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Rayssa virou 'Fadinha' aos 7 anos após astro do skate viralizar vídeo

Skatista de 13 anos medalha de prata na Olimpíada de Tóquio fazia manobras radicais bem pequenina pelas ruas de Imperatriz (MA)

Olimpíadas|André Avelar, do R7, em Tóquio, no Japão

Rayssa Leal e a imagem que viralizou com ela vestida de fada em 2015
Rayssa Leal e a imagem que viralizou com ela vestida de fada em 2015 LIONEL BONAVENTURE/AFP

Medalha de prata no skate em Tóquio 2020, mais jovem esportista do Brasil a subir ao pódio em uma Olimpíada, a maranhense Rayssa Leal, de 13 anos, ganhou o apelido de "Fadinha" em 2015, após um vídeo dela fazendo manobras com o skate usando uma fantasia azul da fada viralizar na internet. Até o astro mundial do skate Tony Hawk retuitou o vídeo.

"Fico muito feliz de ter a lenda que me inspira todos os dias", disse a medalhista do Brasil. "Ele repostou meu vídeo de fadinha no início, me ajudou muito na carreira. É muito gratificante saber que ele gosta muito de mim."

Veja abaixo vídeo da 'Fadinha' em 2015:

"Encontrei com ele duas vezes hoje. Ele me deu um oi e mandei um oi de volta. Depois, já na final, ele me deu boa sorte e falou para eu ‘quebrar a pista’. Acho que quebrei. Não sei."


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A pequena Rayssa, nascida em Imperatriz, no Maranhão, é um verdadeiro fenômeno do esporte. A primeira vez que ela subiu em cima de um skate foi aos 6 anos, quando seus pais lhe deram o equipamento de presente. Um ano depois, já estava competindo. O mais impressionante é que ela aprendeu tudo por conta própria, sozinha. A garota assista a vídeos dos seus ídolos no celular e depois ficava repetindo insistentemente as manobras.

Em 2015, então com 7 anos, um vídeo de Rayssa pequeninha saltando por uma escada no centro de Imperatriz viralizou na internet. O R7 revelou o sucesso que Rayssa fadinha na época. "Vestida de fada, skatista de sete anos surpreende ao fazer manobras radicais" era o título da reportagem da jornalista Caroline Apple. Ela conversou com a mãe de Rayssa que naquela época não tinha patrocínio.


"Ninguém na casa de Rayssa anda ou já andou de skate. Os pais são seus maiores incentivadores, mas penam para manter a garota atuante nos esportes, já que só contam com a doação de shapes (a base do skate). Rodinhas, roupas, tênis e outros equipamentos saem do bolso do pai, que é vidraceiro", dizia o texto.

Rayssa Leal mostra a medalha de prata conquistada no skate em Tóquio
Rayssa Leal mostra a medalha de prata conquistada no skate em Tóquio

A família teve dificuldades para levar a menina para o campeonato brasileiro infantil em Blumenau (SC), para skatistas de até 13 anos. Rayssa levou o título. A mã dela, Lilian Mendes Rodrigues Leal, contou ao R7 o sufoco que foi chegar até a cidade e depois voltar para o Maranhão.


"Conseguimos um desconto nas passagens de ida, mas a volta foi de ônibus mesmo. Demoramos quase três dias para chegar em casa. É difícil, mas sempre a gente dá um jeito, corre atrás de um, de outro. Se tivéssemos patrocínio seria bem melhor."

Rayssa revelou na época que seu grande sonho era um dia, se encontrar com a sua referência no esporte, a skatista brasileira Leticia Bufoni. 

Rayssa Leal em ação na Olimpíada
Rayssa Leal em ação na Olimpíada

Neste domingo, Leticia Bufoni abraçou Rayssa, sua colega de seleção, e aplaudiu a conquista da pequena fada do skate.

Aos 9 anos, Rayssa já não competia mais entre as crianças para disputar campeonatos na categoria geral. Passou, então, a levar uma vida de "adulta", treinando três horas todos os dias. Tanto esforço deu certo e agora a pequena Rayssa Leal é medalhista olímpica.

Pamela Rosa, Rayssa Leal e Leticia Bufoni, as skatistas do Brasil
Pamela Rosa, Rayssa Leal e Leticia Bufoni, as skatistas do Brasil

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