417 minutos sem marcar um gol. O Corinthians de Carille assusta
A três dias da final do Paulista, ataque corintiano tem se mostrado ineficaz. Não são os jogadores. Mas a maneira que Carille monta o time
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
O Corinthians usou time misto na derrota diante da Chapecoense, por 1 a 0, no jogo de ida da Copa do Brasil.
Mas o que chamou a atenção foi outra vez a ineficiência do ataque.
Já são 417 minutos sem conseguir marcar um mísero gol.
São quatro partidas em jejum.
O time tem extrema dificuldade em articular jogadas ofensivas.
Insiste em posse de bola estéril, inútil.
São números preocupantes, já que domingo, o time decide o Campeonato Paulistas, contra o São Paulo, no Itaquerão.
E precisa vencer para ser tricampeão.
"Estamos tendo todos nós muita dificuldade ainda para jogar. Isso tem a ver com muitas coisas, o principal delas é meu trabalho, depois a tomada de decisão dos jogadores. Mas, pelo tempo de trabalho e fazer o time jogar bonito, como foi em 2017 e 2015, requer tempo.
Ainda mais que de 36 jogadores do elenco, 23 não trabalharam com essa comissão. Não tem nada anormal. Em 2008 houve mudança muito grande de elenco, e não classificou para a segunda fase do Paulista.
Em 2014 também teve mudança muito grande, com a chegada do Mano Menezes, também não foi à segunda fase do Paulista. A gente tem que se preocupar, mas não ver fantasmas.
Como a gente está sofrendo na construção, a ideia é jogar pelos lados e buscar os bons cabeceadores que a gente tem. A gente acaba trabalhando em cima disso. A nossa bola parada decidiu muito neste ano."
Esse foi o festival de desculpas de Fábio Carille, em Chapecó.
Ele terminou a partida com Clayson, Vagner Love e Boselli.
Três atacantes, mas parecia não ter nenhum.
Mas o Corinthians seguiu inofensivo, travado, sem imaginação, sem confiança no ataque. Sornoza e Jadson foram muito mal, de novo.
Os volantes seguem presos na intermediária.
Não surgem como elementos surpresas na área adversária
Michel e Carlos Augusto tentaram, mas não conseguiram dar o apoio, fazer as triangulações pelos lado do campo.
O Corinthians está estagnado
O placar foi injusto em Chapecó.
Walter teve uma grande atuação.
E a sorte de ver explodir um chute no seu travessão.
A Chapecoense poderia ter goleado.
O Corinthians não defendeu tão bem.
Nem sua tradicional recomposição funcionou.
Mas seu ataque sendo assustador.
Sem o mínimo de criatividade, confiança.
Carille tem de trabalhar muito até domingo.
Suas convicções táticas seguem previsíveis.
E sem conseguir resultados importantes.
Até a diretoria corintiana está insatisfeita.
A pressão da imprensa e da torcida pesarão.
A final toma um estranho rumo em Itaquera.
O subestimado São Paulo ganha vida.
Por conta da incompetência ofensiva corintiana...
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