Coronavírus trava anúncio da Amazon no Flamengo
O clube já havia fechado acordo com a empresa mais valiosa do mundo. Como patrocinadora master. Pandemia evita a finalização do negócio
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
A euforia dominava a Gávea.
Além de todos os títulos conquistados, manutenção do excelente time, o avanço na renovação de contrato de Jorge Jesus, na busca para manter a hegemonia na Libertadores, no Brasileiro, tentar de novo o Mundial, a diretoria estava entusiasmada no final de feveiro.
O acordo com a Amazon, como patrocinadora master da camisa do time, estava praticamente fechado. Englobava R$ 38 milhões por ano. Mais a possibilidade de uso do portal de vendas e, o que mais interessada, parceria no streaming. Primeiro na produção de especiais.
Depois, no futuro, transmissão dos jogos on line do Flamengo.
O passo inicial seria dado em abril ou maio.
Com a Amazon substituindo o espaço no peito do banco digital BS2, que paga R$ 15 milhões ao ano.
O banco já havia aceitado ir para as mangas, com pequena redução no pagamento.
Só que veio a pandemia do coronavírus.
A Amazon, mesmo no patamar de empresa mais valiosa do mundo, com patrimônio em 2019, de R$ US$ 220,7 bilhões, cerca de R$ 1,1 trilhão, de acordo com a conceituada consultoria Brand Finance, teve de rever seus negócios futuros.
O presidente Rodolfo Landim foi avisado que a conversa será retomada. Mas depois da crise do coronavírus.
A cúpula da Amazon avalia como ficará o mundo depois dos meses de paralisação.
A perspectiva é de uma profunda recessão.
O processo com o Flamengo estava muito adiantado.
O clube passaria a ter a Amazon no peito, a MRV Engenharia nas costas, a Sportsbet.io na clavícula, TIM no número da camisa, a petrolífera Total na barra da camisa e a Orthopride no meião. E o BS2 saltaria para as mangas. O calção ficou vago, com a saída do Azeite Royal, pela pandemia.

A perspectiva era passar o Palmeiras e se tornar o uniforme mais valioso do país.
E colocar, na prática, o plano de internacionalização da marca Flamengo no mundo.
A esperança ainda existe.
E forte por parte de Landim.
Só que não depende apenas do retorno do futebol.
Mas da recuperação do mundo, depois do coronavírus.
O que segue imprevisível...