Landim assume a presidência da CBF, ao lado do presidente da FPF. Revolução à vista
Lucas Figueiredo/CBFSão Paulo, Brasil
"Um caos. Briga entre Rogério Caboclo, Marco Polo del Nero e os dirigentes de clubes pelo poder. E quem sofre é o futebol brasileiro."
Assim resumiu um dirigente de importante equipe do futebol brasileiro ao blog.
Ele se referia à decisão da justiça do Rio de Janeiro, que anulou a da Assembleia Geral da CBF que mudou a forma de votação para a presidência de entidade, em abril de 2018.
Com isso, a eleição de Rogério Caboclo está anulada. O presidente do Flamengo e da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, assumem, interinamente, o cargo. Com a missão de, em 30 dias, realizarem outra eleição. Para deixar tudo mais confuso, o presidente interino, coronel Antônio Nunes, também segue no cargo.
Sim, três homens com o poder de presidente da CBF, algo bizarro e inédito na história do futebol brasileiro.
Landim foi escolhido por ser presidente de clube de 'expressiva torcida'.
Na verdade, há o equilíbrio entre Rio e São Paulo.
A decisão foi do juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O juiz invalidou a assembleia que mudou profundamente a forma de eleição na CBF.
Os presidentes das Federações de Futebol no Brasil decidiram que seus votos teriam peso três. Os clubes da Série A, peso dois. E os da Série B, peso 1. Ou seja, as 27 federações teriam 81 votos. Os clubes, 60.
Antes da assembleia, que tinha ainda Marco Polo del Nero como presidente da CBF, as federações deveriam ter o mesmo peso nos votos dos clubes.
Lembrando que os presidentes de clubes não foram chamados para essa reunião tão importante.
Na decisão do juiz Mario Cunha, ele quer que Landim e Carneiro Bastos convoquem o Colegio Eleitoral formado por clubes e federações. Para resolver três pontos fundamentais.
A definição de pesos diversos entre as Federações e clubes; exigências para candidaturas; e inclusão dos times de segunda divisão no Colégio Eleitoral.
Rogério Caboclo, que foi eleito presidente da CBF, depois da assembleia de março de 2018, vai entrar com recurso, para seguir no cargo.
Os dirigentes dos clubes, no entanto, estão entusiasmados, acreditam que possam, finalmente, colocar um deles na presidência da CBF. Eles sonham com a criação de uma liga, para organizar o Brasileiro e a Copa do Brasil. E a entidade assuma apenas a Seleção Brasileira.
As Federações esperam que Carneiro Bastos consiga fazer uma composição com os dirigentes de clubes. E também não lutarão pela volta de Rogério Caboclo, afastado por acusação de assédios sexual e moral a uma funcionária da CBF.
Banido do futebol, Del Nero estaria articulando com clubes e Federações contra Caboclo
Lucas Figueiredo/CBFSe houver mudança na presidência da entidade, a Seleção Brasileira pode ser afetada. Porque há vários dirigentes de clubes que discordam da escolha de Tite como treinador.
A briga jurídica mal começou.
O que vale no momento é o absurdo.
Três homens mandando na CBF.
E o presidente eleito afastado, acusado de assédios...
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