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Corinthians humilhado e eliminado. Peñarol 4 a 0

 Mancini colocou os reservas no Uruguai, pela Sul-Americana. Para poupar o Corinthians para o Paulista. E o Corinthians teve sua pior derrota da história em torneios internacionais

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

O Peñarol teve toda a liberdade para massacrar o Corinthians. Goleada vergonhosa
O Peñarol teve toda a liberdade para massacrar o Corinthians. Goleada vergonhosa O Peñarol teve toda a liberdade para massacrar o Corinthians. Goleada vergonhosa

São Paulo, Brasil

Vagner Mancini tinha a autorização da diretoria.

Estava liberado para levar os reservas para Montevidéu, as chances de classificação na Copa Sul-Americana eram remotas. Afinal, seria a quarta partida em apenas dez dias.

E o treinador acreditava ser melhor priorizar o Campeonato Paulista. 

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Mas o baque foi muito maior do que se poderia esperar. 

O Corinthans foi humilhado, goleado pelo Peñarol, perdeu por 4 a 0.

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Foi a pior derrota do clube em torneios internacionais.

Jamais havia perdido por este placar.

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Está eliminado da competição com apenas quatro rodadas. Um vexame muito maior do que Mancini poderá explicar.

O jovem zagueiro Bruno Méndez foi perfeito no resumo que fez do jogo.

E das consequências.

"É difícil falar depois de levar quatro gols em um campeonato internacional. O Corinthians é grande, não pode levar quatro. Agora é focar no Estadual. No primeiro tempo, tentamos fazer uma linha de cinco, creio que erramos, Peñarol jogou sozinho a maior parte do tempo, tiveram espaço e fizeram muitos gols."

Após a goleada, ou o Corinthians consegue brigar pelo título do Paulista ou a situação poder ficar muito ruim para Mancini.

O time paulista jogou muito mal, espaçado, encolhido, muito pior taticamente. A ponto de os uruguaios já estarem vencendo por 2 a 0 com 14 minutos de partida.

Por mais que fosse formado de reservas, parecia que o treinador também era outro. Nem de longe o time parecia aquele que goleou a Internacional de Limeira, pelas quartas-de-final do Paulista. 

Álvaro Martínez marcou três gols. Se divertiu diante da atrapalhada defesa corintiana
Álvaro Martínez marcou três gols. Se divertiu diante da atrapalhada defesa corintiana Álvaro Martínez marcou três gols. Se divertiu diante da atrapalhada defesa corintiana

O Corinthians estava sem intensidade, vibração, organização, conjunto. Parecia que os jogadores estavam se conhecendo no Uruguai. Com três volantes sem mobilidade, Xavier, Camacho e Roni, o time brasileiro não tinha a mínima criatividade no meio-campo. Era uma equipe montada para perder.

Jô outra vez estava parado, perdido, sem utilidade na frente.

O Peñarol, de Mauricio Larriera se aproveitou da caricatura de time que teve pela frente. Tratou de pressionar, marcar sob pressão, atacar em bloco. Estava nítido que a vitória uruguaia seria fácil demais.

E ela começou em um lance infantil. Escanteio, aos quatro minutos, que Álvares Martínez cabeceou e Cássio defendeu dentro do gol. 1 a 0, Peñarol.

Com o time de Mancini atordoado, veio o segundo uruguaio. Fernando Torrez cruzou pela direita, a bola passou por Cássio e Álvaro Martínez, de novo, empurrou para as redes. 2 a 0, Peñarol.

Fábio Santos e Gil deixavam o lado esquerdo corintiano pesado, frágil demais.

Aos 25 minutos, Fernando Torrez, livre chutou na trave de Cássio.

O massacre se desenhava.

Cássio defendeu a bola além da linha. Primeiro gol do Peñarol
Cássio defendeu a bola além da linha. Primeiro gol do Peñarol Cássio defendeu a bola além da linha. Primeiro gol do Peñarol

Era absurda a falta de reação corintiana.

Foram oito chutes a gol do Peñarol contra só dois do Corinthians, no primeiro tempo.

No intervalo, Mancini trocou Xavier por Otero. Desmontou o simulacro de 4-5-1, e tratou de colocar o time no 4-4-2, buscando ser mais ofensivo. Deixar a bola longe do gol de Cássio.

À toa. A tortura uruguaia continuou. O time de Larriera seguiu impondo o ritmo veloz, com seus jogadores preenchendo os espaços. Atuando francamente no 4-3-3, com enorme mobilidade.

O 3 a 0 veio aos sete minutos em um contragolpe em alta velocidade. Depois de escanteio para o Corinthians, o Peñarol atacou em bloco, como se fosse futsal, pegou a defesa corintiana aberta. E Canobbio tratou de vencer Cássiom, com facilidade.

O Corinthians seguiu desorientado, impotente.

Saíram Jô e Matheus Vital. Entraram Léo Natel e Lucas Piton. Mancini queria o Corinthians mais veloz, para tentar ao menos diminuir o placar. 

Só que, o Peñarol, confiante e melhor taticamente, chegou à goleada clássica.

Corinthians tentando se organizar. Sem Mancini perto. O time passou vergonha
Corinthians tentando se organizar. Sem Mancini perto. O time passou vergonha Corinthians tentando se organizar. Sem Mancini perto. O time passou vergonha

Aos 23 minutos, Mandaca demorou a sair da defesa após cobrança de escanteio. E na reposição, quando Capellini mandou novamente a bola na área, Álvaro Martínez estava livre e em posição legal, tocou na saída desesperada de Cássio.

4 a 0, Peñarol. 

Massacre confirmado.

Pior derrota da história do Corinthians em torneios internacionais.

Mancini pediu autorização para jogar com os reservas.

Mas a diretoria jamais pensou em um vexame tão grande.

O treinador conseguiu colocar seu cargo sob risco.

Com seus titulares, o Corinthians precisa reagir.

Brigar, para valer, pelo título paulista.

Ou correrá o sério risco de demissão...

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