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Corinthians de Carille se impõe. Palmeiras irreconhecível

Com gol de Danilo Avelar, o Corinthians, com a mesma estratégia do Brasileiro de 2017, anulou o elenco mais caro da América do Sul. Vitória justa

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Avelar marcou o gol decisivo no clássico. Corinthians calou a arena palmeirense
Avelar marcou o gol decisivo no clássico. Corinthians calou a arena palmeirense Avelar marcou o gol decisivo no clássico. Corinthians calou a arena palmeirense

São Paulo, Brasil

O Corinthians calou a arena palmeirense.

Outra vez.

O time do Parque São Jorge é o que mais venceu o rival no seu moderno estádio. Foi o quarto triunfo. Nas estatísticas há ainda um empate e apenas duas derrtoas.

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Foi uma vitória tática de Carille contra Luiz Felipe Scolari.

Com muita dedicação e mesmo esquema que fez o Corinthians campeão brasileiro de 2017, o time venceu o favorito Palmeiras, atuando na sua arena lotada.

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1 a 0, gol de Danilo Avelar, aos sete minutos do primeiro tempo. 

A vitória foi justa, limpa.

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Desde 24 de outubro de 2018, quando perdeu para o Boca Juniors, o Palmeiras não perdia uma partida. 

O elenco mais caro da América do Sul não teve imaginação para escapar da forte marcação corintiana, a não ser cruzamentos e bolas longas. 

Foi assustador o futebol mostrado pelo Palmeiras.

Time nervoso, tenso, burocrático.

Para variar, Deyverson ainda foi expulso tolamente.

O atacante cuspiu em Richard.

Atitude repugnante.

Além da vitória, Carille conseguiu mais um reforço. O clube contratou o volante Júnior Urso, que estava no Guangzhou, da China.

"Depois de uma partida ruim dentro de casa, saímos com a derrota e a gente precisava sair vitorioso. Conseguimos uma vitória no sacrifício, foram pontos importantes", comemorava Jadson, que se preocupou mais em fechar a intermediária do que armar, buscar o ataque.

"Uma vez eu falei sobre arbitragem e fui processado, todos sabem por quem eu fui processado. Tivemos uma reunião com a Federação onde solicitamos que não houvesse esse tipo de arbitragem, e eles colocaram.

Ela (Federação) vai te responder se a arbitragem foi boa ou ruim. Erramos muito as finalizações finais, e por isso perdemos o jogo. Tivemos o domínio, mas não fomos capazes de fazer o gol", dizia Felipão, tentando desviar o foco da péssima partida do seu time.

Quem o processou foi Paulo César de Oliveira, irmão de Luís Flávio, que apitou, sem influência no resultado, o clássico de hoje.

"Foi justa a vitória do Corinthians? Foi, fez o gol", resumiu, irônico, Scolari.

Já Fábio Carille tinha razão para se alegrar.

Ele sabe o poder de renascimento que tem um derby.

"A entrega dos jogadores foi fundamental, a briga. Isso estava faltando. Estou muito feliz. A gente começa a resgatar aquilo do Corinthians de brigar e de lutar. Agora passamos para outra etapa, de jogar mais, ficar com a bola. Vamos melhorar com o trabalho."

O primeiro tempo foi perfeito para o Corinthians.

Dentro de suas limitações de elenco, lógico.

Carille mostrava que não havia problema algum em retomar o caminho que levou Tite à Seleção e também o fez campeão do Brasil, em 2017. E bicampeão paulista em 2017 e 2018.

4-1-4-1 para travar o ímpeto palmeirense dentro de sua arena.

Ramiro entrou em campo para anular Diogo Barbosa. Anulou
Ramiro entrou em campo para anular Diogo Barbosa. Anulou Ramiro entrou em campo para anular Diogo Barbosa. Anulou

Os corintianos tinham Ralf para proteger a zaga. E Ramiro, Matheus Vida, Sornoza e Jadson nas intermediárias. E Gustavo adiantado, na frente.

O detalhe fundamental era que Carille escolheu atletas com ótimo passe. Não optou por volantes, como Thiaguinho e Richard, que só marcariam forte e teriam como opção, o chute para a frente, devolvendo a bola para o adversário.

Não.

A consciência tática, que valorizava a posse de bola foi o ponto alto corintiano.

Em compensação, o Palmeiras foi uma enorme decepção nos primeiros 45 minutos. Luiz Felipe Scolari optou pelo 4-3-3. Demonstrava que aceitava ter a iniciativa do jogo. 

Só que, de nada adiantava manter os velocistas Carlos Eduardo e Dudu, abertos pelas pontas, se revezando pela direita e esquerda, e Borja atuando como centroavante dos anos 80, se a bola não chegava.

Lucas Lima, novamente burocrático. Perdido nas intermediárias
Lucas Lima, novamente burocrático. Perdido nas intermediárias Lucas Lima, novamente burocrático. Perdido nas intermediárias

Com Felipe Melo à frente da zaga, Bruno Henrique fazendo a ligação da defesa para o meio-campo, o Palmeiras dependeria demais de Lucas Lima. Mas o talentoso meia outra vez mostrava futebol burocrático, previsível, limitado a passes de dois metros. Sem coragem para arrancadas, lançamentos inesperados, infiltrações. 

Acabou anulado nas intermediária corintiana.

Além disso, Mayke e, principalmente, Diogo Barbosa nada faziam pelas laterais. Nada de triangulações pelos lados do ataque.

Felipão, talvez pelo calor senegalesco, não fez com que o time marcasse a saída de bola corintiana. O time de Carille saía sem pressa nenhuma de trás. 

Para piorar as coisas para o Palmeiras, o time tomou um gol infantil.

Aos sete minutos, Sornoza foi cobrar falta na intermediária. Levantar a bola na área. Se havia um jogador que deveria estar muito bem marcado seria Gustavo. 

Não foi.

Subiu e cabeceou como quis. Weverton fez excelente defesa. A zaga palmeirense não conseguiu aliviar. A bola sobrou limpa para Danilo Avelar. O chute saiu fortíssimo. Redes estufadas. Corinthians 1 a 0.

O nervosismo rapidamente dominou o Palmeiras.

A raiva dominou o estádio quando, em dividida entre Dudu e Danilo Avelar, e a bola beijou a trave direita de Cássio. O Palmeiras seguiu até o final do primeiro tempo forçando cruzamentos e ligação direta da defesa para o ataque, facilitando o trabalho defensivo corintiano. 

A chance real de empate, depois da bola na trave, foi aos 28 minutos, quando Dudu fez ótima investida, serviu para Mayke. O cruzamento perfeito para cabeçada livre de Carlos Eduardo. Ele teve a coragem de mandar a bola para fora, por cima do gol de Cássio.

No segundo tempo, nada mudou.

A pressão nervosa, raivosa, estéril palmeirense.

Sem coordenação, à base de cruzamentos e bolas levantadas para a área corintiana, de qualquer maneira. 

Gustavo. O choro de emoção com a importante atuação no clássico
Gustavo. O choro de emoção com a importante atuação no clássico Gustavo. O choro de emoção com a importante atuação no clássico

Dudu foi o jogador mais lúcido, só que não teve companhia.

O Palmeiras não teve o mínimo controle psicológico.

Confundia velocidade com pressa.

Jogava com muita raiva.

E culminou na expulsão infantil de Deyverson.

Mais uma.

Cuspiu no rosto de Richard.

A dois metros de Luís Flávio de Oliveira.

Pediu pelo cartão vermelho.

Deixou o Palmeiras com dez atletas aos 42 minutos.

Com mais cinco de acréscimo, ainda restavam oito minutos de jogo.

Inaceitável para um profissional. 

O Corinthians soube segurar a importante vitória...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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