Nathalie se esquiva do coronavírus e mostra alegria de treino em casa
Esgrimista campeã mundial mora na Europa, que já foi epicentro da covid-19 no mundo, e é atleta do EC Pinheiros, que recentemente demitiu profissionais
Olimpíadas|André Avelar, do R7
Campeã mundial em 2019, Nathalie Moellhausen começou este ano com o foco inteiramente voltado para a busca da inédita medalha em Tóquio 2020. Mas aí os Jogos Olímpicos foram adiados e, pior, a pandemia do novo coronavírus assolou a Europa, onde mora. Italiana de nascimento e brasileira de coração, a esgrimista vive em Paris, na França, e teve de se esquivar da crise da saúde e também do seu clube: o Pinheiros. Mesmo diante de um cenário arrasador, ela se mantém firme e neste domingo (3), dividirá de novo a elegância e a beleza do seu esporte com seus seguidores nas redes sociais.
Nathalie encontrou nas lives do Instagram uma válvula de escape para o que define ser “treinos para o nada”, já que não há a perspectiva de voltar para as competições. Na rede social, para quase 20 mil seguidores, os vídeos ajudam a desmitificar um pouco mais a arte de D´Artagnan, Athos, Porthos e Aramis, do romance Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas. Nos treinos, além do corpo, ela mostra ainda como está cuidando da saúde mental em tempos de isolamento social.
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“Como atleta olímpica, sempre achei impossível manter minha disciplina de treinamento sem ter um objetivo claro, que no meu caso era sempre uma competição ou um grande evento para alcançar e transformar minhas horas de prática em uma performance”, escreveu a atleta de 34 anos. “Cada vez estou descobrindo coisas novas do meu corpo e estou curtindo mesmo, realmente sinto o prazer dessa nova maneira de praticar minha arte e esporte.”
Quando já sentia falta até das suas adversárias da espada, Nathalie acompanhou de longe os cortes de salários para atletas e funcionários do Esporte Clube Pinheiros, além do fim do time de basquete masculino e da rescisão de contrato com o campeão olímpico do salto com vara, Thiago Braz. Nathalie é atleta da agremiação desde 2015, um ano depois de se naturalizar brasileira (ela é filha de mãe brasileira e pai alemão), e estaria em uma possível lista de cortes, segundo fontes do próprio Pinheiros.
Nem o Pinheiros, nem Nathalie confirmam uma possível rescisão de contrato antes de dezembro deste ano, como aconteceu com Braz. Na luta para dar preferência aos sócios ou aos atletas em meio ao ceticismo dos patrocinadores e ao panorama financeiro incerto, parte da gestão atual vê Nathalie muito distante do clube e com pouca identificação. Diferentemente de outros estrelados — como Arthur Nory (ginástica), Marcelo Chierighini (natação) e Rafael Silva (judô — ela não pode estar sempre pelas alamedas pinheirenses, na zona oeste de São Paulo, justamente por não morar no Brasil.
Em abril, Nathalie e Nory, inclusive, trocaram experiências sobre a quarentena em uma dessas lives, que acontecem sempre no domingo, às 12 horas (de Brasília). Os dois comentaram sobre a rotina de treinos em casa, longe dos centros de treinamento e das competições.
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