Candidatos e Daniel Alves querem o frustrante Diniz. Leco cede
Candidatos à presidência acreditam que seria 'caótico' demitir o treinador. A apenas nove dias do Brasileiro. E Leco com apenas cinco meses de mandato
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
O inseguro Leco está diante de um impasse.
O vexame foi histórico no Morumbi.
Ele viu acabar a última oportunidade de ser campeão presidindo o São Paulo.
Foram 13 eliminações do clube, desde 2015, quando substituiu Carlos Miguel Aidar, que renunciou, depois de várias denúncias de corrupção.
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Assistiu de camarote o São Paulo eliminado da Copa do Brasil, Paulistão, Libertadores e Copa Sul-Americana.
Perdeu quatro Brasileiros.
E também a decisão do Paulista do ano passado.
Já são 31 fracassos em campeonatos, desde a Copa Sul-Americana de 2012.
Leco teve como treinadores Doriva, Milton Cruz, Ricardo Gomes, Pintado, Rogério Ceni, Dorival Júnior, Diego Aguirre, André Jardine, Cuca, Vagner Mancini, Fernando Diniz.
Perfis dos mais variados.
Sem a menor lógica.

Toda a vez que o time fracassou ou deu vexames, Leco trocou o técnico.
Buscava escudo, fugir das críticas.
Conselheiros dizem que ele ficou revoltado com a derrota diante do improvisado Mirassol
Fernando Diniz, em situação normal, já estaria demitido.
Mas acontece algo inusitado.
E a favor de Diniz.
O mandato de Leco termina daqui cinco meses.
Se tivesse de mandar embora o técnico, o novo não faria um acordo tão curto.
E atingiria o mandato do novo presidente do São Paulo, em janeiro.
Acontece que todos os principais candidatos à sucessão de Leco, garantiram publicamente que manteriam o treinador, se eleitos.
Julio Casares, Marco Aurélio Cunha, Roberto Natel, Sylvio de Barros se comprometeram.
Deram sua palavra.
Não há como voltar atrás.
Embora todos sonhem com Rogério Ceni.

Fernando Diniz tem mais três cabos eleitorais fortíssimos.
Tanto Raí, quanto Lugano e Daniel Alves querem sua permanência.
Mesmo com o time eliminado nas quartas-de-final do Paulista para o Mirassol, clube que perdeu 18 jogadores na pandemia.
Oito titulares...
Os demais atletas estão ao lado do técnico.
Mas não fariam greve de fome, se ele fosse embora.
Já Daniel Alves é muito mais radical.
Quer o treinador de qualquer maneira.
Fernando Diniz já decidiu.
Não irá pedir demissão.
Interlocutores de Leco garantem terem ouvido os candidatos à sucessão.
E eles não querem uma mudança radical agora.
A nove dias da estreia do time no Brasileiro.
Dia 9 de agosto, em Goiânia, contra o Goiás.

Não, até se tiverem de ter um novo treinador, quando sucederem Leco.
Fernando Diniz terá sobrevida no São Paulo.
Mas por uma questão política.
Não por convicção.
O inseguro Leco perdeu a confiança no treinador.
Assim como grande parte da diretoria.
E só não o demitiu por conta da eleição em dezembro...
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