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Federação de Ginástica dos EUA diz que vai brigar para manter bronze de Jordan Chiles

Equipe da ginasta americana conseguiu melhorar a nota dela por meio de um recurso apresentado fora do prazo

Olimpíadas|Do Estadão Conteúdo

Jordan Chiles subiu ao pódio com Rebeca Andrade e Simone Biles ANDRÉ DURÃO/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO - 05.08.2024

Dirigentes da Federação de Ginástica dos Estados Unidos afirmaram que a CAS (Corte Arbitral do Esporte) não vai aceitar recurso para a decisão que anulou a revisão da nota de Jordan Chiles na final de solo da ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Paris.

A entidade afirma que continuará atuando para que a ginasta mantenha a medalha de bronze que recebeu na cerimônia icônica na qual Chiles e Simone Biles (prata) fizeram reverência à campeã Rebeca Andrade.

“A Federação de Ginástica dos EUA recebeu mensagem da Corte Arbitral do Esporte na segunda-feira informando que suas regras não permitem que uma sentença seja reconsiderada mesmo quando novas evidências conclusivas são apresentadas”, afirmou comunicado da entidade. “Estamos profundamente decepcionados com a notificação e continuaremos a buscar todos os caminhos e processos de apelação possíveis, incluindo na Corte Federal da Suíça, para garantir a pontuação, a colocação e a atribuição de medalha justas para Jordan.”

A CAS anulou a revisão da nota de Chiles, que elevou a pontuação em 1 décimo e garantiu o bronze à ginasta, argumentando que o recurso foi feito 4 segundos depois do limite de um minuto para protestos. A federação americana contesta a decisão, afirmando que apresentou evidências de vídeo que mostravam que a técnica da equipe, Cecile Landi, apelou pela primeira vez 13 segundos antes do prazo.


A disputa sobre esses detalhes pode gerar uma batalha legal de meses ou anos. Novos recursos podem ser feitos no mais alto tribunal da Suíça, a Corte Federal do país, ou na Corte Europeia dos Direitos Humanos.

A FIG (Federação Internacional de Ginástica) divulgou na noite de sábado que respeitaria a decisão da corte e colocaria Ana Maria Barbosu, da Romênia, para o terceiro lugar. O COI (Comitê Olímpico Internacional) confirmou a decisão no domingo, anunciando o remanejamento da medalha.


O COI anunciou que entrará em contato com o Comitê Olímpico dos EUA para tratar da devolução do bronze de Chiles e vai tratar com o comitê romeno para organizar uma cerimônia em homenagem a Barbosu.

A FRG (Federação Romena de Ginástica) afirmou não ter pedido a retirada da medalha de Jordan Chiles e sugeriu a divisão do terceiro lugar não somente entre a americana e Barbosu, mas incluindo também Sabrina Maneca-Voinea. Ela terminou a final com a mesma pontuação de Barbosu e ficou atrás na classificação no critério de desempate.

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