Imperatriz (MA) vibra com conquista de Fadinha no skate
Cidade natal de Rayssa Leal viveu clima de Copa do Mundo, ficou acordada para ver conquista e comemorou quando veio a prata
Olimpíadas|Eugenio Goussinsky, do R7
Cidade situada no sudoeste do Maranhão, Imperatriz, nome dado em homenagem à Imperatriz Tereza Cristina (1822-1889), esposa de D. Pedro II, é chamada também de "Portal da Amazônia".
Agora, o mundo inteiro vai saber também que a cidade é um importante entrocamento comercial, econômico e fluvial (por lá corre o Rio Tocantins) com o Norte do país, tornando-se uma ligação com o Pará e Tocantins.
Imperatriz, afinal, ganhou muita visibilidade com a conquista de sua ilustre cidadã, Rayssa Leal, a Fadinha, da medalha de prata no skate street na Tóquio 2020. E também passará a ser conhecida como "Cidade do Skate".
A cidade ficou acordada para ver a menina desafiando as curvas de concreto, com uma elegância suave, no Urban Sports Park de Ariake, na madrugada de segunda-feira (26).
Ela se tornou um orgulho da cidade, que acompanha sua trajetória desde que a imagem dela, dançando fantasiada de fada, aos sete anos, viralizou.
"Só se fala sobre isso aqui. Está todo mundo muito feliz com a conquista. Ela é um símbolo de superação. Treinava em lugares simples da cidade. Mais recentemente, treinava lá na praça Mané Garrincha. O orgulho que ela trouxe para cá é algo que nunca houve antes por aqui", diz a corretora Laiana Gonçalves, de 24 anos.
Laiana conta que as peripécias da menina no skate eram comentadas sempre na cidade. Redes sociais e sites locais seguiam todas as movimentações da esportista. Mas, de qualquer maneira, quando a conquista maior ocorre, a sensação acaba sendo de supresa.
"Falávamos sempre dela aqui, mas eu não imaginava que ela iria tão longe. Parecia algo abstrato. Agora, o mundo está conhecendo a cidade de Imperatriz. Também me sinto, como cidadã local, um pouco com o gosto desta conquista. O mérito foi todo dela, mas querendo ou não ela me representa, ela representa o skate e a cidade", completa.
A profissional autônoma, Maria do Socorro Lima e Silva, de 53 anos, também acompanhou a prova que deu a medalha de prata à conterrânea.
"Está sendo muito comentado, está todo mundo feliz por aqui. A vibração foi maior até do que quando nosso clube, o Cavalo de Aço (Imperatriz) foi campeão estadual pela primeira vez em 2005. Foi melhor do que Copa do Mundo, por ter sido uma história de superação dela. Houve muita gritaria, foguetes, foi um momento inesquecível", afirma.
Já o comerciante Jean Facundes Costa, de 23 anos, também vê a conquista como algo positivo para a cidade.
"A repercussão da vitória dela é total por aqui. Muita gente mesmo ficou acordada para ver a disputa. Eu fui dormir pra lá das 2h da manhã, mesmo tendo de trabalhar no dia seguinte. Valeu a pena, foi um momento histórico e o mundo agora conhece Imperatriz".
Pelo que se vê, Rayssa pode esperar por uma festa muito grande quando ela regressar à sua cidade. A Fadinha irá para sempre reinar em Imperatriz.