Por Brian Homewood
BERNA (Reuters) - O isolamento do coronavírus não deveria servir de desculpa para acabar com as regras de Fair Play Financeiro do futebol europeu ou fazer mudanças "oportunistas" no calendário internacional, disse o chefe da organização coletiva Ligas Europeias nesta sexta-feira.
Agora que o esporte começa a redespertar do isolamento, que foi adotado em meados de março, o presidente das Ligas Europeias, Lars-Christer Olsson, cujos membros incluem 27 ligas de primeira divisão, disse à Reuters que acredita que a maioria dos clubes sobreviverá.
O Campeonato Alemão deve recomeçar em 16 de maio, e ligas da Hungria, Croácia, Polônia, Portugal e Sérvia também marcaram datas para voltar à ação.
Olsson disse estar "sinceramente preocupado" com as regras do Fair Play Financeiro (FPF), que proíbem os times de gastar mais do que arrecadam e foram adotadas para impedir que proprietários ricos injetem dinheiro em seus clubes.
Algumas equipes pediram que elas fossem suspensas durante debates recentes, disse Olsson.
"O que é importante é que o coronavírus não significa que abolimos o Fair Play Financeiro e as regras de licenciamento dos clubes, porque isso minará o que se conquistou até agora", disse ele em uma entrevista por telefone da Suécia.
Segundo ele, acabar com o FPF seria "a oportunidade dos clubes mais ricos aumentarem a defasagem. Isso nos levaria de volta ao tempo em que os clubes tinham dívidas que continuavam a aumentar... e isso seria prejudicial".
Olsson disse que, embora o FPF tenha sido introduzido para competições europeias, algumas ligas nacionais adotaram suas próprias versões subsequentemente.