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Cosme Rímoli - Blogs
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A caótica CBF teve o que mereceu. Perdeu Ancelotti para a Copa de 2026. Italiano fugiu da seleção sem rumo. E renovou com o Real

Como o blog havia antecipado há três semanas, Ancelotti se livrou da promessa feita a Ednaldo Rodrigues. Destituído da presidência da CBF, Ednaldo livrou o italiano do compromisso. Seleção mergulha no caos

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


Ancelotti se livrou da promessa que havia feito a Ednaldo. Nada da caótica CBF. Mais dois anos no Real Madrid
Ancelotti se livrou da promessa que havia feito a Ednaldo. Nada da caótica CBF. Mais dois anos no Real Madrid

São Paulo, Brasil

"CBF sem presidente faz Ancelotti desistir da seleção brasileira.

"E encaminhar renovação com o Real Madrid."

Essa foi a manchete do post mais importante deste blog, no dia 8 de dezembro. 

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Há 21 dias, portanto.

A informação veio do próprio estafe do destituído presidente Ednaldo Rodrigues.

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A notícia se confirmou hoje, com a renovação de mais dois anos de Carlo Ancelotti com o Real Madrid.

Nada de Copa do Mundo de 2026.

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Nada de seleção brasileira.

A confirmação da notícia chegou de maneira conformada a Ednaldo e seus aliados. O ex-presidente havia avisado que tinha liberado Ancelotti da palavra empenhada em assumir o Brasil em 2024.

Tudo havia sido acertado logo depois da quinta Copa do Mundo fracassada do Brasil. A segunda em seguida em que o país sucumbiu nas mãos de Tite. 

Ednaldo decidiu que iria buscar o "melhor técnico do mundo". E fez a proposta a Ancelotti. Dois anos comandando o Brasil, entre 2024 e 2026, até o Mundial.

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Só que a empolgação do italiano foi diminuindo rapidamente, diante de uma análise mais profunda. Neymar, em plena decadência, ainda continuará como jogador privilegiado na CBF. A geração de atletas é média, sem protagonistas. Vinicius Jr. e Rodrygo, seus atletas, ainda estão no processo de maturação entre os melhores do mundo.

Ancelotti estava muito indeciso, até que houve a queda de Ednaldo. Sua eleição foi considerada irregular. Ele acabou tirado do cargo. Foi nomeado um interventor, José Perdiz. 

Os ex-presidentes banidos da CBF, Marco Polo del Nero e Ricardo Teixeira, são apontados como os articuladores da queda.

Ednaldo e seus assessores entraram em contato com a Fifa e ressaltaram a intervenção da Justiça comum na esportiva. A cúpula da entidade que controla o futebol no mundo, com a cumplicidade da Conmebol, decidiu vir ao Brasil.

Com Diniz, vieram vexames. Empate com Venezuela. Derrotas contra Uruguai, Colômbia, Argentina
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E, com a ameaça de proibir a seleção e os clubes de disputarem torneios internacionais, a Fifa quer a volta de Ednaldo. E impedir nova eleição na CBF.

Ancelotti, que já não via com bons olhos a escolha de Fernando Diniz como treinador interino, até sua chegada, por causa da filosofia completamente diferente da sua, percebeu o caos em que mergulharia.

Se mantivesse sua palavra a Ednaldo, poderia sair do clube mais rico e poderoso do mundo, o Real Madrid, para assumir a seleção brasileira, com possibilidade de demissão, se Ednaldo fosse afastado pela Justiça.

Destituído, o dirigente baiano não tinha condições de exigir nada do italiano.

E o acordo foi desfeito.

Ancelotti e o Real Madrid celebram a renovação por dois anos.

O compromisso é mais uma desmoralização na história da seleção brasileira, que está completamente sem rumo para o Mundial de 2026.

E que fez de 2023 seu ano mais constrangedor.

Com o sexto lugar nas Eliminatórias.

Vexames e vexames em amistosos.

Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero são apontados, na CBF, pela articulação da intervenção
Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero são apontados, na CBF, pela articulação da intervenção

O sonho, como a famosa peça de Samuel Beckett Esperando Godot, virou constrangimento.

No espetáculo, dois palhaços esperam o personagem Godot, que resolveria todos os problemas existenciais da dupla. E ele nunca chega.

Não há a menor certeza do que acontecerá na CBF.

A Fifa quer a volta de Ednaldo.

O interventor Perdiz promete recorrer à Justiça comum, outra vez, e paralisar a entidade.

Forçar uma nova eleição.

Ednaldo não tinha outro alvo sem ser Ancelotti.

O trabalho de Diniz é um fracasso na seleção.

O futebol brasileiro termina 2023 no fundo do poço.

Ancelotti fez o óbvio, para sua carreira vencedora.

Livrou-se da caótica CBF.

Desfrutará mais dois anos no Real Madrid.

Nada mais previsível...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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