Isaquias levou 25 pontos na mão duas semanas antes de Tóquio 2020

'Não ia ser uma coisinha dessa que ia me tirar da briga por medalha', disse canoísta, medalha de ouro no C1 1000 metros

Olimpíadas|André Avelar, do R7, em Tóquio, no Japão

07/08/2021 - 02h52 (Atualizado em 20/04/2024 - 07h46)

Com a medalha de ouro no peito, Isaquias Queiroz decidiu fazer uma revelação que preocupou quem acompanhou de perto a preparação do campeão do C1 1000 metros em Tóquio 2020. O canoísta mostrou a mão direita que levou 25 pontos, devido um corte, duas semanas antes dos Jogos Olímpicos.

Isaquias não deu muitos detalhes do acidente doméstico. Ele apenas se limitou a dizer que caiu com um copo de vidro na mão e, por isso, foram necessários os pontos. Bem-humorado como sempre, ele disse que não seria qualquer coisa que iria atrapalhar o seu rendimento na capital japonesa.

“Tive um corte na mão, duas ou três semanas antes da Olimpíada. Mas não ia ser uma coisinha dessa que ia me tirar da briga por medalha”, riu o atleta, na zona de entrevistas do Sea Forest Waterway.

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A medalha foi a quarta do baiano de Ubaitaba em Jogos Olímpicos. Na Rio 2016, ele havia conquistado duas pratas e um bronze. Agora, a coleção ficou completa e, mais do que isso, saiu a pressão das costas.

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O atleta reconheceu que o resultado do C2 1000 metros, no barco com o parceiro Jacky Godmann foi uma decepção. Diferentemente do que se poderia imaginar, o quarto lugar para ele foi motivo de concentrar os seus esforços para a conquista individual.

“Não queria voltar para o Brasil sem essa medalha. Seria uma viagem amarga. Seria uma ressaca. Por mais que a gente queria a medalha no C2, a gente sabia o quanto eu estava preparado no C1. Essa medalha finaliza um trabalho bem executado”, disse.

Após a conquista de duas medalha de prata e uma de bronze na Olimpíada do Rio, em 2016, a vida de Isaquias Queiroz mudou profundamente. Antes pouco conhecido, o atleta se tornou uma das referências brasileiras nos esportes olímpicos e confirmou toda a esperança com o ouro conquistado nas águas do Japão. Mas, apesar da fama, Isaquias mostra que não abandonou seu jeito único e divertido de ser. Conheça um pouco mais sobre essa grande figura do Brasil nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020

Um dos grandes parceiros da vida de Isaquias é Erlon de Souza. Em 2016, no Rio, os dois conquistaram juntos a prata no C2 1000 m. A dupla tem ótimo retrospecto, subindo ao pódio em mundiais da categorias e também no Pan. Em 2015, no Pan-Americano de Toronto, Isaquias faturou duas medalhas de ouro. Na companhia de sua dupla, ele ficou em segundo lugar e levou a prata

Isaquias Queiroz e Jacky Goddmann na prova de C2 1000 m

Já no C1 1000 m, disputa individual da canoagem velocidade, Isaquias foi soberano. Na eliminatória, o brasileiro ligou o modo turbo e venceu sua bateria com uma grande vantagem, cerca de sete segundos, em relação ao segundo colocado

Depois de passar pelas semifinais, Isaquias mais uma vez mostrou a que veio e deu um verdadeiro show na grande final

O brasileiro, como é de costume, usou toda força já na largada, para criar distância em relação aos rivais. Com a liderança, o canoísta mostrou muita técnica para se manter na primeira colocação e faturou o tão sonhado ouro

A vitória nesta Olimpíada eleva ainda mais o patamar de Isaquias Queiroz, mas foi em 2016, no Rio, que o atleta ganhou o coração dos brasileiros

Isaquias foi desbancado pelo alemão Sebastian Brendel nas duas modalidades de disputa da canoagem velocidade. Tanto C1 1000 m quanto no C2 1000 m, o brasileiro viu seu adversário levar a melhor e subir ao lugar mais alto do pódio

Apesar disso, Isaquias mostra que a rivalidade fica nas águas e cultiva uma boa relação com Sebastian

Junto da esposa Laina Guimarães, o atleta teve seu primeiro filho um ano após os Jogos do Rio. E advinha o nome?

Sebastian! O nome é inspirado no rival alemão, por quem Isaquias tem uma grande admiração. "Nome de campeão", ressaltou o canoísta ao ser questionado sobre o assunto. O menino nasceu no dia 25 de agosto de 2017. Na ocasião, Isaquias estava na República Tcheca para a disputa do mundial da categoria e acompanhou o parto por vídeo chamada

O menino é uma fofura e representou uma grande mudança na vida de Isaquias

Quatro anos depois, Isaquias segue como pai presente que sempre foi, mas na disputa por uma medalha em Tóquio ficou um pouco difícil manter o contato. Além do COB vetar a presença de familiares acompanhando os atletas, o fuso-horário de 12 horas também é uma mudança drástica na rotina de pai e filho

Agora, falta apenas uma medalha para o atleta se igualar a Robert Scheidt e Torben Grael, maiores medalhistas olímpicos da história do Brasil. De qualquer modo, o nome de Isaquias Queiroz já está eternizado na história do esporte brasileiro!

Após a conquista de duas medalha de prata e uma de bronze na Olimpíada do Rio, em 2016, a vida de Isaquias Queiroz mudou profundamente. Antes pouco conhecido, o atleta se tornou uma das referências brasileiras nos esportes olímpicos e confirmou toda a esperança com o ouro conquistado nas águas do Japão. Mas, apesar da fama, Isaquias mostra que não abandonou seu jeito único e divertido de ser. Conheça um pouco mais sobre essa grande figura do Brasil nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020