COI calcula que apenas 10 países poderão organizar provas olímpicas de neve em 2040

Thomas Bach informou que, por sustentabilidade, apenas países que já possuem instalações necessárias receberão Jogos de Inverno

13/10/2023 - 09h37 (Atualizado em 29/03/2024 - 10h02)

A crise climática vai ter um "efeito dramático" nos Jogos Olímpicos de Inverno, motivo pelo qual o Comitê Olímpico Internacional (COI) calcula que, em 2040, apenas dez países poderão sediar as competições de neve do programa, afirmou nesta sexta-feira (13) o presidente da organização, o alemão Thomas Bach.

Por razões de sustentabilidade, o COI apenas atribui a organização dos Jogos de Inverno a países que já disponham de todas as instalações disponíveis ou que possam solucionar suas carências com instalações desmontáveis. Atualmente, apenas 15 países preenchem estas condições.

"Em 2040, amanhã em termos olímpicos, dois destes quinze comitês nacionais já não terão a fiabilidade necessária para os Jogos de Inverno, que se realizam em fevereiro, e cinco para os Jogos Paralímpicos, que se realizam em março. Isto significa que, em 2040, apenas dez comitês nacionais estarão em condições de sediar os esportes de neve dos Jogos", declarou Bach em entrevista coletiva em Mumbai, na Índia, no final de uma reunião da Comissão Executiva da entidade.

• Clique aqui e receba as notícias do R7 Esportes no seu Whatsapp

‌

• Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp

• Compartilhe esta notícia pelo Telegram

‌

DUPLA CONCESSÃO 2030-2034

"Para abordar esta questão muito complexa de forma adequada", a Comissão Executiva do COI vai propor à 141ª sessão (assembleia), que começa no sábado, "uma dupla concessão de anfitrião", para os Jogos de Inverno de 2030 e 2034, para que haja tempo de se concentrar no problema das edições seguintes.

Esta dupla concessão será efetuada em 2024, se o diálogo com as cidades interessadas tiver dado frutos.

‌

Nesta semana, a cidade japonesa de Sapporo retirou a sua candidatura para 2030, perante a rejeição popular da iniciativa e após os contínuos escândalos relacionados com os Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020.

No ano passado, a tentativa de formar uma candidatura espanhola em torno dos Pirineus foi frustrada por divergências políticas.

Daqui a um ano começam as Olimpíadas; veja sete coisas que só acontecerão em Paris 2024

Natação no rio Sena e surfe no Taiti: as incertezas dos Jogos Olímpicos

Parte dos atletas pode se sentir preparada para as disputas em Paris. No entanto, a própria organização do evento não está completamente pronta para receber as delegações e suas modalidades. Antes, as provas da natação aconteceriam no icônico rio Sena, que atravessa a capital francesa. No entanto, por causa da poluição das águas, é analisada uma mudança de local.
Além disso, disputas políticas e questões ambientais põem em dúvida o palco de disputas no surfe, que aconteceriam em Teahupo'o, no Taiti, na Polinésia Francesa

Promessa de um grande evento

Apesar dos problemas, que todas as cidades-sede dos Jogos Olímpicos costumam enfrentar, em 2023 a organização de Paris 2024 elevou as expectativas dos fãs e prometeu um evento grandioso. A cerimônia de abertura, por exemplo, acontecerá às margens do rio Sena, em barcos, e estuda-se a possibilidade de colocar a chama olímpica na torre Eiffel, ícone da cidade

Outra novidade é o emblema escolhido pelo comitê organizador de Paris 2024. A figura é o resultado da união de uma medalha, a chama olímpica e Marianne, mulher que se tornou um símbolo da Revolução Francesa. O mesmo emblema será usado para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos

Paris 2024 marca a chegada de um novo esporte: o breaking. O esporte de dança terá dois eventos, sendo um para homens e o outro para mulheres. Cada categoria terá 16 atletas, que se enfrentarão em batalhas individuais

É esperado que 10 mil atletas participem nos Jogos de Paris e, pela primeira vez, o número será dividido igualmente em vagas para homens e mulheres, o que favorece a igualdade de gênero

O surfe estreou em Tóquio 2020 e terá sequência em Paris 2024. Mas a competição dos surfistas acontecerá bem afastada da sede do evento. A mais de 15 mil quilômetros de distância da cidade europeia, no Taiti, na Polinésia Francesa, os atletas quebrarão o recorde de receber uma medalha mais longe da cidade-sede

Para aproveitar as belezas de Paris, algumas modalidades serão disputadas em pontos turísticos emblemáticos da capital francesa. O vôlei de praia será disputado no Champ de Mars (jardim que tem vista para a Torre Eiffel), esportes urbanos no La Concorde (centro da cidade), esgrima e taekwondo no Grand Palais (museu de Belas Artes) e a largada da maratona no Hotel de Ville (local-símbolo da Revolução Francesa)

Transporte e hospedagem

Os espectadores podem não saber como chegar a Paris. Isso porque, em novembro, a prefeita afirmou que o transporte estará incompleto e os turistas poderão enfrentar problemas com moradores de rua. Mais de 3 milhões de visitantes devem acompanhar os Jogos Olímpicos e, um ano antes, o preço das hospedagens na Cidade Luz deu um salto de 1.500%

Natação no rio Sena e surfe no Taiti: as incertezas dos Jogos Olímpicos Parte dos atletas pode se sentir preparada para as disputas em Paris. No entanto, a própria organização do evento não está completamente pronta para receber as delegações e suas modalidades. Antes, as provas da natação aconteceriam no icônico rio Sena, que atravessa a capital francesa. No entanto, por causa da poluição das águas, é analisada uma mudança de local. Além disso, disputas políticas e questões ambientais põem em dúvida o palco de disputas no surfe, que aconteceriam em Teahupo'o, no Taiti, na Polinésia Francesa