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‘A fome e a ambição do Flamengo não terminam! A fórmula para ganhar do PSG? Fazer um jogo perfeito." Filipe Luís poupa jogadores, vence o Pyramids. Chega na final do Intercontinental. ‘Vamos tentar fazer história’

Usando como arma a bola parada, treinada por Rodrigo Caio, o Flamengo eliminou o Pyramids, com gols da zaga artilheira Léo Pereira e Danilo. Duas assistências de Arrascaeta. Técnico poupou jogadores para a final. E Pedro voltou, jogou nove minutos. Time pronto para enfrentar o PSG em um confronto imprevisível

Cosme Rímoli|Do R7

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Danilo comemora o segundo gol. Flamengo fez os dois gols de bola parada. Levantamentos perfeitos de Arrascaeta Gilvan de Souza/Flamengo

‘Vocês podem perceber...

“A fome e a ambição dos meus jogadores não acabam.”


Filipe Luís foi no ponto.

O Flamengo em 2025 já ganhou o Campeonato Carioca, a Supercopa do Brasil, a Libertadores da América.


E agora tem a chance de decidir o Intercontinental.

Porque hoje se impôs, vencendo o Pyramids, por 2 a 0, na semifinal do torneio.


Gols de bola parada, como foi o marcado contra o Palmeiras, na final da Libertadores.

O ex-jogador Rodrigo Caio, auxiliar de Filipe Luís, treina à exaustão a movimentação na área. Com jogadores fazendo ‘a parede’, ou seja, se colocando à frente dos defensores adversários, para a entrada de um zagueiro flamenguista de surpresa. Ele se inspira nos rebotes dos lances livres, na NBA.


Arrascaeta é o cobrador oficial das faltas nas laterais da área. Ele cobrou a primeira, rápida, forte para o desvio de Léo Pereira, aos 24 minutos do primeiro tempo.

E cobrou outra lenta, na trave oposta de onde a falta aconteceu, para a entrada de Danilo, que parecia um saltador em altura. A testada foi firme. Aos seis minutos do segundo tempo.

Cansado, com os 75 jogos no ano, o Flamengo diminuiu o ritmo e venceu a partida, diante do time egípcio, guerreiro, mas de pouca técnica.

Filipe Luís conseguiu vencer e ainda poupar jogadores para a grande decisão. Arrascaeta, Jorginho, Alex Sandro e Carrascal saíram mais cedo. Bruno Henrique entrou no segundo tempo.

E até Pedro, voltando de contusão, teve direito a nove minutos em campo.

“O jogo foi como eu pensei, é uma equipe muito forte, mas tentamos adaptar pequenos detalhes dos nossos zagueiros, para que tivessem mais tempo.

“Nos primeiros 30 minutos, tivemos posse, criamos chances, mas eles se defenderam bem e só conseguimos marcar uma vez. No segundo tempo minha equipe sentiu cansaço e o Pyramids começou a se aproveitar mais, com mais posse, então foi um jogo difícil, como imaginei”, analisou Filipe Luís.

Léo Pereira fez a infiltração para a fulminante cabeçada. Com a 'parede' inspirada na NBA Gilvan de Souza/Flamengo

E ele mostrou seu desgosto com a defesa, que ofereceu chances, raras, mas ofereceu, contra o Pyramids.

“O resultado do jogo de hoje não me engana. Poderíamos ter tomado gols hoje. Rossi fez uma defesa, no segundo tempo tiveram outra chance. Nem tudo é perfeito porque eles tiveram chances.

“Mas o que vejo é que a defesa é muito sólida porque os 10 jogadores defendem. Mesmo quando os adversários conseguem superar, a linha de defesa suporta muita coisa. Por isso, os números tão expressivos na fase defensiva. Mas ainda há coisas para serem corrigidas.”

O treinador não falou abertamente, mas Pulgar e Jorginho estavam desgastados e titubearam em três ataques egípcios. Rossi teve de fazer duas ótimas defesas.

Mas o Flamengo esteve melhor a maior parte do jogo.

Quanto aos gols de bola parada, ele repassou os méritos aos jogadores, que fizeram com perfeição o que treinaram.

“A bola parada é uma parte importante do jogo, nós damos o valor necessário. Todo mundo sabe a confiança e o carinho que tenho no Rodrigo Caio. Nós somos coadjuvantes, tanto Rodrigo quanto eu. Os protagonistas são os jogadores.

“O gol do título mais importante da minha carreira como treinador foi de bola parada (Danilo, contra o Palmeiras, na final da Libertadores). Ao invés de dar mérito para quem está fora, é para fazer isso para quem está em campo.”

Quanto ao confronto como PSG, o treinador do Flamengo foi direto. Ele já perdeu duas vezes o Intercontinental e não quer essa mesma sensação.

Vitória contra o time egípcio valeu o troféu Challenger. Maneira da Fifa valorizar a semifinal Gilvan de Souza/Flamengo

“Eu perdi para o Liverpool em 2019 e para o Al-Hilal em 2022. Esse ano jogamos a Copa do Mundo no meio do ano, estamos orgulhosos de estar aqui. O PSG é o melhor time do mundo, vai ser muito duro, acreditamos que podemos ganhar, temos ambição.

“Vamos tentar fazer história.

“A fórmula para ganhar do PSG?

“Fazer um jogo perfeito...”

O confronto está marcado com o clube francês, campeão da Champions League.

Quarta-feira, às 14 horas.

Time comandado pelo espanhol Luis Enrique, recheado de estrelas internacionais.

Dembelé, melhor do mundo pela Fifa, Vitinha, Hakimi, Kvaratskhelia, Vitinha, Marquinhos. Entre outros.

Equipe montada com os bilhões de dólares da família real do próprio Catar, onde acontece o torneio.

E franca favorita.

O Corinthians foi o último campeão intercontinental.

Foi há 13 anos.

Desde então, domínio total europeu.

Com todos os méritos, o Flamengo tem condições de acabar com esse jejum.

Fome de conquistas não falta para o time de Filipe Luís.

O melhor da América do Sul.

E que representa, com todo mérito, o futebol deste país...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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