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Jogos de Paris-2024 terão transporte incompleto e problema com moradores de rua, diz prefeita

São esperados mais de 3 milhões de turistas na capital durante o evento, o que deve sobrecarregar o sistema de transporte atual

Olimpíadas|Do R7

Organização de Paris 2024 quer colocar a tocha olímpica na Torre Eiffel
Organização de Paris 2024 quer colocar a tocha olímpica na Torre Eiffel Organização de Paris 2024 quer colocar a tocha olímpica na Torre Eiffel

Problemas relacionados ao transporte e ao abrigo de moradores de rua não serão solucionados a tempo do Jogos Olímpicos de Paris 2024, conforme previsto pela prefeita parisiense, Anne Hidalgo.

As declarações foram dadas durante a participação da líder política do no programa televisivo francês Le Quotidien, do canal TMC.

"Ainda estamos com dificuldades no transporte diário e não conseguimos acompanhar o nível de pontualidade, de conforto, para os parisienses. Teremos lugares onde o transporte não estará pronto porque não teremos trens o suficiente, nem a frequência suficiente", afirmou Hidalgo. A organização das questões de locomoção para os Jogos de Paris está nas mãos de Valérie Pécresse, que pertence ao partido de direita Librés e lidera o Conselho Regional de Île-de-France.

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Pécresse rebateu a afirmação nas redes sociais, ao compartilhar uma matéria do jornal francês Le Parisien com as afirmações de Hidalgo. "Estaremos prontos. Agradeço a todos os seus agentes pela mobilização durante meses para estar à altura da tarefa! É um imenso trabalho coletivo, que não deve ser maculado por uma prefeita ausente", escreveu.

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Em outubro deste ano, o Ministro do Transporte, Clément Beaune, admitiu que a questão havia se tornado um desafio, principalmente porque o governo francês assumiu o "compromisso de que 100% do acesso aos locais de competição poderia ser feito por meio de transportes públicos".

Abrigo para moradores de rua

Durante a entrevista ao Quotidien, Anne Hidalgo apontou a situação dos moradores de rua como um problema do nível do transporte. "Não quero retirá-los e escondê-los [durante os Jogos]. Deveria haver um legado social", disse. "Queremos instalar habitações onde possam estar já neste inverno e estamos lidando com isso junto às autoridades regionais e ao estado, e todos concordamos que temos de avançar, mas não estamos prontos."

Em março deste ano, de acordo com a imprensa francesa, o governo passou a orientar as autoridades de diversas cidades para que criassem "instalações de alojamento regionais temporários" para lidar com o fluxo de moradores de rua que saem da capital. Em uma sessão no Parlamento, em maio, o Ministro da Habitação, Oliver Klein, justificou a movimentação dizendo que haveria uma "crise de abrigos" por causa da Copa do Mundo de Rúgbi, realizada em setembro deste ano, e da Olimpíada, que acontecerá entre julho e agosto do ano que vem.

Hotéis de menos prestígio, que costumam ceder seus espaços às autoridades para funcionamento como abrigo temporário, planejam alugar seus quartos para turistas durante os Jogos Olímpicos. Por isso, existe o receio de que faltem locais para abrigar moradores de rua. De acordo com Klein, a capacidade de acomodação para essas pessoas cairia em cerca de 4.000 vagas.

Depois de fazer as ligações aos Jogos Olímpicos, contudo, o ministro negou que a orientação dada às cidades tenha sido motivada pelo evento. O assunto criou polêmica, e, ainda em maio, Hildago se manifestou: "Não há absolutamente nenhuma questão de expulsar alguém de Paris. Nenhuma mesmo. Ninguém será forçado a partir, ninguém será obrigado a ir para o outro lado da França."

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