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Conheça Japinha, malabarista nas horas vagas e medalhista de bronze no skate park em Paris

Aos 22 anos, Augusto Akio é um dos principais nomes da ascendente geração do skate brasileiro

Olimpíadas|Do Estadão Conteúdo

Augusto Akio, conhecido como Japinha, ganhou o bronze no skate em Paris-2024 Luiza Mores/COB – 07.08.2024

Augusto Akio, também conhecido como Japinha, é um dos principais nomes da ascendente geração do skate brasileiro. Aos 22 anos, ele conquistou, nesta quarta-feira (7), a medalha de bronze na pista de La Concorde na categoria skate park em Paris-2024. O pódio foi completado pelo australiano Keegan Palmer, com o ouro, e o norte-americano Tom Schaar, com a prata.

No ano passado, Akio já tinha ficado com a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, além de ser o melhor brasileiro do ranking mundial no ciclo olímpico, em sexto lugar.

Natural de Curitiba, o paranaense começou a andar de skate aos 7 anos. A paixão pela prancha de rodinhas cresceu e ele recebeu apoio da família para seguir na modalidade. O pai do atleta, Altamiro Alves dos Santos, foi o responsável por levá-lo nas primeiras competições e viagens. Ele percebeu o quanto o esporte ajudava o garoto, então introvertido e com dificuldade de fazer amigos, e socializar.

Akio começou a se destacar no cenário nacional ainda na adolescência. Em 2019, conquistou o bronze no Mundial de Skate Vert, em Barcelona. No Mundial de Park, em São Paulo, foi eliminado no qualificatório e ficou fora de Tóquio. A derrapada serviu de aprendizado para o atleta, que afirmou ter aprendido com os erros para crescer pessoal e profissionalmente.


Depois do skate, a principal atividade de Akio é o malabares, arte praticada por ele há quatro anos. É comum ver o paranaense equilibrando pinos e bolinhas entre uma competição e outra. Ele conheceu a prática quando ficou impossibilitado de andar de skate após machucar o quadril. Na mesma época, havia trancado a faculdade de Educação Física nos Estados Unidos.

O respeito demonstrado por Japinha nos lugares onde chega é retribuído. Quando não tinha nem 20 anos, o paranaense conheceu alguns skatistas russos no campeonato Vert Attack, em Malmo, na Suécia, manteve contato com eles e foi convidado para ser treinador da seleção de skate vertical da Rússia. Mandou até currículo, mas desistiu da ideia, pois, para assumir o cargo, teria de passar por um longo processo para se naturalizar russo.

Apegado ao lado mais cru do skate, o curitibano teme que o crescimento do skate pós-Olimpíada transforme a prática em algo apenas voltado para a competição e resultados, ainda mais com atual absorção da modalidade pela World Skate, federação antes apenas dedicada a esportes sobre patins. Há divergências entre os skatistas e a instituição.

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