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Abel tenso. O Palmeiras terá o 'pior' adversário na semifinal do Mundial. O egípcio Al Ahly

O treinador português viu a eficiência da intensidade do time egípcio contra o Monterrey, ontem. Mesmo sem seis titulares, o Al Ahly venceu sem sustos por 1 a 0. E decide vaga à final do Mundial com o Palmeiras

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

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Se pudesse escolher, Abel Ferreira preferiria o Monterrey na semifinal do Mundial
Se pudesse escolher, Abel Ferreira preferiria o Monterrey na semifinal do Mundial

São Paulo, Brasil

O mais complicado dos adversários.


Chegar à final do Mundial dependerá de um duro duelo tático.

Este é o resumo do Palmeiras diante da classificação do Al Ahly para a semifinal do Mundial de Clubes.


A vitória dos egípcios ontem por 1 a 0, diante do time mexicano do Monterrey, não foi surpresa para Abel Ferreira. O treinador já havia feito um estudo profundo dos dois clubes que duelariam para estar diante da equipe brasileira na terça-feira, nos Emirados Árabes. 

O português sabia o quanto Pisto Mosiname estava à frente de Javier Aguirre. 


Ex-auxiliar de Carlos Alberto Parreira, o treinador sul-africano é apaixonado por estratégia.

Foi dessa maneira, fazendo o Al Ahly atuar no 4-5-1, que travou e empatou o Palmeiras, no ano passado, no Catar. E conseguiu a terceira colocação do Mundial vencendo nos pênaltis.


Já, ontem, diante dos mexicanos, Mosiname foi ainda mais firme. Mesmo com o time egípcio sem seis titulares, que disputam hoje a final da Copa das Nações Africanas, Hamdy Fathy, Mohamed Sherif, Ayman Ashraf, Amro El-Soulia e Mohamed Abdelmoneim. O sexteto pode até atuar diante do Palmeiras.

O plano tático foi parecido com que Abel Ferreira deseja usar no Palmeiras esta temporada, quando for enfrentar adversários forte, longe do Allianz Parque.

Três zagueiros, seis jogadores de muita movimentação nas intermediárias, com liberdade para entrarem na área adversária. E apenas um homem no ataque, como referência.

3-6-1. Atacado, joga no 5-4-1.

O Monterrey, embora contasse com jogadores mais talentosos como Funes Mori, Mesa, Romo, Meza, o time de Javier Aguirre não conseguiu criar. Os mexicanos, montados no 4-2-3-1, não conseguiram encontrar espaço para coordenar seus ataques em paz. 

Tensos, foram deixando espaços para contragolpes. O time egípcio, contando com sua fanática torcida em Abu Dhabi, foi ganhando cada vez mais personalidade. E mostrando objetividade. Até que aos sete minutos do segundo tempo, o ala Hany marcou 1 a 0.

O intenso time egípcio, sem seis titulares, venceu, sem susto, o Monterrey, do México
O intenso time egípcio, sem seis titulares, venceu, sem susto, o Monterrey, do México

Os egípcios recuaram ainda mais, tirando de vez a paz dos mexicanos. Afobados, os comandados de Aguirre passaram a levantar a bola para a área do Al Ahly ou chutar de qualquer maneira ao gol do bom Al Lotfi.

O Al Ahly poderia ter ampliado o placar, se não fosse por afobação dos seus atacantes.

Abel assistiu a partida com seus jogadores ontem.

E detalhou a maneira intensa, perigosa com que o time egípcio atua.

Relembrou a decepção em 2021, mas insistiu aos atletas que o Palmeiras chega à semifinal muito melhor.

"O Al Ahly tem uma forma de jogar parecida um pouco com a nossa, de aproveitar o espaço. Vai ser um jogo equilibrado, a gente vai procurar cumprir a tática para sair vencedor. É uma equipe rápida, mas que tem algo a ser explorado. Vamos trabalhar nas qualidades e o que pode oferecer dano a eles", disse, hoje, Weverton.

Será estratégia contra estratégia.

O Palmeiras atuará no 3-6-1 com a variação para o 4-3-3, ao atacar.

O Monterrey daria, na teoria, muito mais espaço aos brasileiros.

O time brasileiro dependerá muito de Raphael Veiga e de Gustavo Scarpa e Dudu, da intermediária para a frente. 

O peso de o Palmeiras haver sido derrotado em 2020 também é um componente psicológico que Abel quer usar com cuidado. Não há sentido querer buscar revanche do que aconteceu em 2021. E sim entender o porquê de a equipe haver perdido aquela decisão de terceiro lugar.

A excelente notícia é que Piquerez, já livre da Covid, chegou aos Emirados. E poderá até jogar na terça-feira, compondo a zaga com três zagueiros, que tanto agradou ao treinador.

Nem sob tortura Abel irá confessar.

Mas ele sabe.

Terá um adversário muito mais perigoso e difícil na semifinal do Mundial.

Se dependesse dele, seria o Monterrey.

E não o estratégico e intenso Al Ahly...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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