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Cosme Rímoli - Blogs

Corinthians mal demais. Derrota e Libertadores já em risco

O time de Tiago Nunes foi decepcionante. Aceitou a marcação do Guaraní. Foi lento, sem criatividade. Derrota por 1 a 0. Vitória obrigatória no Itaquerão

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

O Corinthians sem inspiração, vibração. Aceitou a marcação do Guaraní
O Corinthians sem inspiração, vibração. Aceitou a marcação do Guaraní

São Paulo, Brasil

O Corinthians pagou caro em Assunção.

Caiu no ritmo lento imposto pelo Guaraní.

Se submeteu às faltas, à catimba, à forte marcação paraguaia.


E perdeu o primeiro jogo da pré-Libertadores por 1 a 0, gol de Morel, aproveitando a falha de Sidcley, que não acompanhou a linha de impedimento, deixando o volante livre, para completar cobrança de falta de Ramírez para as redes.

O gol aconteceu aos sete minutos do primeiro tempo.


"Levamos o gol em uma bobeira no começo do jogo, foi só essa a chance deles. Tivemos chances, poderíamos ter virado o jogo já no primeiro tempo, mas não fizemos o gol.

"Mas é isso, trabalhar para fazer o gol no próximo jogo. Algumas coisas faltaram no último passe, mas fica como lição. Serve como motivação", disse Luan, um dos piores em campo.


O resultado lembrou um velho pesadelo.

A eliminação diante do próprio Guarani, em 2015, nas oitavas-de-final da Libertadores. O time corintiano era muito melhor do que o de hoje, acabou campeão do Brasil, nas mãos de Tite.

Na próxima semana, no Itaquerão, o Corinthians precisa vencer por dois gols de diferença para se classificar.

Mas faltou força ofensiva ao time de Tiago Nunes.

Luan e Sidcley foram pontos fraquíssimos do Corinthians. 

A comemoração do gol precoce. Faltou concentração ao Corinthians
A comemoração do gol precoce. Faltou concentração ao Corinthians

Faltou articulação ao ataque e jogadas pelo lado esquerdo do time brasileiro.

A marcação do Guaraní, apesar de jogar em casa, foi intensa, forte, preenchendo os espaços.

E o Corinthians sem força alguma no lado esquerdo. Luan, que deveria ser o grande condutor da intermediária para a área, estava disperso, passivo. Como seus piores momentos no Grêmio.

Tiago Nunes precisa tomar uma atitude em relação a Sidcley. Ele está visivelmente fora de forma. Fora de ritmo. Voltou mal da Ucrânia. Não merece ser titular agora. Piton está muito melhor.

O Guaraní é uma equipe renovada e que cumpre fielmente a estratégia do experiente Gustavo Costas. Marcou forte as intermediárias. E buscou também fechar o desafogo corintiano, Fagner.

Seu time atuou, mesmo em casa, no 4-5-1, com jogadores travando as intermediárias, dificultando arrancadas, tabelas.

Boselli teve a melhor oportunidade. E acertou a trave do Guaraní
Boselli teve a melhor oportunidade. E acertou a trave do Guaraní

Em um mar de pernas dispostas a travar a bola ou cometer falta, apenas o volante Cantillo mostrou visão diferenciada, talento para abrir o jogo, levar perigo ao time paraguaio.

O Corinthians tinha a posse de bola, mas mostrou uma lentidão irritante. E que não combina com o discurso de Tiago Nunes.

O Guaraní começou pressionando, se aproveitando da falta de concentração corintiana. E Redes acertou a trave de Cássio, aos cinco minutos. 120 segundos depois, o gol de Morel.

Boselli teve uma chance esporádica e acertou a trave de Servio e Everaldo, recebeu excelente lançalmento de Cantillo e, livre, chutou no peito do goleiro do Guaraní.

No segundo tempo, com Pitón e Matheus Vital, nos lugares de Sidcley e Everaldo, o Corinthians parecia que iria reagir. Mas seguiu sem intensidade, vibração.

O resultado foi ruim.

O Corinthians, que ainda precisa de entrosamento, terá de vencer por dois gols de diferença no Itaquerão, para fugir da eliminação mais do que precoce na Libertadores.

O clube precisa desesperadamente do dinheiro de uma campanha até pelo menos as quartas-de-final. Cair diante do primeiro adversário na Pré-Libertadores seria caótico.

Camacho grita com o time. Corinthians lento, sem intensidade e objetividade
Camacho grita com o time. Corinthians lento, sem intensidade e objetividade

Tiago Nunes estava tenso na coletiva.

"A questão da avaliação pode ser vista de diversos ângulos. Se pensarmos no volume de jogo que tivemos, com as chances criadas, foi ruim. Mas, ao mesmo tempo, tivemos um controle de jogo muito grande. Tivemos seis chances de gol. Aí passa no aproveitamento, ter um aproveitamento melhor neste controle de jogo que temos. Mas existem várias maneiras de ganhar.

"A equipe do Guaraní teve muito mérito, foi competitiva, fez um gol cedo que acabou tirando nosso foco por alguns minutos. Mas, ao mesmo tempo, como eu tenho repetido, é um jogo de 180 minutos. Vai terminar em São Paulo. Temos que buscar fazer todo o esforço possível para reverter."

Ele sabe o quanto seu time precisa melhorar.

Ainda não passa confiança, firmeza...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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