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A verdade sobre o prejuízo milionário do Corinthians com peças da Nike que sumiram

Saiba o que é real e o que é mentira em meio a notícias dos últimos dias sobre o desaparecimento de materiais esportivos

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Vice-presidente do Corinthians, Armando Mendonça vai processar diretor responsável por auditoria interna com erros graves (Rodrigo Coca/Corinthians)

Sumiram nove mil peças da Nike do almoxarifado do Corinthians? O prejuízo alvinegro é de R$ 5 milhões? Armando Mendonça teve culpa no escândalo? O blog foi atrás das verdades no mais novo escândalo que envolve o Timão e trata sobre o desaparecimento de centenas de camisas, calções, jaquetas, capas de chuva, tênis e outros objetos que fazem parte do acordo com a Nike.

Primeiro, é preciso cravar que ninguém no Corinthians tem a menor capacidade de precisar quantas peças sumiram. Isso porque, durante a gestão de Augusto Melo, entre 1º de janeiro de 2024 e 26 de maio de 2025, não havia qualquer controle sobre os materiais. “Quem fala que sumiram nove mil peças e o prejuízo foi de R$ 5 milhões está inventando”, assegura uma fonte do alto escalão alvinegro.


Somente a partir de junho, com Osmar Stábile na presidência, foi criado um sistema para controlar a saída de materiais do almoxarifado. E aí surge a segunda grande mentira do episódio, que aponta o vice-presidente, Armando Mendonça, como responsável pela perda de 131 peças.

O blog teve acesso ao relatório criado por Marcelo Munhoes, diretor de Tecnologia do Corinthians. O documento, desenvolvido apenas no período em que passou a existir a fiscalização, contém uma série de equivocos. Das 131 peças atribuídas a Mendonça, ele retirou 47. Dez delas, inclusive, fizeram parte de dois kits para uso de outros diretores do próprio Corinthians.


E as outras 37? Algumas, como três calções de 2024, acabaram sendo usadas por Armando enquanto o vice-presidente acompanhava a delegação em jogos fora de São Paulo. As demais peças, especialmente camisas do time, foram utilizadas para relacionamento institucional.

É possível garantir que funcionários do departamento de futebol e da comissão técnica, além de outros diretores, fizeram retiradas em quantidade bem superior desde a introdução do sistema de fiscalização da era Stábile, em junho. Memphis Depay, por exemplo, levou 30 camisas para distribuir entre atletas da selação holandesa em uma Data Fifa recente.


Armando Mendonça decidiu processar Munhoez por atribuir a ele um número errado de peças retiradas na “auditoria interna”. Antes de entrar com a ação, o vice-presidente ainda procurou o diretor de TI sugerindo que ele corrigisse o documento, mas foi ignorado.

Vale contar que todas as peças entregues pela Nike não vão mais para o Parque São Jorge, mas sim para o CT do Parque Ecológico, onde o elenco profissional e a base treinam.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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