Diretoria e Gaviões não aceitam ‘vender’ o Corinthians. Empresa do herdeiro das Lojas Marisa tentou, em vão, comprar o futebol do clube
Mesmo com dívida de R$ 2,3 bilhões, Corinthians não aceita vender o futebol a uma SAF. A proposta chegou. E o presidente Augusto Melo não aceitou conversar. E chefia da Gaviões da Fiel avisou que ‘nunca’ permitirá que o clube tenha donos
Há cerca de um ano e meio circulam boatos no Parque São Jorge que empresas tentariam comprar o futebol do clube.
Transformar o Corinthians em uma Sociedade Anônima de Futebol.
Ainda mais com a dívida de R$ 2,3 bilhões que trava a vida no Parque São Jorge.
Elencos fracos, treinadores ‘baratos’ são contratados por conta das dificuldades financeiras.
Os juros atormentam as administrações.
Fazem salários e direitos de imagem serem pagos com atraso.
Cotas de televisão são adiantadas.
Empréstimos a taxas revoltantes são feitos.
A origem deste caos está na péssima administração.
Na maneira que o clube escolheu para pagar seu estádio, ainda em 2010.
Augusto Melo e Andrés Sanchez, que dividem as alas políticas, concordam neste ponto.
Não aceitam nem pensar em ‘vender o futebol corintiano’.
As propostas eram ‘mortas’ na raiz.
Mas a mais insistente vazou hoje.
O blog checou com conselheiros e é verdadeira.
O primeiro a noticiar foi o jornalista Juca Kfouri.
A proposta, já recusada, era do herdeiro das lojas Marisa, Marcelo Goldfarb e de Bruno Paiva, filho do falecido ex-jogador Mario Sérgio.
Os dois são sócios da OTB Sports, que negocia atletas há seis anos.
De maneira resumida.
O grupo assumiria todas as dívidas envolvendo o futebol, que seria separado da parte social.
E prometia ‘abrir o capital’ para os torcedores.
Ou seja, fazer com que pessoas comuns pudessem comprar cotas do futebol corintiano.
Na linguagem dos empresários, fazer o clube realmente ‘do povo’.
Como Duílio não respondeu à proposta, ela chegou a Augusto Melo.
Ele não quis ter contato com Goldfarb e nem com Bruno Paiva.
E designou um assessor ‘informal’, sem vínculos oficiais com o Corinthians para ouvir os empresários.
Igor Zveibrucker repassou as informações para Melo.
O presidente corintiano conversou com a chefia da Gaviões.
Com Alexandre Domênico Pereira.
E ele foi veementemente contrário.
Alê repetiu seu discurso que ninguém ‘será dono do Corinthians’.
A torcida organizada tem enorme influência no Parque São Jorge há décadas.
A proposta foi recusada.
Diante da recusa, pessoas ligadas aos empresários resolvem vazar a informação.
Como forma de pressionar Augusto Melo a voltar atrás.
Mas o dirigente jurou ao presidente da Gaviões que não ‘venderá o Corinthians’.
No que tem o apoio de Andrés Sanchez.
O São Paulo, presidido por Julio Casares, também já foi sondado três vezes.
Mas o dirigente também jura que não transformará o futebol do clube em SAF.
Também com a pressão da principal organizada, a Independente, para que isso não aconteça...
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