São Paulo, Brasil
No dia 16 de março, o São Paulo perdeu para o Palmeiras por 1 a 0.
Foi um sábado à tarde, no Pacaembu.
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O único acalanto da torcida era a certeza de que a diretoria já tinha alinhavado a volta de Alexandre Pato, o atacante dos sonhos.
Entre os jogadores que deveriam se submeter aos exames antidoping estava Gonzalo Carneiro.
O jogador de 23 anos outra vez tinha ido muito mal.
O atacante de 1m93, canhoto, percebia que era tratado como enorme decepção no Morumbi.
Ele havia sido indicado pelo ex-treinador Diego Aguirre, uruguaio como ele. Revelado pelo Defensor, tinha o apelido de 'Joia'. Sobrinho de Marcelo Zalayeta, atacante da Juventus e da Seleção Uruguaia, o São Paulo duelou com o Grêmio pelo jogador.
O clube paulista pagou 'apenas' R$ 2,8 milhões por 50% dos direitos do atleta, em abril de 2018, porque seu contrato terminava em julho do ano passado. E o Grêmio desistiu diante de uma importante contusão no púbis do atacante.
Ele só pôde estrear em julho, passou três meses em tratamento. Só que seu rendimento foi muito abaixo do que esperava Aguirre e a direção do São Paulo.
Se mostrou lento, indeciso, com péssimo jogo aéreo, fraca participação como pivô e sem qualidade técnica para tabelas.
Acabou com justiça na reserva.
Das 24 partidas que entrou em campo, marcou apenas um gol.
De personalidade difícil, calado, ele já se mostrava tenso no Morumbi há muito tempo. Chegou até a ir para o Uruguai para tratar de um quadro de depresão, informa a assessoria de imprensa do São Paulo.
O jogador de 23 anos que acreditou ter no Brasil o trampolim para o futebol europeu, viu sua perspectiva mudar. De estrela, virou reserva do reserva.
E ainda soube da chegada de uma grande estrela para sua posição, Alexandre Pato.
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Ele já não havia se apresentado para uma partida, em janeiro, contra o Mirassol, onde seria novamente reserva. A direção do São Paulo declarou que ele foi multado em 40% dos seus salários. O Sindicato dos Jogadores Profissionais de São Paulo garante que multas tão altas são absolutamente proibidas em qualquer relação trabalhista.
A verdade é que Carneiro seguiu como um coadjuvante calado do elenco são paulino. Peça absolutamente descartável.
Cuca quis transformá-lo em surpresa na primeira partida contra o Corinthians, na final do Paulista. Mas outra vez, o uruguaio nada fez no gramado. Seguiu lento, pesado, sem convicção nas jogadas.
Tudo pioraria de vez na quarta-feira passada.
O uruguaio foi notificado que havia sido pego no doping contra o Palmeiras, no jogo que antecedeu o anúncio oficial de Pato como jogador do São Paulo.
A substância na sua urina não deixava dúvidas.
Cocaína.
A perspectiva de punição é de seis meses e um ano.
Foi combinado no São Paulo manter segredo sobre o que aconteceu com o uruguaio, até o Paulista acabar.
Ele foi afastado da partida final.
O motivo alegado pelo clube foi tendinite no joelho esquerdo.
Já está traçada a linha de defesa do jogador.
O São Paulo vai alegar depressão.
Inclusive, vazando para a imprensa conversa e choro com Cuca, no sábado, quando o atacante teria procurado o treinador para conversar sobre a confirmação do doping por uso de cocaína.
De acordo com o clube, os dois choraram muito.
A situação é dramática.
Por mais que o São Paulo possa reduzir a pena do jogador, ficará a marca.
O doping positivo à cocaína será um obstáculo sério na carreira.
Sua passagem no São Paulo mesmo antes do doping é um enorme fracasso.
Foi esquecido pela Seleção Uruguaia.
E por observadores de clubes europeus.
Não fazia parte dos jogadores prioritários a Cuca no Brasileiro.
Havia a chance até de ser emprestado.
O doping agora só vem para piorar as coisas.
A contratação de "La Joya" foi um grande erro.
Mas agora o São Paulo tem a obrigação humanitária de apoiar seu jogador.
Enquanto a punição perdurar.
Seu contrato vai até março de 2021.
Mas já há quem defenda a rescisão com o atacante...
Atacante do São Paulo pode ser mais um a afundar carreira em drogas
Não bastasse o vice-campeonato do Paulistão 2019, o São Paulo teve de conviver nesta segunda-feira (22) com a notícia do doping do atacante Gonzalo Carneiro. O uruguaio foi pego em exame realizado pela FPF (Federação Paulista de Futebol), ainda durante a primeira fase do Estadual. A suspeita é pelo uso de cocaína, droga que já arruinou a carreira de outros jogadores Curta a página de Esportes do R7 no Facebook