Pelé é homenageado na cerimônia do Fifa The Best: 'Legado será eterno'
Viúva do Rei do Futebol recebeu um troféu de melhor jogador, endereçado ao eterno camisa 10; Ronaldo também deu depoimento
Eterno Rei do Futebol, Pelé foi homenageado no início da cerimônia do Fifa The Best, que premia os melhores do esporte, nesta segunda-feira (27).
Márcia Aoki, viúva de Edson Arantes, foi convidada para o evento e recebeu das mãos do presidente da Fifa, Gianni Infantino, um troféu de melhor jogador, em homenagem ao ex-jogador do Santos, Cosmos e seleção brasileira.
“É uma grande honra estar aqui neste tributo magnifico da Fifa a Edson Pelé. Eu tenho três coisas para dizer: Deus nos deu Edson, Edson nos deu o Pelé. E o mundo, que o recebeu tão bem, e minhas palavras são gratidão, gratidão e gratidão”, disse Márcia, em seu discurso.
Ronaldo Fenômeno, que também foi convidado para a homenagem, fez uma declaração e relembrou a história do maior jogador de futebol da história.
"Quando eu olho para Pelé, eu vejo um jogador muito à frente do tempo, que serviu de inspiração para mim e para todo mundo do futebol. Nos anos 1950 ele já era moderno, chutava a bola com as duas pernas, saltava mais que todos os outros, controle orientado, fazia gol de bicicleta, de cabeça, pedalava e era extremamente inteligente", opinou o camisa 9 do penta.
O jogador ainda lembrou uma passagem em 2000, quando sofreu uma grave lesão num joelho, e Pelé o visitou em casa.
"Também me lembro dele como um amigo querido. Quando tive minha primeira lesão num joelho, em 2000, ele me visitou em casa e levou muito amor e carinho em um dos momentos mais difíceis da minha vida. Dois anos depois, ele estava em um dos períodos mais felizes, quando eu e meus companheiros conseguimos conquistar a Copa da Coreia e do Japão."
Ronaldo também frisou a importância de Pelé para quebrar preconceitos:
"Quando ele jogava, o mundo era um lugar mais racista do que é hoje. Ele, um atleta negro, se tornou o Rei do esporte mais popular do planeta, mostrou que o negro pode ser melhor, mais bem-sucedido, e pode vencer o racismo".
Além dos depoimentos, a premiação recebeu o cantor Seu Jorge, que, no palco, cantou a versão brasileira da música Changes, de David Bowie.
O Rei do Futebol morreu aos 82 anos, em 29 de dezembro, por falência múltipla de órgãos. O ex-jogador travava uma luta contra um câncer no cólon direito.
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