A patinação artística, neste ano, foi dominada por Kamila Valieva. A adolescente russa fez sua estreia em competições internacionais e, desde então, teve algumas das melhores apresentações da história dos Jogos de Inverno. Em uma das provas, acertou dois saltos quádruplos, algo inédito na Olimpíada.
Entretanto, todas suas conquistas até aqui podem estar em risco. Segundo a imprensa internacional, como o site britânico Inside the Games, especialista nos Jogos, Valieva teria sido pega no exame antidoping. A atleta teria testado positivo para a substância trimetazidina, um modulador metabólico que é uma das substâncias não especificadas na lista de proibidas pelo Código Mundial Antidoping.
Dessa forma, a atleta deveria receber uma suspensão provisória até seu julgamento, o que acarretaria a expulsão de Valieva dos Jogos. Além disso, por se tratar de uma menor de 16 anos, a patinadora é uma "pessoa protegida" no sistema antidoping. Isso significa que, mesmo que venha a ser suspensa, a informação não pode ser divulgada ao público.
A Rússia vem de um duro histórico de casos de doping, e seus atletas competem neste ano sob o Comitê Olímpico Russo (COR), o que já havia ocorrido na Olimpíada de Tóquio. A delegação, na última Olimpíada de Inverno, também sofreu com o doping de uma atleta de bobsled.
Com a decisão ainda em aberto e repletos de incertezas, o comitê organizador dos Jogos e o Comitê Olímpico Internacional (COI) podem decidir retirar o ouro olímpico de Valieva e de sua equipe, sem detalhar o motivo para tal.
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