíssimo na bilheteria.

Depois vieram as derrotas de Vitor Belfort, Cigano, Lyoto Machida, Mauricio Shogun, Fabrício Werdum.

Werdum. Outro campeão brasileiro desaba. Transmitir derrotas não atrai
Werdum. Outro campeão brasileiro desaba. Transmitir derrotas não atrai

Belfort, Lyoto e Werdum também foram pegos em exames antidoping.

Outro ponto baixíssimo e inesquecível foram as quatro edições do Ultimate Fighter. Uma pior do que outra.

A emissora carioca só se preocupou em ganhar dinheiro com merchandising, expor produtos para os consumidores. A dublagem pavorosa lembrava seriados cômicos mexicanos. A edição caótica, sem o menor cuidado.

Foi um fracasso, jogado para as madrugadas de domingo para segunda-feira, até desaparecer.

Atualmente não há um homem campeão, com o cinturão, nas oito categorias do UFC.

Amanda Nunes, dona dos cinturões dos pesos pena e galo, não desperta o interesse publicitário nacional.

As melhores lutas respeitam o horário dos Estados Unidos.

E acontecem entre duas e quatro da manhã, do sábado para o domingo.

Cada vez mais inviáveis para o público brasileiro.

Diante desse cenário, o UFC se manterá longe das transmissões na Globo.

Restrito a reportagens esporádicas, quando brasileiros estiverem decidindo ou perto dos títulos.

Amanda Nunes. Dois cinturões no UFC. Não há um brasileiro campeão
Amanda Nunes. Dois cinturões no UFC. Não há um brasileiro campeão

O foco seguirá no canal a cabo Combate, que sofre fortíssima concorrência da pirataria na Internet.

A Globo seguirá com futebol, corrida e esportes olímpicos.

MMA foi uma aventura que não deu certo.

O bordão "gladiadores do Terceiro Milênio" foi aposentado de vez.

Ainda bem...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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