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Cosme Rímoli - Blogs

26 cartões amarelos. Três expulsões. Em apenas 60 partidas. Invasão de campo faz direção do São Paulo perder a paciência com Zubeldía

Treinador argentino deu vexame ontem ao invadir o gramado após ser expulso por Ramon Abatti Abel. O árbitro relatou a atitude do técnico, que deverá pegar grande suspensão. Ele não tem ‘carta branca’ como Abel no Palmeiras. Terá de se explicar

Cosme Rímoli|Do R7

Zubeldía revoltado. Invasão de campo vai custar suspensão. Direção do São Paulo quer explicações Pedro Souza/Atlético Mineiro

26 cartões amarelos.

Três expulsões.

E nenhum titulo.

A atitude de Luiz Zubeldía, aos 45 minutos do primeiro tempo, no Mineirão, provocou enorme desconforto na direção do São Paulo.


O treinador argentino reclamou de maneira escandalosa.

Protestava com Ramon Abatti Abel do cartão amarelo de Lyanco em Ferraresi.


Ele queria vermelho.

O árbitro de Santa Catarina não titubeou.


Deu cartão amarelo ao treinador do São Paulo.

Zubeldía o aplaudiu, de forma irônica.

E tomou o vermelho.

Inconformado, invadiu o gramado e foi na direção do árbitro.

Ficou questionando o motivo de Lyanco não ter sido expulso.

Repetia, repetia e se aproximava do juiz.

Foi preciso que o experiente lateral Wendel o tirasse do gramado.

O São Paulo, jogando em Belo Horizonte, ficou o segundo tempo inteiro sem seu treinador.

Sofreu enorme sufoco do Atlético.

Só não perdeu por conta da excelente atuação do goleiro Rafael.

Conselheiros ligados ao presidente Julio Casares se cansaram.

Mesmo os mais ardorosos defensores de Zubeldía.

Queriam que a direção conversasse, cobrasse de vez o treinador.

Para se conter.

Não adianta protestar contra um eventual erro de arbitragem e deixar o time sem técnico.

Esse comportamento do treinador já vem sendo considerado exagerado há tempos.

Suas atitudes são comparadas às de Abel Ferreira.

Só que o palmeirense tem 10 títulos como escudo.

Zubeldía não tem nenhum.

O diretor de futebol, Carlos Belmonte, já tinha conversado com o argentino.

Para que ele se acalmasse.

Mas sua atitude na coletiva, após a partida, deixou escancarada a necessidade de uma reunião séria com o técnico.

Casares estava empolgado com a renovação antecipada de patrocínio máster até 2030, ano de centenário do clube.

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Mas a expulsão de Zubeldía mexeu com o alto astral de Casares.

“Se a equipe joga bem ou mal, a responsabilidade é minha, mas quando um árbitro comete um erro, uma em mil vezes vou fazer ele notar erros que são importantes para o desenvolvimento do jogo.

“Se tiverem que me expulsar 20 vezes, me expulsarão. Não me importa.

“Já tenho nome como treinador e não me importa nada, redes sociais, o que me importa é defender o time que estou defendendo, que é o São Paulo. Quando há uma injustiça assim, eu tenho que mostrar ao árbitro, e se me custar uma expulsão, que se alguém tiver que me dizer algo, que seja a diretoria do São Paulo.”

“A arbitragem a todo momento deixa dúvidas. Essa situação já não é mais nenhuma dúvida, o segundo cartão amarelo para o Lyanco. Eu não sei qual é o critério que utiliza, já não é a primeira vez que isso acontece com esse árbitro (Ramon Abatti). Quando jogamos pela Copa (do Brasil), uma jogada do (Wellington) Rato, ele (Lyanco) faz uma falta e é o último homem, porque ele fica de frente para o gol, e o árbitro não o expulsou. Tenho muita dúvida com essa arbitragem.

O Atlético pressionou o São Paulo. Rafael salvou. Garantiu o 0 a 0 no Mineirão Pedro Souza/Atlético

“A jogada (do Lyanco) era para amarelo. Tem coisas que não posso suportar. Sou treinador, não sou o chefe dos árbitros, mas é amarelo, é segundo cartão amarelo, é expulsão. Não entendo por que ele não fez isso.

“A mim não interessa ser expulso, não me importa que isso saia na TV e nas redes sociais, não me interessa nada. É para defender o meu time, defender o São Paulo. Uma vez em mil vou fazer isso porque eu vivo disso, o futebol é a minha vida, não posso permitir que um árbitro não expulse um jogador rival, quando tem que ser expulso.

“Como o pênalti que inventaram para o Palmeiras, são erros que não podem acontecer hoje em dia. E não me importa se estamos jogando de visitante, se o jogador tiver ou não hierarquia.”

Está bem claro que Zubeldía acredita estar certo não só em questionar o árbitro que, na visão dele, prejudicar o São Paulo.

E até invadir o gramado para protestar.

Não é o que pensa a base de sustentação política de Casares.

Daí a necessidade da conversa séria.

O argentino terá de se enquadrar.

Se acalmar, ter limites no questionamento aos árbitros.

Para não prejudicar o São Paulo.

Os cartões, as suspensões de Zubeldía não serão mais aceitos...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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