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Decepção no Corinthians. Presidente confessa: demitiu Sylvinho por vaias de torcida e críticas da imprensa

Duilio Monteiro Alves deixou claro que não manteve o técnico diante da pressão externa. Conselheiros ficaram desiludidos com a postura. E serve como alerta para os jogadores. Se fez com Sylvinho...

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Sylvinho e Duilio. A garantia do presidente acabou diante das vaias e críticas ao técnico
Sylvinho e Duilio. A garantia do presidente acabou diante das vaias e críticas ao técnico

São Paulo, Brasil

Um tiro no pé.

Membros da oposição já achavam total falta de convicção, de firmeza.

Mas até conselheiros ligados ao grupo Renovação e Transparência, comandado por Andrés Sanchez, que vem colocando presidentes no Corinthians desde 2007, lastimaram a postura de Duilio Monteiro Alves.


Logo pela manhã, quando vazou a confissão do presidente corintiano sobre a razão da demissão de Sylvinho, a decepção foi geral.

Com o dirigente assumindo que foi a "pressão" da torcida e da imprensa que o fez mandar embora o treinador, a quem havia prometido que seria o comandante da temporada. Três dias antes da derrota contra o Santos.


"Eu nunca vi a torcida criticar algum jogador ou treinador durante o jogo em toda a minha vida. A torcida do Corinthians apoia os 90 minutos e depois pode xingar, criticar, protestar, isso é normal. Mas durante o jogo nunca vi. 

"Isso foi uma coisa que me chamou muito a atenção e foge da pressão das redes sociais. Fora todo o resto, programas de televisão, analistas, comentaristas, torcedores, conselheiros, geral... Tomou uma proporção que nunca vi no futebol.


"Foi até por isso a decisão.

"Não era mais algo saudável para o Sylvio, para o dia a dia dele."

O dirigente fez a confissão ao SporTV.

Ou seja, se não houvesse cobrança e xingamentos dos torcedores, pressão da imprensa, Sylvinho continuaria.

Afinal, foi ele quem comandou a pré-temporada do time. Montou a equipe taticamente como queria, pensando na Libertadores.

Ou seja, um desperdício imenso de tempo.

A postura do presidente corintiano admitindo a demissão do técnico por conta de torcedores e jornalistas é muito significativa. O blog já havia adiantado essa situação. E tem reflexos.

A começar, como foi colocado na matéria, no apoio dos conselheiros. O que espera do comandante do Corinthians é, no mínimo, firmeza.

Depois, a tendência é que os jogadores fiquem desconfiados.

Ou qual seria a postura de Duilo caso os torcedores e jornalistas exigissem a saída, por exemplo, de Cássio? 

O desperdício da pré-temporada com um treinador sem o apoio da diretoria pesa. Tanto que técnicos europeus consultados, como Jorge Jesus, lembraram não ter esse tempo precioso para trabalhar.

O técnico Paulo Fonseca, assim como Jorge Jesus, foi considerado muito caro.

Outros dois portugueses são comentados no Parque São Jorge. Vitor Pereira, ligado a Kia Joorabchian, ex-presidente da MSI. E Luís Castro, que trabalha no Al Duhail, do Catar.

Enquanto isso, o tempo vai passando. 

Já faz uma semana que o Corinthians não tem um treinador.

Segue com o interino Fernando Lázaro, que prepara o time para enfrentar amanhã o Mirassol, depois da vitória diante do Ituano.

Os jogadores líderes da equipe defendem a permanência de Lázaro.

A Libertadores, sonho do Corinthians, começa em abril.

E Duilio segue sem agir.

Talvez espere o que os torcedores e jornalistas tenham a dizer...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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