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Cosme Rímoli - Blogs

5.518 torcedores. Fla comemora. E clubes exigem público à CBF

Depois de 497 dias, o Flamengo voltou a ter público nos seus jogos. Apesar de 18 mil ingressos colocados à venda, 5518 foram ao Mané Garrincha. Foi uma vitória histórica do clube carioca. Em plena pandemia

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Pouco mais de cinco mil torcedores no estádio com capacidade para 70 mil. Foi uma vitória
Pouco mais de cinco mil torcedores no estádio com capacidade para 70 mil. Foi uma vitória

São Paulo, Brasil

5.518 pagantes

R$ 984.440,00.

Esses números podem parecer pequenos, humildes.


Mas não são.

É o público e a arrecadação de ontem, do jogo entre Flamengo e Defensa y Justicia. Além da goleada por 4 a 1 e a classificação para as quartas de final, a direção do clube rubro-negro saiu muito satisfeita do Mané Garrincha, em Brasília, pelo público no estádio.


Em plena pandemia, o Flamengo conseguiu a liberação de torcedores para a partida da Libertadores da América. Colocou em prática a possibilidade oferecida pela Conmebol.

Foram liberados 25% da capacidade do estádio.


O que daria 18 mil torcedores.

Mas o medo da Covid-19 desestimulou a torcida.

Foram confirmados ontem seis casos da variante Delta do Coronavírus, com provável transmissão comunitária.

Mas houve celebração por parte dos dirigentes rubro-negros.

Afinal, há um outro número fundamental o Flamengo não tinha público nos seus jogos há 497 dias. O clube deixou de arrecadar entre R$ 110 milhões e R$ 130 milhões.

Mas conseguiu resgatar a torcida e o dinheiro que ela movimenta para a partida de ontem.

Não foi apenas a prefeitura do Rio de Janeiro que acompanhou o cuidado, a segurança com o público para evitar novos casos de Covid, analisando se autoriza a volta de público por lá.

Dirigentes de clubes grandes, como o Corinthians, o São Paulo, o Atlético Mineiro, querem a volta das partidas com público também no Brasileiro. Eles estão trocando opiniões, buscando uma maneira conjunta de pressionar a CBF para liberar a entrada de torcedores. E, consequentemente, dinheiro nos cofres.

A direção do Flamengo acreditava que, se não acontecer nada de extraordinário com o público, na partida contra o Defensa y Justicia, a CBF não terá desculpas para não liberar um número parecido o de ontem. 25% da capacidade do estádio.

Ainda prevalece o medo. A insegurança. A direção do Flamengo acreditava que os 18 mil ingressos colocados à venda, seriam comprados por torcedores. Mas o primeiro passo foi dado em Brasília.

E com um aliado poderoso.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Ele fez questão de acompanhar a partida do camarote presidencial, com sua esposa Michele. 

Ele tem ótima relação com o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, que estava nas arquibancadas. 

A direção do Flamengo revelou que seis equipes da Série A enviaram gerentes operacionais para acompanhar a volta do público. Além da própria CBF.

A expectativa é que, nas quartas-de-final da Copa do Brasil, o público voltará para competições nacionais.

Só entraram no estádio torcedores com exames provando não estarem contaminados. E os que já haviam tomado duas doses ou a dose única dos imunizantes.

E a organização procurou deixar a torcida com certo distanciamento social. 

Para o Flamengo o retorno da torcida é inevitável.

Mesmo o país sofrendo com a pandemia.

Os clubes grandes precisam do dinheiro das arquibancadas.

Dos sócios-torcedores.

E não haverá recuo.

Depois da liberação da Conmebol, a pressão dos dirigentes de clubes estará apontada para a CBF, para o Brasileiro e Copa do Brasil.

Essa liberação vai acontecer.

Renato Gaúcho, feliz pela goleada sobre o Defensa y Justicia, dava sua força à campanha do seu clube pela volta do público.

"Alguém precisa ter a iniciativa. Lógico, com segurança, distanciamento, até porque não estamos livres da Covid-19. Felizmente, esse pontapé foi dado com o Flamengo..."

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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