Vexame histórico: América-MG envergonha o futebol por se aproveitar de contusão do goleiro do Santos para marcar
Com a bola sob seu domínio, João Paulo se machucou ao driblar o atacante Renato Marques e pediu imediatamente para o lance ser paralisado. Rival não parou, chutou para o gol vazio. O vexame ficou maior quando o clube mineiro optou por não permitir ao Santos igualar o placar e corrigir a injustiça. Fica o péssimo exemplo
13 minutos e 45 segundos do primeiro tempo.
Pituca recua a bola para João Paulo.
O goleiro não chuta, prefere dominá-la.
O atacante Renato Marques corre para atrapalhá-lo.
João Paulo toca a bola para o lado e, quando vai chutar com o pé direito, sente dor no pé esquerdo.
Levanta a mão chamando a atenção do árbitro Fifa Wilton Pereira Carvalho.
E começa a cair.
O jogador do América, que não fez falta, com o gol escancarado, chuta a bola para as redes.
Gol legal.
Mas absolutamente imoral.
Todas as pessoas que estavam no Horto, em Belo Horizonte, e que acompanhavam a partida pela televisão, entenderam o lance.
Os jogadores santistas queriam agredir Renato Marques que, pela adrenalina, pode até ser perdoado.
Mas o que veio a seguir envergonhou o futebol brasileiro.
Na saída de bola, o Santos devolveu, de propósito, a bola para o América Mineiro.
A esperança era que houvesse fair play, senso de justiça dos atletas rivais.
E fizessem o gol contra para igualar o placar, deixar claro que não buscavam conseguir três pontos graças à contusão de um goleiro.
Mas não veio ordem alguma de quem deveria interferir.
O técnico Cauã de Almeida deixou claro que era para seu time seguir jogando normalmente.
Se aproveitando do gol indecente.
E assim o jogo seguiu.
Não houve nada que a arbitragem poderia fazer.
Se o América queria a vitória por total falta de justiça, de maneira imoral, não haveria como impedir legalmente.
O lance mexeu com os nervos da equipe de Fábio Carille, tirou a concentração.
Mesmo assim, o Santos lutou e conseguiu empatar, com Willian Bigode.
Mas tomou o gol da derrota, marcado por Juninho.
Se a direção do América e o treinador Cauã de Almeida se omitiram, a voz do seu capitão, o meia Juninho, foi um bálsamo, em uma noite vergonhosa para o futebol brasileiro.
“Sendo sincero, acho que erramos. Esses dias mesmo falei sobre a tragédia do Rio Grande do Sul e cobrei sobre sermos seres humanos melhores. Nós falhamos. Foi isso, acabou que fizemos o gol dessa forma. Espero que não seja nada sério ao João Paulo, peço desculpas a ele e à equipe do Santos.”
Os dois clubes tradicionais jogaram ontem pela Segunda Divisão.
A história do América Futebol Clube não merecia atitude tão indigna.
Depois do gol imoral, tinha a obrigação de marcar contra ou deixar o Santos empatar, com seus atletas parados.
Perdeu a chance de dar uma demonstração de grandeza.
Conseguiu sua vitória mais vergonhosa...
(Para deixar tudo ainda pior...
Ficou mais do que provado que João Paulo não fingia.
No lance, ele teve rompimento do tendão de Aquiles no tornozelo esquerdo.
Será operado neste domingo.
Ficará, no mínimo, seis meses sem entrar em campo.
Ou seja, 2024 acabou para o jogador.
O América marcou e comemorou um gol, com o arqueiro santista caído, com o tendão de Aquiles do tornozelo rompido.
Constrangedor.
Resumo triste do pior tipo de oportunismo no futebol.
Já era possível constatar a veracidade da contusão no intervalo.
O clube mineiro não quis ser justo.
E ceder um gol para o Santos.
Deu péssimo exemplo da ‘Lei de Gerson’.
A que manda levar vantagem em tudo...)
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