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Cosme Rímoli - Blogs

Daniel Alves, o mais importante. Gabigol é o ídolo da América do Sul

O currículo sensacional do capitão da Seleção perde força para o marketing e os gols do flamenguista. Na Colômbia, ontem, foi impressionante

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Aos prantos, o abraço do jovem torcedor do Junior Barranquilla em Gabigol
Aos prantos, o abraço do jovem torcedor do Junior Barranquilla em Gabigol

São Paulo, Brasil

Daniel Alves é o jogador mais importante da América do Sul.

Ninguém ganhou mais títulos significativos.

Três Champions League.


Três Mundiais.

Seis Campeonatos Espanhóis.


Um Italiano.

Dois Franceses.


Duas Copas das Confederações.

Duas Copas América.

Mas o capitão da Seleção Brasileira não chega aos pés da idolatria de Gabigol.

Tendo como maiores triunfos na carreira, uma medalha olímpica de ouro, uma Libertadores e um Brasilero, o atacante conseguiu com árduo trabalho de marketing, se transformar no grande ídolo da América do Sul.

O que aconteceu ontem em Barranquilla foi emocionante.

Antes da partida, surpreso, ele ouviu gritos na torcida adversária. 

Jovens torcedores do Junior Barranquilla esqueciam Téo Gutiérrez. 

E berravam o nome do atacante brasileiro.

Não o xingavam.

Queriam sua atenção.

Um aceno, um sorriso.

O atacante flamenguista ficou satisfeito e fez questão de dar uma camiseta de aquecimento a um dos garotos colombianos.

A reação foi sensacional.

O menino colocou a camiseta do Flamengo sobre a sua, do Junior Barranquilla. 

Não era do Flamengo.

Era de Gabigol.

Depois da partida disputada, renhida, com um ritmo alucinante para início de temporada, o Flamengo se impôs.

Venceu por 2 a 1, dois gols de Éverton Ribeiro. 

Excelente resultado na sua estreia na Libertadores.

Gabigol enfrentou seguranças para que o torcedor pudesse abraçá-lo
Gabigol enfrentou seguranças para que o torcedor pudesse abraçá-lo

Mas assim que o jogo acabou, outro torcedor do Junior Barranquilla invadiu o gramado. 

Ele tinha seu alvo escolhido.

Desprezou os jogadores do Junior Barranquilla.

Agarrou Gabigol.

Outra vez, o atacante não esperava esse gesto de reverência da torcida adversária.

Seguranças se aproximaram do menino.

Mas o atacante brasileiro pediu para eles se afastassem.

E fez questão

Desarmado, de dar sua camisa.

E suas chuteiras.

O menino ficou emocionadíssimo.

Gabigol foi aplaudido no estádio Roberto Meléndez.

Por torcedores do time que havia acabado de ajudar a ser derrotado.

Muito além do seu futebol, o ótimo futebol que Jorge Jesus conseguiu fazer aflorar, há no gestual do atacante um imã para as fotografias e filmagens, que tanto seduzem as crianças.

A comemoração dos gols mostrando os bíceps.

Meninos da torcida do Junior Barranquila imitam o artilheiro brasileiro
Meninos da torcida do Junior Barranquila imitam o artilheiro brasileiro

Os beijos no gramado.

As mãos para o céu.

A procura da placa "hoje tem gol do Gabigol".

O óculos de uma só lente escura.

Os mutantes cabelos e barbas.

As tatuagens.

E a campanha vitoriosa do Flamengo na Libertadores.

Tudo isso se juntou para seduzir torcedores no sofrido, carente futebol sul-americano, vilipendiado pela força financeira europeia, que leva as grandes estrelas, como Messi, Neymar, Suárez e tantos outros.

Gabigol é o grande ídolo deste continente.

Gabigol começa a desamarrar as chuteiras para dar ao torcedor do Junior
Gabigol começa a desamarrar as chuteiras para dar ao torcedor do Junior

E ele sabe.

Tem 10,8 milhões de seguidores nas principais redes sociais.

Com admiradores do mundo todo.

Até dos países sul-americanos, rivais do Flamengo.

O que resulta em patrocinadores pessoais.

Gabigol tem a Nike e Konami.

Por enquanto.

A carente América do Sul se rendeu ao flamenguista.

Jorge Jesus o dilapidou em campo.

Fora, assessores e vaidade se juntaram.

E escolheram o caminho do marketing pesssoal.

Está dando mais do que certo.

Daniel Alves, 37 anos em maio, pode ficar com seu currículo.

Quem é idolatrado é Gabigol, 23 anos.

Camisa do Fla sobre a do Junior
Camisa do Fla sobre a do Junior

Até por torcedores dos adversários na Libertadores.

Que eles aproveitem.

Na primeira oportunidade, o atacante voltará para a Europa.

Com a missão de mostrar que foi menosprezado.

Por enquanto, ele reina na América do Sul...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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