Abel quer usar o Mundial de Clubes como palco. E conseguir comandar um gigante europeu em 2026. Palmeiras montado para atacar o Porto
Treinador quer usar os holofotes do torneio para mostrar seu trabalho. Os europeus não levam em consideração conquistas na América do Sul

Leila Pereira aproveitou a coletiva de ontem e repetiu para o mundo ouvir. Seu sonho não é nem a conquista do Mundial pelo Palmeiras.
Mas a bilionária deseja que Abel Ferreira renove contrato até o fim de 2027, o último dia de seu segundo mandato.
Com a possibilidade de o português receber os mesmos R$ 5 milhões que Carlo Ancelotti.
Só que Abel segue irredutível.
Não quer falar sobre antecipar a renovação de seu contrato que termina no dia 31 de dezembro deste ano, 2025.
O treinador tem um sonho dourado.
O de ttrabalhar na Europa, em um gigante já em 2026.
Para isso, ele precisa aproveitar ao máximo o Mundial de Clubes. Sabe que o planeta, graças à força da Fifa, está sem futebol nos principais centros e é quase que obrigado a acompanhar o torneio.
Abel é muito inteligente e sabe que o Mundial é o melhor holofote que poderia desejar para mostrar sua competência.
Os principais clubes da Europa disputam o campeonato. E, mesmo não sendo prioridade para os times do Velho Continente, evidente que uma campanha vitoriosa de um time brasileiro levaria as luzes para o treinador.
E Abel Ferreira tem esse foco desde que começou o ano.
Só os ingênuos não perceberam que ele usou o Campeonato Paulista para fazer vários testes, buscar alternativas para seu time, que disputará o Mundial.
O Palmeiras está impressionantemente focado para fazer uma campanha marcante no torneio. No futebol não há garantia de nada, dentro do gramado.
Mas não será por falta de treinamento e escolha, criteriosa de jogadores, que o Palmeiras não brigará de verdade pelo título.
A estrutura dos jogadores nos Estados Unidos é invejável. Tudo foi pensado nos mínimos detalhes. Alojamentos, fisioterapia, locais de treinamento. De um nível impressionante. A pedido de Abel Ferreira, tudo foi meticulosamente estudado.
Assim como o Porto, seu adversário de estreia, amanhã. O argentino Martín Anselmo tem uma equipe forte fisicamente, rápida, viril, mas que costuma dar muito espaço na sua linha defensiva.
Abel montou um time competitivo, mas altamente ofensivo. Ele não levou o Palmeiras para se defender. Não fala de maneira pública. Mas a esperança é terminar a fase de grupos do Mundial na primeira colocação.
Inter Miami e Al-Ahly, do Egito, completam o grupo do Palmeiras.
Apesar de Messi e Suárez, no time norte-americano, o Porto é o rival mais difícil. A partida de estreia, amanhã, tem toda a carga de ser a decisão do grupo.
Abel declarou várias vezes que ele está ‘sacrificando’ sua família, ao mantê-la longe de onde ela é, Portugal.
Assim como seu desejo de treinar um gigante europeu.
O caminho mais curto é fazer o Palmeiras ir pelo menos para a semifinal do Mundial.
O treinador teve tudo o que queria.
Leila Pereira gastou R$ 417 milhões, na janela mais cara de sua historia. Tudo para agradar Abel, que teve como obsessão o Mundial de Clubes.
O time está fortalecido e, por ironia, uma campanha vitoriosa pode significar a saída do português.
Ele mesmo já falou.
Em outubro ele completará cinco anos de Palmeiras.
Os dez títulos que conquistou são importantíssimos para a história do clube paulista.
Mas para os europeus, não.
Ele só levam em consideração o que acontece no futebol do Velho Continente.
E Abel vai usar esse Mundial para provar sua competência para quem ainda duvida do seu trabalho.
Em 2026 fazer parte do universo europeu.
Apesar da insistência e os milhões de Leila Pereira.
O primeiro passo será dado amanhã.
Com um time ofensivo.
Weverton; Giay, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Emiliano Martínez, Richard Ríos e Felipe Anderson; Estêvão, Facundo Torres (Mauricio) e Vitor Roque.