Corinthians e BMG. Longe das metas. Saudades do PT
Clube conseguirá receber R$ 17,5 milhões por ano com o BMG. Com a Caixa, sob o domínio do PT, Corinthians chegou a receber R$ 30 milhões, só em 2016
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
As primeiras informações foram desencontradas.
E não desmentidas pela diretoria do Corinthians.
Em janeiro de 2019, veículos de comunicação divulgaram o acerto do patrocínio master com o Banco BMG.
Portais garantiam ser entre R$ 40 milhões e R$ 30 milhões.
Uma grande vitória, diante da difícil situação da economia no país.
O valor tinha de ser alto, porque o clube mais popular de São Paulo havia ficado 21 meses sem patrocinador master.
Um ano e nove meses desde que a Caixa Econômica Federal se foi.
A diretoria corintiana não desmentiu.
O então diretor de marketing, Luis Paulo Rosenberg, só aumentou a especulação. Revelou que o clube havia recebido R$ 30 milhões.
E mais: Andrés Sanchez instigou os jornalistas.
"Vocês verão o que acontecerá a cada 200 mil contas abertas por corintianos no BMG."
Alguns conselheiros empolgados saíram espalhando: o Corinthians iria ter o patrocínio de uniforme mais alto do Brasil.
Só que o próprio banco acabou com o mistério.
O patrocínio fixo era de R$ 12 milhões por ano.
Os outros R$ 18 milhões foram adiantamentos.
A diretoria corintiana teve de publicar nota oficial, diante da revelação que o contrato era muito mais baixo do que a imprensa divulgara.
O erro fora da imprennsa.
Mas havia ainda outro mistério.
O produto que Andrés anunciou.
Era o aplicativo "Meu Corinthians BMG".
Andrés Sanchez esperava 200 mil contas por ano.
O combinado era que, a cada 100 mil contas, mais R$ 3 milhões de bônus ao Corinthians.
Mas a realidade o desmentiu de maneira cruel.
O site especializado em Corinthians, "Meu Timão", revelou que, durante todo 2019, foram 30 mil contas abertas.
Sem bônus, portanto.
E veio 2020.
E apenas 8.471 novas contas pelo aplicativo.
Ou seja, faltam 91.529 contas para o clube receber R$ 3 milhões de bônus.
O que parece impossível, diante da pandemia do coronavírus, a perspectiva é que tudo trave de vez.
Em compensação, conselheiros afirmam que, a cada nova conta no aplicativo "Meu Corinthians BMG", o clube embolsou R$ 30,00.
Ou seja, recebeu R$ 9 milhões a mais, em 2019, e cerca de R$ 2,5 milhões, até agora, em 2020.
Uma engenharia financeira, para chegar ao número de R$ 17,5 milhões por ano.
Dos nove patrocinadores que o Corinthians tem no seu uniforme, quatro já deixaram de pagar, afinal, o clube não entra em campo desde o mês passado.
O BMG ainda segue pagando em dia.
Desde que a Caixa rompeu com o Corinthians, em 2017, depois que o governo do PT deixou o comando do país, o clube não teve patrocinador master que pagasse nem perto dos R$ 30 milhões, como recebeu em 2016.
Sem meta alguma.
A ligação da direção do clube com o Partido dos Trabalhadores era profunda.
Começou com o Itaquerão e foi repassada pelo ótimo acordo que tinha com a Caixa Econômica Federal.
Para o BMG a alegria foi momentânea.
O Corinthians só venceu em 2019, o Paulista.
Depois, acumulou fracassos no ano passado.
Em 2020, já foi eliminado da 'pré-Libertadores'.
E está a um passo de não se classificar para as quartas do Paulista, quando a pandemia passar.
Ou seja, nada de títulos.
E nem 100 mil novas contas por ano.
Rosenberg até teve de se demitir.
O acordo de patrocínio termina em dezembro.
A perspectiva de renovação não é animadora...
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