Corinthians passou sufoco. Mas fará a semifinal com o Santos
A Ferroviária jogou com muita personalidade. Empatou o jogo. E só foi eliminada nas cobranças de pênaltis. Perdeu por 4 a 3. Cássio brilhou
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Foi um sufoco.
Não só na decisão por pênaltis.
Mas durante todo o jogo, a Ferroviária mostrou ser o mais forte dos times pequenos nas quartas-de-final.
Com personalidade e ótimo futebol, não se importou com a pressão da vibrante torcida do Corinthians.
E jogou de igual para igual.
O empate em 1 a 1, mesmo placar de Araraquara, foi justo.
Vieram os pênaltis.
Pesou o nervosismo de Tony, que desperdiçou sua cobrança, chutando para muito longe do gol. E o talento de Cássio, que defendeu a cobrança de Thiago Santos. Danilo Avelar não tomou distância e facilitou o trabalho do muito bom Tadeu.
No final, Corinthians 4 a 3.
E dois clássicos contra o Santos decidirão.
Se o time de Fábio Carille ou de Jorge Sampaoli estará na final.
"Sabíamos que seria difícil. A Ferroviária prende muito a bola. Cansa o adversário. Mas fomos persistentes na marcação, mantemos um padrão e saímos fortalecidos. Vamos forte para a semifinal", garantia Clayson, que outra vez foi muito bem.
"A gente teve oportunidade de matar, a gente agrediu, a gente sabe que a Ferroviária é uma equipe que gosta de ficar com a bola. Ainda quero entender o porquê a gente veio tanto para trás no segundo tempo. O time lutou, agora vamos para as semifinais, os quatro grandes. Vai ser bem legal", se divertia Carille.
"Desses três anos como técnico, esse ano é o mais difícil. São 15 jogadores novos, que ainda não tinha trabalhado comigo. Muitas vezes desacreditar de time de camisa é difícil, cresce nessas horas", garante o animado treinador.
O currículo do técnico corintiano é animador.
Dos 18 mata-matas que disputou, venceu 16.
E só chegou ao 19º porque seu time lutou muito.
O Corinthans começou a partida fazendo tudo para se impor como time mandante.
Marcou sob pressão, fez com que a Ferroviária tivesse de se defender.
Foi o que o time de Vinícius Munhoz fez.
Não se encolheu, desistiu de jogar, como é muito comum.
E quando tinha a posse de bola, fazia questão de valorizar, trocar passes, diminuir o ímpeto corintiano.
Só faltava objetividade na hora de atacar.
O Corinthians era mais agudo.
E saiu na frente no placar.
Aos 33 minutos, Clayson fez ótima jogada pela esquerda, como havia havia feito em Araraquara. Só que desta vez quem se aproveitou de seu cruzamento foi Júnior Urso e não Gustavo.
Corinthians 1 a 0.
O gol tirou por minutos a concentração da Ferroviária.
O Corinthians teve a chance de marcar o segundo gol.
Michel conseguiu um belo cruzamento.
Gustavo cabeceou em cima de Tadeu, que não deu rebote.
O segundo tempo foi todo da Ferroviária.
Com seu toque de bola e ótimo condicionamento físico, encurralou o Corinthians.
E aos 14 minutos, veio o justo empate.
Diogo Matheus bateu forte, Thiago Santos chutou e a bola ainda desviou em Manoel.
Impossível para Cássio.
1 a 1.
O time interiorano seguiu ditando o ritmo.
E o Corinthians apenas se limitava a contragolpear.
Foi um sufoco.
Até que vieram os pênaltis.
Gustagol, Clayson, Boselli e Pedrinho marcaram.
Uilliam, Higor Meritão e o goleiro Tadeu fizeram para a Ferroviária.
4 a 3 para o Corinthians.
Agora, o Santos de Sampaoli pela semifinal...
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