Dirigente do São Paulo tenta jogar Maicon contra o Grêmio. É guerra!
O gerente Alexandre Pássaro, a mando do presidente Leco, dá a resposta a Maicon, que acionou o clube na justiça. 'Talvez processe o Grêmio também'
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Até mesmo Maicon esperava.
E a retaliação do São Paulo veio.
De maneira mais cruel possível.
Querendo jogar o volante contra a direção, contra a torcida do Grêmio.
O atleta processa o São Paulo por conta de adicional noturno não pago, pelas partidas que disputou à noite. E também pelo descanso remunerado que não teve, quando aconteceram dois jogos durante a semana.
Na primeira instância, ganhou R$ 200 mil. O São Paulo promete recorrer. Assim com o próprio jogador, que acredita merecer o mesmo que Paulo André conseguiu no Corinthians, R$ 750 mil.
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"O que mais nos surpreende é que esses jogadores só ganham três dígitos de salário porque a televisão paga altos valores pelos direitos de transmissão, inclusive eles têm 5% disso pelo direito de arena. Então entrar pedindo um adicional noturno além disso, para a gente que sabe que no mundo inteiro o futebol é disputado também à noite e também em feriados, surpreende."
"A gente espera que isso não vire comum, porque ao passo que o São Paulo foi processado pelo Maicon talvez o Grêmio também seja, porque no Grêmio ele continua jogando à noite e continua jogando aos feriados."
"Então criaria um passivo e uma imagem não muito boa para os clubes que querem contratar jogadores com esse histórico de ações."
As palavras do gerente de futebol do São Paulo, Alexandre Pássaro, foram claras, diretas.
Quiseram atingir Maicon e ainda tentar intimidar qualquer jogador que tentar entrar com o mesmo tipo de ação. O que a legislação brasileira não só permite como já deu ganho de causa a Paulo André, em definitivo. Tanto que o Corinthians teve de fazer um acordo.
Maicon já sabia que seria atacado publicamente pela diretoria do São Paulo. Por isso foi tão claro, tão forte nas suas palavras, no Instagram.
"Hoje acordei com vários bom dia diferentes, aí te pergunto, o errado sempre somos nós jogadores?"
"Parece que não temos família. 2004 e 2005 joguei no Fluminense e estou até hoje sem receber, 2006 joguei quatro meses no Botafogo e só recebi dois e também estou até hoje sem receber. 2009 cheguei no Figueirense e saí em dezembro de 2011."
"Também fiquei sem receber e liguei para o diretor na época e, com palavras dele, 'não temos dinheiro para te pagar' e na justiça recebi. Aí vou para o São Paulo praticamente de graça."
"Saio em 2015 com 3 meses de imagem atrasada e só recebi porque o Grêmio me comprou por 7 milhões, aí corro atrás do meu direito e estou errado?!"
"Torcedor do São Paulo, menos Mimimi e vá cobrar quem administra seu clube, que parou no tempo."
"Tem tantas pessoas que estão acabando com nosso país e sempre vejo notícias de jogadores de futebol."
"Se a gente ajuda, não faz mais que obrigação, se cobramos nossos direitos, somos mercenários. Uu não vi nenhum torcedor desses clubes q saí bater na minha porta e me pagarem o que devem, aí querem ficar te xingando no Instagram."
"Menos Mimimi e quero ver se vocês fossem embora dos seus trabalhos e ficassem sem receber e o seu advogado te falasse que você tinha direito, se vcs não fariam a mesma coisa. É muita hipocrisia."
Repercutiu muito a frase de Maicon, que o São Paulo 'parou no tempo'.
O inseguro presidente Leco incumbiu o subalterno gerente Alexandre Pássaro a responder pelo clube.
E a escolha foi tentar prejudicar Maicon com a direção do Grêmio e sua torcida.
Além da absurda intimidação aos jogadores que sentirem que tiveram os seus direitos desrespeitados.
Mas se é guerra que Pássaro declarou, as informações não são boas.
O jogador seguirá com a ação.
E Maicon segue com apoio da direção gremista...
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