Casares decide acabar com 'jogador do presidente'. James Rodriguez e Pato foram enormes decepções e desperdício de dinheiro
O presidente do São Paulo finalmente compreendeu que não adianta contratar, seja quem for, se o jogador não se encaixar no que o treinador deseja. Pato e James Rodriguez foram expostos e apenas trouxeram desgaste
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
!['Jogador do presidente', James Rodriguez foi o erro repetido com Pato. Dorival não queria](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/RJBM7H66OBIXTECNG23ZAGPE2E.jpg?auth=4daa2454cd01b3b59ff11056468db3486703e7c325fba74605b0a0645e1050df&width=771&height=419)
São Paulo, Brasil
Alexandre Pato e James Rodriguez.
Dois jogadores midiáticos que foram contratados por Julio Casares.
Sem ouvir Dorival Junior.
Simplesmente o presidente fechou acordo acreditando que eles seriam importantes para o elenco.
O treinador não poderia se opor publicamente.
Muito menos travar a vontade do dirigente de buscar um 'novo ídolo'.
Pato chegou, para sua terceira passagem no Morumbi, recém-recuperado de uma operação no joelho direito, com 33 anos.
Com salário muito baixo para os seus padrões, levando em conta a produtividade.
Sem a mesma explosão muscular que marcou sua carreira, não conseguiu se mostrar apto nem para ficar na reserva.
Dorival não se dobrou e suas chances foram raras. Entrou em dez partidas. Marcou dois gols. Ao perceber que o jogador fazia questão de se isolar, mal cumprimentá-lo, Dorival decidiu não mais relacioná-lo para as partidas.
A saída do atacante foi deprimente, no final do ano passado.
Outra vez, sem o aval de Dorival Junior, Casares contratou James Rodriguez.
A chegada da estrela colombiana foi diferente.
Rafinha colaborou com o convencimento.
E o colombiano assinou contrato de dois anos.
Recebendo R$ 1,2 milhão a cada 30 dias.
Ele estava empolgado com a pressa da direção em inscrevê-lo na Copa do Brasil para a partida decisiva da semifinal, contra o rival Corinthians. Dorival não o colocou sequer um minuto.
Na final contra o Flamengo, ficou no banco de reservas.
Se revoltou a sair do confronto contra o Palmeiras, quando o time perdia por 3 a 0. A equipe perderia por 5 a 0, no Brasileiro. James Rodriguez outra vez atuava tendo os reservas como companheiros.
Dorival desistiu de vez do jogador.
James Rodriguez já estava insatisfeito, como o blog publico com exclusividade. Tudo acabou com Thiago Carpini o deixando longe da decisão da Supercopa do Brasil. Nem no banco ficaria. Daí decidir nem ir para Belo Horizonte.
O jogador decidiu ir embora.
Para seu currículo importante, que tem duas Champions League e dois Mundiais, seria pior ser reserva de um clube brasileiro do que ficar sem time.
Fez 14 jogos e marcou um solidário gol.
A rescisão foi aceita por Casares.
Só será assinada quando o São Paulo pagar os R$ 10 milhões que deve ao jogador, que era grande motivo de irritação também.
O que ficou no Morumbi depois dessas duas contratações fracassadas?
A conversa séria que Casares teve com seus auxiliares mais próximos.
Ele avisou que não contratará mais atletas, sem total aprovação dos treinadores.
Porque o presidente não quis tirar a autoridade de Dorival e de Carpini, cobrando a escalação de Pato ou de James Rodriguez.
Muricy Ramalho foi a pessoa que alertou o dirigente do seu erro.
Ou seja, midiático no São Paulo só se ele tiver a certeza que o treinador o quer como titular.
As lições foram aprendidas.
Chega de 'jogador do presidente'...
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