Detalhes da oferta de R$ 1 bilhão pela SAF da Lusa

A Portuguesa já não está à beira da morte, como em outros tempos, mas segue respirando por aparelhos numa UTI. E terá a chance de receber alta e sonhar com dias melhores na próxima quinta-feira, quando o Conselho Deliberativo da Lusa vota a proposta de R$ 1 bilhão pela compra da SAF do clube.

Os interessados são Tauá Partners, Revee e XP Finanças, que prometem fazer da Portuguesa o clube com a maior folha salarial em todos os campeonatos que disputar até a volta para a Série A do Brasileiro (com exceção do Paulistão) - o calendário de 2025 da Lusa garante as participações na elite estadual e na Série D do Brasileiro.

A oferta, por 80% das ações da SAF da Lusa, tem validade de 50 anos e prevê orçamento de R$ 263 milhões no departamento de futebol entre 2025 e 2029. São R$ 144 milhões com folha salarial, R$ 50 milhões para a compra de atletas até 23 anos, R$ 44 milhões nas categorias de base, R$ 18 milhões no centro de treinamento e R$ 7 milhões no futebol feminino.

Os objetivos também estão definidos: o principal deles é estar na Série A do Brasileiro em 2029. No caminho da quarta para a primeira divisão, o clube subiria da Série D para a C em 2025, e da C para a B em 2026. Depois de jogar a temporada 2027 na Série B, a promoção para a Série A no ano seguinte.

XP e Tauá também terão a responsabilidade de assumir as dívidas da Portuguesa, depois de o clube passar por uma recuperação judicial. Atualmente, estima-se que as dívidas trabalhistas são de R$ 150 milhões, as cíveis são de R$ 200 milhões e as tributárias de R$ 200 milhões.

Já a Revee ficará com a missão de construir um novo estádio para o lugar do Canindé. A nova arena terá capacidade para 30 mil pessoas em dias de jogos e 45 mil para shows. Ao lado do estádio multiuso, será erguido uma edifício garagem com 2.500 vagas e espaço com 16 mil metros quadrados no topo, para a realização de eventos.

Para completar, a Lusa também ganhará um clube totalmente reformado, na vertical, como ocorreu na parte social do Palmeiras depois das obras para a construção do Allianz Parque.

A proposta, apresentada pela 1ª vez em 9 de outubro, precisa ser respondida ainda em novembro. André Berenguer e Alex Bourgeois, da Tauá Partners, cobram celeridade na aprovação com a justificativa de que o time precisa ser montado do zero, com urgência, sob o risco de ser rebaixado no Paulistão.

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